Em qualquer organização, o princípio de aferir responsabilidades genéricas começa sempre de cima para baixo, e não ao contrário. Inverter esse sentido, é negar o secular princípio das competencias. Em qualquer organização é assim. No futebol, a regra é a mesma. Pinto da Costa foi, durante a maior parte do tempo que esteve ao leme do FCPorto, um líder de corpo inteiro e por essa razão mereceu a primazia da admiração e o respeito dos portistas, antes mesmo de treinadores e jogadores. Isto, é muito raro ver-se em qualquer outro clube do mundo. Ainda hoje é tratado carinhosamente pelos adeptos como o NGP (o Nosso Grande Presidente), e é também por isso que a sua decepção com a actual gestão do clube é maior.
Todos os dias o JN criva o nome do FCPorto e de Pinto da Costa na página da Justiça [Clicar na imagem para ampliar] |
Uma vez mais, Pinto da Costa chega atrasado. Tem sido assim nos últimos anos. Ironicamente, numa fase de tempo em que pode disfrutar de um canal de televisão para falar à vontade, longe dos ambientes poluídos dos estúdios de Lisboa, decidiu remeter-se quase ao anonimato. A inversão de procedimentos em relação ao passado é radical, tudo agora funciona ao contrário.
Estou à vontade a falar assim. Tão à vontade que me dou ao desplante de (mais uma vez ) adivinhar o que ele (não) vai dizer logo à noite, no Porto Canal. Como agora vem sendo hábito, quando PC decide falar, é tarde. Uma coisa, é reparar tardiamente acções erradas, outra, é constatar factos que toda a gente já conhece. Não me parece que a sua opção seja a primeira. Bom seria que soubesse agir antes que os factos se consumassem, que tivesse obstado à transformação da principal equipa do clube, num grupo de homens psicologica e tecnicamente confusos.
Isto, era o que Pinto da Costa não permitia que sucedesse há poucos anos atrás. Ai de quem se atrevesse a prejudicar o FCPorto! Com árbitros, adversários e as próprias equipas técnicas, tudo tinha que entrar nos carretos. Hoje, podem fazer-lhe tudo, continuar a colar o seu nome (e o do clube) a redes mafiosas (como faz diariamente o nosso "querido" JN), usar de critérios prejorativos nas arbitragens e na comunicação social, que ele não reage. Tudo isto é estranho, tão estranho que nem a idade, nem a saúde podem justificar. Serão resquícios do Apito Dourado? Aconselhamentos de quem o rodeia? Ficamos assim, prisioneiros dos especuladores.
Nestas condições, considero extremamente complicado o trabalho de Peseiro para o que resta da temporada. É de um bom, de um excelente banho terapeutico de psicologia, que toda a equipa precisa. O resto virá por acréscimo.
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