Bulldogs ao Poder! Já! |
Para além da crise, dos shows de fanfarronice economicista, das intervenções requentadas do Presidente da República, dos vilões transformados em paizinhos do povo, dos pareceres favoráveis à política de austeridade, o cúmulo do mau senso, é não ver suficientemente enfatizada a urgência de responsabilizar criminalmente os delinquentes políticos.
Esta fuga para a frente, este constante passar por cima do que é essencial, leva-me a pensar que tão cedo, não há dirigente ou partido político que me convença a confiar-lhes o voto. Fosse eu o Povo, e os políticos teriam de mudar de vida.
Por acaso o leitor já imaginou como estariam os manicómios deste país se víssemos a nossa casa a ser assaltada, e as economias de uma vida, completamente arrazadas, se em vez de chamarmos a Polícia para descobrir o ladrão, fosse o próprio ladrão a mandar-nos devolver o que nos roubou? Já pensou nisso? Pois é o que nos está a acontecer agora. Apenas com uma pequena/grande diferença: os ladrões, não são ladrões comuns, são ladrões protegidos pela máscara da política! É isso! Pensa porventura que são coisas muito diferentes? Se pensa, agradeço humildemente que me explique porquê, mas peço-lhe encarecidamente que evite o recurso à demagogia, porque para isso já me bastam essas figuras .
Perante tal cenário, não há criatura no mundo capaz de me convencer a encarar o futuro com optimismo. Não há optimismo que resista à bandalheira da Justiça. Sim, porque, por mais boa vontade que haja para compreender as contradições legais e as armadilhas jurídico-constitucionais, a verdade é que tudo se resume a isto: para os políticos - e amiguinhos de estimação -, o crime compensa mesmo. Muito mais, do que para o comum cidadão . Rebobinem bem o filme da vossa memória, e vejam quantos daqueles muitos que estiveram perto de ser julgados, é que não escaparam à Justiça e que, pelo contrário, vivem hoje faustosamente. Demagogia diriam eles, se me lessem. Mas o que é que haviam de dizer? Que sim senhor, que é verdade? Que fariam um acto de contrição?
Só no dia em que tudo isto mudar, em que os lugares do Poder forem ocupados por Homens com nível e carácter de genuínos estadistas, é que podemos sonhar com o futuro. A crise para eles é uma brincadeira. Vejam [só] um bocadinho desses mega-programas de pseudo-preocupados, e vão apanhá-los muitas vezes a soltar autênticas gargalhadas. Pudera. Tivesse a população o mesmo conforto das suas múltiplas e grossas pensões, a boa disposição era garantida e o optimismo pagava a crise.
Que tal criar-se uma comissão de ética, composta de pessoas descomprometidas, cidadãos acima de qualquer suspeita - já não há muitos, mas ainda há alguns - que analisariam os comportamentos falsos, mentirosos, desviantes dos políticos e os denunciariam na praça pública?
ResponderEliminarNão por pequenas mentiras, daquelas sem importância, mas por mentiras grosseiras, com influência directa no nosso bem estar, na nossa bolsa?
Um abraço
SE ESTÁS DISPOSTO A NUNCA USAR A VIOLÊNCIA, E SEMPRE RESISTINDO, TORNA-TE FORTE DE CORPO E ALMA; É A MAIS DIFÍCIL DE TODAS AS ATITUDES.
ResponderEliminarAgostinho da Silva.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.