23 novembro, 2007

Seis nítidos retratos

Busto de Sócrates
(versão original)

O JN de hoje dá-nos um considerável conjunto de retratos (meia dúzia) orientadores da eficiência e da seriedade governativa em várias vertentes da vida política e social do país. A primeira, é a vertente da descentralização, a segunda, mais genérica, pode incluir a vertente moral e a transparência de processos.


Vejamos:

Retrato 1) Vozes do Norte contestam obstáculos da ANA à Ryanair

Retrato 2) Tribunal arrasa contas do Serviço Nacional de Saúde

Retrato 3) Caso das Estradas de Portugal domina debate orçamental

Retrato 4) Juntas só com médicos do quadro

Retrato 5) CIP tenta evitar rotura com construtores civis

Retrato 6) Até que a morte os separe

Comentários aos retratos:

Ret. 1) Mais uma oportunidade perdida para descentralizar e prova indesmentível, da falta de
seriedade política e de respeito pelos cidadãos do Porto e do Norte de Portugal. As
promessas de descentralização são apenas isso: promessas! Podemos sem qualquer
receio acusar estes governantes de pouco sérios ( isto para não sermos mais
"categóricos" ).

Ret. 2) Tribunal de Contas acusa Governo de fraude na apresentação dos resultados económico- financeiros das contas do Seviço Nacional de Saúde. Neste caso, não somos apenas
nós, cidadãos a fazer graves acusações ao Governo, o que, reforça ainda mais a ideia
de autismo político premeditado.

Ret. 3) A oposição acusa o Governo de Desorçamentação com a Estradas de Portugal (EP) e o
Governo devolve o piropo ao governo anterior (PSD/CDS/PP)...Belo governo, bela
oposição, belo futuro para os portugueses.

Ret. 4) O que me ocorre dizer sobre o trabalho execrável das juntas médicas na CGA é o
seguinte: fosse eu a estar no lugar daquela desafortunada professora cancerosa e ver-
me recusada a passagem à reforma por invalidez comprovada, partia as pernas à
respectiva equipa (dita) médica e depois obrigava-a a ir trabalhar...de rastos, se preciso
fosse. De novo, a culpa morreu solteira. Tal como no caso Casa Pia, o que menos
interessa ao Governo é responsabilizar os infractores. Sobre isso, zero! Como é hábito!

Ret. 5) Para que abriste a boca Van Zeller? Agora tens à perna as madonas ofendidas da
construção civil e, ou negas o que afirmaste, ou tiras o rabo da presidência da CIP para
dar lugar a outro disponível para meter a cabeça no cêpo em defesa da honra dos
construtores civis. O governo aponta o dedo e acusa, mas mais uma vez, prefere ignorar
o nome e a cara dos foragidos do fisco. Dignificante!

Ret. 6) Este pertinente artigo de Manuel António Pina, a ser autêntico, é digno de uma
Revolução. Se ninguém se revolta com isto nem se manifesta, podemos ter a certeza que
uma Ditadura assumida está na forja. Isto é repugnante, e faz-me ter a certeza do tempo
perdido que é, pensar que as eleições servem para algo de sério. Comparado com estes
cavalheiros,Salazar era um democrata bem menos cínico.

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