20 outubro, 2011

HOMENS, não há! Que tal experimentarmos canídeos?



Bulldogs ao Poder! Já!


Para além da crise, dos shows de fanfarronice economicista, das intervenções requentadas do Presidente da República, dos vilões transformados em paizinhos do povo, dos pareceres favoráveis à política de austeridade, o cúmulo do mau senso, é não ver suficientemente enfatizada a urgência de responsabilizar criminalmente os delinquentes políticos. 

Esta fuga para a frente, este constante passar por cima do que é essencial, leva-me a pensar que tão cedo, não há dirigente ou partido político que me convença a confiar-lhes o voto. Fosse eu o Povo, e os políticos teriam de mudar de vida. 

Por acaso o leitor já imaginou como estariam os manicómios deste país se víssemos a nossa casa a ser assaltada, e as economias de uma vida, completamente arrazadas, se em vez de chamarmos a Polícia para descobrir o ladrão, fosse o próprio ladrão a mandar-nos devolver o que nos roubou?  Já pensou nisso? Pois é o que nos está a acontecer agora. Apenas com uma pequena/grande diferença: os ladrões, não são ladrões comuns, são ladrões protegidos pela máscara da política! É isso! Pensa porventura que são coisas muito diferentes? Se pensa, agradeço humildemente que me explique porquê, mas peço-lhe encarecidamente que evite o recurso à demagogia, porque para isso já me bastam essas figuras .  

Perante tal cenário, não há criatura no mundo capaz de me convencer a encarar o futuro com optimismo. Não há optimismo que resista à bandalheira da Justiça. Sim, porque, por mais boa vontade que haja para compreender as contradições legais e as armadilhas jurídico-constitucionais, a verdade é que tudo se resume a isto: para os políticos - e amiguinhos de estimação -, o crime compensa mesmo. Muito mais,  do que para o comum cidadão . Rebobinem bem o filme da vossa memória, e vejam quantos daqueles muitos que estiveram perto de ser julgados, é que não escaparam à Justiça e que, pelo contrário, vivem hoje faustosamente. Demagogia diriam eles, se me lessem. Mas o que é que haviam de dizer? Que sim senhor, que é verdade? Que fariam um acto de contrição?

Só no dia em que tudo isto mudar, em que os lugares do Poder forem ocupados por Homens com nível e carácter de genuínos estadistas, é que podemos sonhar com o futuro. A crise para eles é uma brincadeira. Vejam [só] um bocadinho desses mega-programas de pseudo-preocupados, e vão apanhá-los muitas vezes a soltar autênticas gargalhadas. Pudera. Tivesse a população o mesmo conforto das suas múltiplas e grossas pensões, a boa disposição era garantida e o optimismo pagava a crise.  

2 comentários:

  1. Que tal criar-se uma comissão de ética, composta de pessoas descomprometidas, cidadãos acima de qualquer suspeita - já não há muitos, mas ainda há alguns - que analisariam os comportamentos falsos, mentirosos, desviantes dos políticos e os denunciariam na praça pública?
    Não por pequenas mentiras, daquelas sem importância, mas por mentiras grosseiras, com influência directa no nosso bem estar, na nossa bolsa?

    Um abraço

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  2. SE ESTÁS DISPOSTO A NUNCA USAR A VIOLÊNCIA, E SEMPRE RESISTINDO, TORNA-TE FORTE DE CORPO E ALMA; É A MAIS DIFÍCIL DE TODAS AS ATITUDES.

    Agostinho da Silva.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...