O Porto foi eleito por 212 mil turistas como o melhor destino europeu e entre todos estes votos online está lá o meu. Há uns tempos surgiu na Internet uma onda que dizia: vota no Porto! E eu votei. Não é batota: acho mesmo que o Porto é um dos melhores destinos europeus, sobretudo depois de olhar para as cidades que se classificaram nos lugares seguintes - Viena, Dubrovnik, Praga e Bruxelas. De todas só não conheço a capital da Croácia, mas acho que o Porto é atualmente uma cidade inesperada e jovem, romântica e simples, barata e afetuosa, onde se podem passar dias estupendos com coisas para ver e fazer, animação para as noites e até sol nas praias! Claro que a "European Consumers Choice" é apenas uma instituição entre muitas que fazem esta eleição, mas as repercussões em guias de turismo como o importantíssimo "trip advisor" não são de desprezar. Sublinhe-se que, se a Ryanair mantiver o padrão de "hard-selling", não custa crer que pode colocar a promoção do Porto como destino recomendado no seu website mundial e, dessa forma, encher ainda mais os aviões. A verdade é que o prémio, reconheçamos, premeia as low-cost que apostaram no Porto, principalmente a Ryanair, Air Berlin, Easyjet e Transavia.
2. Há um facto importante nesta vitória: a extraordinária rede social dentro da região que gerou uma parte da corrente de votos. Informação é poder. Quem sabe mais aproveita melhor o tempo, a vida, viaja com menos custos, torna-se mais qualificado. Portanto, não se trata apenas de uma vitória da cidade como "destino turístico" mas também da confirmação que os portuenses/nortenhos estão cada vez mais preparados para a economia digital. Duplo prémio.
3. O Porto seria ainda uma melhor porta de entrada em Portugal se um dia tivesse aqui comboios rápidos para ligar a Invicta a Braga em 15m, à Galiza ou Salamanca numa hora, Lisboa em 1.30h, Évora e Faro em 2.30h, etc.... Para os novos comboios serem mais baratos não precisariam de ser TGV. Bastariam ser de velocidade elevada, como o Alfa, que podem fazer viagens em velocidade de cruzeiro de 220 km/h. Mas, então, por que não anda o Alfa sempre a 220 km/h? Depois das centenas de milhões de euros gastos na Linha do Norte, a viagem Porto-Lisboa demora hoje apenas menos 15m entre Campanhã e Santa Apolónia que o velhinho Foguete dos anos 70. A razão é a Linha do Norte ter um percurso e um urbanismo em redor que não permite refazer a linha nos troços mais críticos (o pior de todos é entre Ovar e Porto). O primeiro-ministro, o dr. Portas e os ministros Álvaro e Gaspar deviam ser 'obrigados' a fazer a viagem junto de um maquinista do Alfa numa das próximas viagens ao Norte (até poupavam dinheiro ao Estado e CO2 ao planeta...).O maquinista explicaria como é impossível andar mais depressa, que sinalização falta, o que está a cair, porque há ainda passagens de nível à moda antiga, etc.. Percebo que não se queira fazer o TGV - é política. Parece-me é que um desses dias vai ser mais caro "modernizar a linha do Norte" do que fazer uma linha nova... E até quando é que ela aguenta?
4. Para rematar, uma perplexidade. Como é possível a ministra da Agricultura permitir a alimentação não biológica dos animais "bio"? Pode sair mais barato ao Estado demitir-se de apoiar os agricultores nesta adversidade através, por exemplo, da negociação em Bruxelas de um apoio à suplementação biológica do gado. Infelizmente, com esta atitude a ministra destrói anos de credibilização dos produtos "bio". Quem acreditará que vale a pena pagar mais caro para adquirir um produto alimentar certificado, com regras exigentíssimas, que da noite para o dia podem ser quebradas? A culpa, evidentemente, não é de Assunção Cristas, que nunca esteve ligada à agricultura, mas de quem lhe dá indicações por controlo remoto. Os gabinetes do Ministério da Agricultura ficam muito muito longe do campo...
Será, que os nossos governantes têm conhecimento que o Porto é o melhor destino a visitar. Concorremos com várias cidades e até com Lisboa, e mesmo assim para os centralistas o investimento é sempre a sul, sendo Lisboa a menina dos olhos destes incompetentes que nos governo.
ResponderEliminarEstou muito feliz por ser a minha cidade escolhida.
Até me apetece dizer: O Porto tem mais encanto, quando nos sabem reconhecer.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO
Faz bem o governo em acabar com o feriado de 1 de Dezembro. É que a efeméride que lhe está subjacente foi um grande desastre para Portugal e para o seu povo. Se continuássemos a ser governados pelos Filipes, hoje seríamos a grande potência: Ibéria. E pediríamos meças à Merkel.
ResponderEliminarAlém disso pouparíamos 16 milhões com o Lar de Idosos de Belém, uma inutilidade que nos fica pelos olhos da cara, comparando com cerca de metade que é quanto consome ao erário público a Casa Real em Espanha. E o Rei é respeitado por toda a gente e é bem escutado pelos políticos que aceitam, de bom grado, o seu magistério de influência.
Como portista e portuense, nascido na freguesia de Ramalde, ainda no tempo em que os lavradores organizavam concursos e premiavam os bois que tivessem os maiores cornos e mais afiados, sinto uma imensa alegria em ver a cidade reconhecida lá fora, não obstante conhecer o muito lixo que há por aí e que deixo debaixo do tapete!
ResponderEliminar