O presidente da Câmara do Porto voltou a criticar a falta de fundos comunitários disponíveis para a autarquia, afirmando que “a torneira continua a estar fechada”.
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“Nós encontramo-nos numa cidade com boas contas, temos recursos necessários para lançar projetos. Agora, necessariamente custa-nos que a outra componente, que muitas vezes até foi desperdiçada, neste caso não esteja disponível. Ou seja, a torneira continua a estar fechada”, afirmou Rui Moreira.
O presidente da Câmara do Porto falava no final da visita às obras de remodelação da Unidade e Saúde da Batalha, um projeto orçado em 1,7 milhões de euros e que será cofinanciado por fundos comunitários do programa operacional regional Norte 2020 gerido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Rui Moreira admitiu não estar “nada satisfeito com os fundos” e continuar “muito preocupado com a velocidade” a que estão a ser atribuídos.
“Vamos acabar o mandato em setembro/outubro do próximo ano e deve ser a primeira vez desde que Portugal aderiu à União Europeia que basicamente não tivemos um quadro comunitário ativo”, lamentou.
Para o presidente do executivo, a falta de verbas põe em causa “muitos dos projetos” que a autarquia gostaria de lançar e até “tinha os recursos necessários para a componente nacional”.
Paralelamente, implica “que a população esteja a sofrer” enquanto se estuda o que “fazer aos quadros comunitários de apoio”, criticou o autarca para quem “tudo isto já poderia ter avançado mais depressa (…) se eventualmente tivéssemos sido mais competentes”.
Paralelamente, implica “que a população esteja a sofrer” enquanto se estuda o que “fazer aos quadros comunitários de apoio”, criticou o autarca para quem “tudo isto já poderia ter avançado mais depressa (…) se eventualmente tivéssemos sido mais competentes”.
“Temos um mealheiro que está ali pousado, ali na prateleira e nós não temos sido capazes de ir buscar as moedas”, assinalou o presidente da autarquia que disse não estar preocupado “com calendários políticos ou eleitorais” mas “com o calendário das necessidades da população”.
Só no início de setembro a Câmara do Porto aceitou assinar o contrato de financiamento comunitário PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano) proposto pela CCDR-N, cerca de três meses depois da grande maioria dos municípios portugueses.
A 31 de maio pelo menos quatro autarquias (Porto, Matosinhos, Gaia e Gondomar) escusaram-se a assinar aquele que é um dos principais instrumentos dos municípios para captar verbas comunitárias, numa polémica que culminou com a exoneração do anterior presidente da CCDR-N, Emídio Gomes.
O novo responsável, Freire de Sousa, escusou-se a comentar as declarações de Rui Moreira.
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