21 fevereiro, 2016

Como é que chegamos aqui?

Como é que, algures pelo caminho dos últimos anos, perdemos a independência?
Como é que permitimos, todos, povo e governantes, o que se está a passar?
E não me venham com a dívida. A dívida ajuda e muito, mas não é a questão central. A questão central é que ao abdicarmos de soberania, abdicamos também de democracia.
E estamos agora governados por uma burocracia anónima, sem legitimidade eleitoral, que responde aos seus donos e nós não somos donos de nada. Nem sequer de nós próprios. 

(Fonte: JPP/Abrupto)





3 comentários:

  1. Caro Rui Valente,
    Lançado o repto cumpre dizer o seguinte:
    Tenho o maior apreço pelas opiniões e reflexões de José Pacheco Pereira, todavia se há alguém preparado para responder às questões que nos coloca é ele;
    Nas suas deambulações pelo PPD/PSD, acompanhou de perto a entrada de Portugal no "espartilho" da CEE;
    Perda da independência, renúncia à democracia, aceitar com total bovinidade ser governados por desconhecidos de pasta na mão; Suportar gente de emblema na lapela e ao serviço de interesses multinacionais, contrários ao País e aos portugueses, não é mais do que o resultado da opção (sem rede) que foi feita aquando da adesão ao Mercado Comum;
    Tudo isto foi denunciado na altura própria e olimpicamente ignorado pelos portugueses;
    Como não temos força para mudar os mandantes, resignemo-nos (?);
    Eu sei que é feio e desmoralizador, mas face ao ocorrido por estes dias com esta Europa forte com os fracos e fraca com os fortes não resta esperança;
    Sua Majestade impôs condições, a Chanceler e o Senhor Schauble curvaram a cervical; HURRA!
    Por tudo isto e perante a minha impotência, lembrei-me como oportuno INVOCAR junto do Reino Unido o TRATADO DE WINDSOR;
    Como tal Tratado, na maior parte das vezes que foi invocado por parte do Reino Unido, no seu interesse, junto de Portugal, teve em vista diferendos com a Alemanha, justo seria que se INVOCADO por Portugal, no seu interesse, junto do Reino Unido, nos fosse prestada solidariedade e desta feita, a Europa (Alemanha) nos devolvesse a Moeda e concomitantemente a soberania;
    Para reflectir,
    Cumprimentos

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  2. Caro Guilherme Olaio,

    de acordo. Mesmo assim, Pacheco Pereira é o único que na Quadratura ainda vai ao fundo das coisas, o que é notório, tal é o embaraço dos restantes comentadores. Não me admira por isso que ele tenha dito no último programa (que vejo sempre), quando se falava do governador do Banco de Portugal, a quem os seus colegas comentadores tinham tecido grandes elogios, "eu sei que vocês são grandes homens de negócios" (o que provocou neles um visível desconforto). Depois acrescentou algo com o qual me identifico completamente: "se calhar é por isso que não tenho muitos amigos"...

    Só não gostei nada, foi quando apoiou o Rui Rio no contencioso Câmara/FCPorto, porque é uma área (futebol) com a qual não convive bem. Bem vistas as coisas, e face ao comportamento actual de Pinto da Costa com a complacência (chame-lhe tolerância, se quiser) de um (ainda) grande número de adeptos, chego à conclusão que ele não é muito diferente dos políticos.

    Cumpts.

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  3. Excelentes comentários. Só queria acrescentar que quando poucos tentam controlar muitos, o caminho é encontrar um sistema centralista e na realidade europeia se possível federalista.

    Por vezes pode parecer uma contradição mas não é.

    Há um grupo de poucos que controla o local centralizado, que foi inventado para passar as leis que dominam todos os europeus. Os políticos de hoje são apenas marionetes nas mãos desses grupos restritos. Nem sempre estes grupos têm o controlo de tudo, mas não param de tentar.

    Em Portugal nada disto se discute.

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