22 novembro, 2016

Youth League, o mal de sempre, perder, depois de estar a ganhar

Copenhaga 3 - FCPorto 1


Acabei de ver o jogo entre o Copenhaga e o FCPorto, para a Youth League, Está o tornar-se dramática a tendência para desperdiçarmos um golo de vantagem.

Só isto, justificava que os nossos treinadores "martelassem" a cabeça dos jogadores o tempo que fosse preciso para os mentalizar para marcarem logo o 2º. golo como se ainda estivessem empatados a zero. Só o saudoso Boby Robson tinha talento para tanto, e contudo parece um hábito tão simples de entender (o Folha que o diga).

Quando comecei a ver o jogo, já o FCPorto ganhava por 1-0. Seria injusto não reconhecer que os pupilos de António Folha não se esforçaram, porque até gizaram lances de excelente futebol, com passes assertivos, boas triangulações e muita vontade de ganhar (prova que a garra não resolve tudo). Só que, do outro lado, estava uma equipa tipicamente nórdica, fisicamente possante, tecnicamente evoluída, e sobretudo, muito pragmática (qualidade muito nórdica também), que logo nos primeiros minutos do 2º tempo, com trocas de bola muito rápidas e directas marcaram o golo do empate e poucos minutos depois o 2-1, para quase na parte final do jogo concluirem com o terceiro. Três a um, foi um resultado aparentemente injusto para um FCPorto recheado de jovens  jogadores muito bons, mas que (infelizmente para eles) são treinados num país onde se contiua a trabalhar pessimamente o remate à baliza, os processos mais simples para os transformar em golos. Quem dúvidar, sugiro que accione (se puder) a repetição deste jogo e cedo perceberá o que acabo de dizer. Observe-se o  modo sóbrio, mas rápido,  e objectivo, como os dinamarqueses se mexeram para chegarem ao golo. Eles desde sempre assimilaram que é com golos que se ganham jogos, e que no futebol moderno não há tempo para  ajeitar a bola, e que é preciso atacá-la antes do adversário para chutar ou cabeçear de primeira. Nós por cá, parece que achamos isso uma inutilidade,  algo transcendental, reservado aos super-homens, a bola tem de ser primeiro condimentada com o toquezinho da ordem até ficarmos sem ela. Andamos há anos nisto, não evoluímos nada nesse aspecto. Cá para mim, que não vou em patriotices made in Lisbon, prefiro os golos fantásticos do Gareth Bale, aos do 'nosso' Cristiano Ronaldo, mas pronto, pode ser uma questão de gosto. A verdade é que os golos de Bale são tecnicamente mais espectaculares, talvez porque ousa chutar sem preparação.

Só espero, é que o NES tenha visto este jogo e se prepare para evitar cair no mesmo erro que caiu, quando jogou contra o clube dos vouchers, e não se lembre de recuar a equipa quando marcarmos o primeiro golo.

Para bom entendedor...

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