Li no Relatório da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa sobre a Regionalização, de 14/09/2007, da autoria do espanhol Lluís Maria de Puig, o seguinte: "alguns dos estados membros da UE foram confrontados com reinvindicações linguísticas, culturais e de identidade, relacionadas com grupos étnicos, comunidades históricas e minorias nacionais, que procuraram fazer valer o direito de ter uma palavra a dizer em assuntos políticos e culturais."
Se pensarmos que estas iniciativas acontecem em países que já deram os primeiros passos na regionalização e que outros mais avançados fazem frequentes adaptações estatutárias para aperfeiçoar o processo de regionalização, enquanto em Portugal os governos se preocupam mais em adiá-lo para não o concretizar, podemos ter uma ideia realista do fosso regressivo de desenvolvimento em que nos continuamos a afundar.
Nesse relatório é também dito algo curioso, que devia fazer corar de vergonha os nossos governantes e que é o seguinte: é irrealista supor que estes movimentos de identidade irão diminuir ou extinguir-se. Pelo contrário, a globalização tem acentuado nas pessoas a vontade de retorno às raízes, de promover um sentimento de pertença a uma comunidade ou grupo mais próximo do local ou da região.
Depois de ouvirmos este tipo de declarações, ficamos com a sensação de viver noutro planeta, e com uma ideia mais clara do atraso em que se encontra a nossa população das coisas da cidadania e da cegueira dos nossos políticos, o que explica de certa maneira, o desprezo e o completo desrespeito que os sucessivos governos têm dedicado aos nortenhos.
Nos próximos posts farei pequenos apontamentos sobre a especificidade da regionalização dos vários países, de modo a criar nos leitores uma melhor percepção do nosso atraso neste domínio em relação ao resto da Europa.
Para começar, apresentamos o conjunto de países que fazem parte da UE e de outros que estão a negociar a adesão:
Estados | Na língua local | * |
Deutschland | DE | |
Österreich | AT | |
België / Belgique / Belgien | BE | |
България | BG | |
Κύπρος | CY | |
Danmark | DK | |
Slovensko | SK | |
Slovenija | SI | |
España | ES | |
Eesti | EE | |
Suomi / Finland | FI | |
France | FR | |
Ελλάδα | GR | |
Magyarország | HU | |
Éire | IE | |
Italia | IT | |
Latvija | LV | |
Lietuva | LT | |
Luxembourg | LU | |
Malta | MT | |
Nederland | NL | |
Polska | PL | |
Portugal | PT | |
United Kingdom | GB | |
Česká republika | CZ | |
România | RO | |
Sverige | SE | |
Em negociação | ||
Hrvatska | HR | |
Ísland | IS | |
Македонија | MK | |
Türkiye | TR |
Região ultra-periférica da União Europeia
França: Guiana Francesa (GF ) - Guadalupe (GP) - Reunião (RE) - Martinica (MQ)
Portugal: Madeira (Mad) - Açores (Azo) Espanha: Ilhas Canárias (Can) |
(*)= ISO 3166-1 |
Os governantes portugueses não querem a regionalização, pelo simples facto de assim poderem governar a seu belo prazer.
ResponderEliminarSó os ditadores é que gostam de governar centralizando tudo.
Esta democracia é uma hipocrisia, está cheia de charlatões, vigaristas e oportunistas.
Já não tenho pachorra para ouvir estes políticos aldrabões.
Esta gente não tem sentido de Estado.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.