07 março, 2017

Complemento do post anterior

Importa observar, como uma meia notícia pode desvirtuar a notícia objectiva. A meia notícia, no caso, começa pelas parangonas da capa do jornal, onde consta: 

Árbitros 35 agressões desde o início da época (assim mesmo)

Sobre estas parangonas lia-se, a letra minúscula:
os casos ocorreram nos escalões não profissionais e Lisboa foi onde maior número de incidentes. No Porto há três denúncias.

E logo a seguir, isto:
Um terço dos agredidos tem menos de 18 anos. Juízes vão ao Parlamento e admitem posição conjunta para deixar de apitar. 

Agora, reparem como de uma situação relacionada com árbitros não profissionais se aproveita o balanço e salta para árbitros de topo...

O melro aqui ao lado, não perdeu tempo para ligar a bota com a perdigota:
«o aumento das críticas aos árbitros de topo está na origem desta situação».

É preciso ter lata, muita lata mesmo! A que críticas pretende ele referir-se? Será às críticas encomendadas e histéricas do Pedro Guerra no Prolongamento, sempre que o Benfica perde?

Onde estava este homemenzinho, e outros como ele, quando os gajos do Benfica fizeram apelos à violência na própria televisão? Quando os adeptos benfiquistas agrediram árbitros e adeptos rivais? Quando falou? Quando é que pensaram ir ao Parlamento? Não serão estas declarações extemporâneas uma mitificada coaccção às justas denúncias do FCPorto?

Por que será que só agora se lembraram de ir à Assembleia da República? Será porque o clube que protege está a fazer pressão? Será que sentem as dores do clube do regime? Ou será que os vauchers foram invenções dos portistas? E sobre a Porta 18, em que pé andam as investigações? E qual é o papel da PGR, no meio deste esterco? Também só têm olhos para norte de Leiria?

Sabem uma coisa? Quem precisava de uma sofisticada investigação eram todos vós. Tudo o que se viesse a descobrir de repugnante não me causava qualquer surpresa.

É o país que temos, na sua pior vertente.


5 comentários:

  1. Caro Rui Valente,

    Solidário com a revolta e náusea que este tipo de gente e de jornalismo vai impunemente ofendendo quem não aceita ser tratado como atrasado mental.
    A gingajoga jornalística que tão bem denunciou, com as meias notícias e a esperteza saloia usada com estes ou aqueles destaques, mostra que as ditas parangonas têm um objectivo. Vamos aguardar para ver o que aí virá.
    Na minha humilde e ingénua interpretação, ainda achei que o periódico em questão ande à procura de superar o Morning Post em jornalixo, mas por este caminho vai lá, ai vai, vai!
    Cumprimentos

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  2. 100% de acordo. Eu já boicotei há meses este jornal transformado em pasquim sensacionalista. Uma espécie de nova escrita para idiotas. Concordarão que até o nível da escrita baixou e muito no último ano e meio.

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  3. Costa & Costa.
    Rui esqueça esta coisa, considere esta fotografia de uma lapida de cemitério, é que esta figurinha não é ninguém é um assalariado ganhar a vidinha dele por aquelas bandas. É um figura cínica que cheira a enxofre que tolhe.

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  4. ontem, no programa "Universo Porto de Bancada", o Bernardino Barros teve uma intervenção elucidativa quando o Francisco Marques falou de "imprensa livre", riu-se e ironizou com a expressão, como quem diz: mas isso existirá?

    Vejam lá os prejuízos que podíamos ter minimizado se este programa tivesse sido emitido há uns anitos atrás...

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  5. Concordo completamente consigo, porquê só agora este programa do Porto/Canal Universo Porto de Bancada, a uns anos atrás parece que estava-mos sozinhos neste universo futeboleiro era o treinador e pouco mais. Bem haja quem presta esclarecimentos ao Universo Portista e aponta o dedo ao mau cheiro de um clube Batoteiro que é um polvo na nossa sociedade.

    Abílio Costa.

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