Porreiro pá! Como nós somos bons, pá! Como podemos sentir vaidade por estarmos a governar tão bem, pá. Tu, viráste as costas às responsabilidades que assumiste perante o teu povo para arranjares um bom emprego que te dá prestígio e dinheiro, embora nada de importante realmente faças e apesar disso, ainda há portugueses que se orgulham de ti. Vê lá, pá!
No fundo, o nosso povo até é porreirinho pá! Então,se até um treinador brasileiro o convenceu a pendurar bandeirinhas nas janelas sem nada ter ganho e a desprezar os portistas, como é que nós não havíamos de tocar no seu orgulho nacionalista por termos conseguido trazer a Lisboa tanta gente ao mesmo tempo? Ó pá, isto é como lhes dar uma laranja sem sumo, porque o que realmente importa é mostrar-lhes a laranja. Quando derem conta que a laranja afinal não existe entretanto, já cá não estamos e os que nos sucederem que se safem que aprendam a aldrabar com classe e com porte de estadista que isto não é para todos. Não é pá? Porreiro.
Os ditadores é que vieram comprometer um bocado os nossos princípios democráticos, mas nestas ocasiões já sabes pá, temos de fazer uso da técnica do palavreado que aprendemos quando éramos novatos e chapamos-lhes com aquela da "real politik" e toda a gente engole pá! Tás a ver pá?
É preciso também, falar-lhes de optimismo pá, sobretudo quando os assaltos aumentam na razão directa das ondas crescentes de desemprego que é para eles se sentirem "comprometidos" com o regime. Vê lá tu pá, que há alguns que até já comeram aquela do "todos somos responsáveis" que tantos debates e crónicas de propaganda nos custou. Sabes pá, isto dá algum trabalho pá, mas vale a pena. É que sem conseguirmos alterar uma vírgula ao estado das coisas - a não ser para pior - somos tidos como pessoas importantes e confessa lá que isso não te realiza? Anda lá, confessa pá.
Porreiro, pá.
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