10 dezembro, 2010

Rui Moreira desejado para a "Porto Vivo"


RUI MOREIRA
 Arlindo Cunha pede demissão da sociedade de reabilitação urbana do Porto para gerir ComissãoVitivinícola do Dão

Arlindo Cunha deverá ser substituído por Rui Moreira na presidência da sociedade de reabilitação urbana "Porto Vivo". Esse foi o nome indicado ao Governo pela Câmara do Porto, na sequência da saída do ex-ministro para dirigir a Comissão Vitivinícola do Dão.

O pedido de demissão de Arlindo Cunha foi formalizado ao presidente da Câmara do Porto, após ter tomado posse, a 4 de Novembro passado, como sucessor de Valdemar de Freitas na gestão da Comissão Vitivinícola do Dão, com sede em Viseu.

Mas há muito mais tempo que o ex-ministro da Agricultura e das Cidades, que dirigia a sociedade de reabilitação urbana "Porto Vivo" desde 2004, andava a avisar Rui Rio sobre a eventualidade da sua saída.

"Já quando assumi o segundo mandato, disse ao presidente da Câmara do Porto que não me podia comprometer em ficar até ao fim, pois tinha outras actividades em mente", adianta, ao JN, Arlindo Cunha, garantindo que, no ano passado, tinha manifestado a Rui Rio o desejo de dirigir a Comissão Vitivinícola do Dão. Intenção reafirmada há cerca de meio ano, quando foi a única personalidade a candidatar-se às eleições disputadas a 30 de Setembro.

Assim que tomou posse, Arlindo Cunha formalizou o pedido de demissão da presidência da "Porto Vivo", assim o garante. "A minha demissão foi apenas decorrente desse compromisso já assumido com o presidente da Câmara do Porto", assegura, logo de seguida, o também ex-coordenador da região Norte, afastando qualquer polémica em torno da sua saída de uma entidade que dirigiu durante seis anos. Uma saída que só foi tornada pública, no início do mês, num seminário sobre sustentabilidade das operações de reabilitação urbana, realizado no edifício da Alfândega.

Perante a demissão de Arlindo Cunha, a Câmara do Porto já apresentou ao Governo uma proposta de substituição. Trata-se de Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto. Contactado pelo JN, o empresário preferiu, para já, não fazer qualquer comentário sobre o assunto.

Arlindo Cunha, por sua vez, assegura que saiu, há um mês, com a convicção de que a "Porto Vivo", criada a 27 de Novembro de 2004, conseguiu criar na cidade "uma dinâmica irreversível" em termos de reabilitação urbana.

"Apesar da conjuntura económica dos últimos dois anos, conseguimos lançar uma dinâmica de reabilitação urbana. Se olharmos para a cidade, vemos que a reabilitação urbana é uma realidade incontornável", acredita o ex-ministro social-democrata, reforçando: "Essa dinâmica é irreversível".

Agora, Arlindo Cunha apenas pede que a "Porto Vivo", que tem uma área de actuação de mil hectares (equivalente a um quarto do concelho do Porto), continue as políticas de incentivo à reabilitação, tais como benefícios fiscais, apoios financeiros e iniciativas como a bolsa de imóveis ou a bolsa de projectistas e empreiteiros. "É importante que haja uma continuidade dessas políticas", diz.

Recorde-se que a sociedade de reabilitação urbana "Porto Vivo" foi criada, há seis anos, com o objectivo de "elaborar a estratégia de intervenção, actuar como mediador entre proprietários e investidores e, em caso de necessidade, tomar a seu cargo a operação de reabilitação". Tem nas suas mãos a reabilitação de 32 quarteirões da baixa do Porto, a maior parte dos quais situados na zona histórica.
[Fonte: JN]

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RoP

Caso Rui Moreira considere que tem condições para aceitar o cargo, acho que deve aceitar. Isso pressuporá avaliar os meios de que passará a dispor para fazer melhor do que o seu antecessor, que ao contrário do que afirma, fez muito pouco. O cargo tem tanto de excitante como de responsabilizante.

De Rui Moreira espera-se muito mais, porque tem uma imagem de credibilidade que não deve hipotecar. No caso de não lhe não lhe serem dadas as condições mínimas para realizar um trabalho sério e produtivo, então é preferível recusar o convite, porque pode ser um presente envenenado...

5 comentários:

  1. Não é fácil trabalhar com o Gringo... no entanto poderá ser um trampolim político para o Rui Moreira.
    Estou de acordo com, R.Valente, quando diz que ele deve apresentar condições.
    R.M parece ser uma pessoa muito válida, Agora, é tudo uma questão de ter as condições de poder trabalhar.
    Ele até pode ter outros objéctivos no seu horizonte, e não este.
    Agora nestas coisas, não se pode ser políticamente correcto, ou é para ír pra frente, seja qual for o projecto a bem dos municípes e da cidade ou não vale apena ser mais um.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  2. Só o facto de alguém que considero, ir trabalhar com o Rio, provoca-me logo um estado depressivo, fico logo com pele de galinha...

    Um abraço

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  3. Vila,

    RR e RM, não "casam" lá muito bem, isso é verdade.

    A última coisa que quero é que Rui Rio se sirva da imagem de Rui Moreira como trampolim para os seus mesquinhos objectivos. Mas isso, cabe ao Rui Moreira decidir.

    Estas misturas na política são tão incongruentes...

    um abraço

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  4. Fico revoltado quando verifico que a nomeação do responsável pela requalificação urbana da minha cidade,necessita da aprovação de Lisboa. Durante quanto mais tempo vamos continuar a aceitar situações insultuosas deste tipo?

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  5. Rui Farinas,

    não se enerve Rui Farinas, o povo é sereno... E burro!

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...