Lê-se hoje no Público que Pacheco Pereira, portuense, intelectual sempre pronto a botar opinião sobre tudo e mais alguma coisa, professor universitário numa instituição conceituada na área das ciências sociais, historiador com muitas obras publicadas, enveredou pela demagogia mais básica. Num registo populista, bem ao gosto dos leitores do Correio da Manhã, público que aliás conhece bem, resolveu estabelecer uma ligação directa entre a onda de violência na cidade do Porto e os Super Dragões. Tal como um tal de Domingos Amaral que não tem pejo em fazer insinuações torpes e tirar conclusões espúrias, Pacheco deixou-se levar pelo ressentimento.
Fernando Madureira, famoso líder dos também famosos Super Dragões - uns tipos que ululantes e enjaulados assistem aos jogos do FC Porto -, mais conhecido como "o macaco", também ele autor duma coisa a que chama "livro", demonstrou, apesar da ausência de títulos académicos e obra publicada que possam ser comparados a Pacheco, possuir um maior lastro sociológico que o grande intelectual. Lapidar disse que a " claque é grande", que engloba diversos "grupos e classes sociais" e que nela coexistem "polícias e ladrões... não somos mais do que uma micro-sociedade". Não se pedia que Pacheco tivesse o discernimento de João Cardoso Rosas, mas esperava-se mais. A sorte de Pacheco é defrontar-se semanalmente com Jorge Coelho e não com o Madureira. Era uma abada!
Entretanto o procurador acordou e chegou à conclusão que pelo menos a PJ do Porto não é a "melhor do mundo". Falta saber se a emenda não é pior que o soneto.
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