13 fevereiro, 2008

A Democracia no futebol é um embuste



A IMPERIAL
ÁGUIA
DO
IMPERIAL
CENTRALISMO


Tenham paciência, hoje é inevitável, sou mesmo obrigado a falar de "futebol".

Contrariamente ao que pensam os avessos às baixezas do mundo futebol - que se obstinam a branquear outros mundos, bem mais obscuros - sempre aprenderiam alguma coisa se estivessem atentos ao trabalho sujo de autêntica promoção clubística, levado a cabo pelas televisões do centralismo, pouco antes da última eliminatória da Taça de Portugal.

A esses intelectuais do regime, que do alto da sua sapiência anódina garantem nada ter a aprender com o futebol, far-lhes-ia bem observarem algumas cenas ligadas a esse mundo para, pelo menos, não fazerem figura de patetas quando desatam a dissertar sobre a ordem cívica e a democracia.

A SIC (e não só), que em matéria de futebol anda, nas barbas do país, anos a fio a borrifar-se para os valores da democracia , quase transformou um simples jogo da Taça de Portugal, entre o Benfica e o Paços de Ferreira, numa final da Liga dos Campeões...

Embora possamos compreender a ansiedade dos apaniguados do clube símbolo do Centralismo que não consegue traduzir os mitos de que se alimenta em realidades, é inadmissível que se deixe passar impune a pressão a que os jornalistas da SIC sujeitaram o árbitro da partida, de mais a mais, por se tratar de alguém que está envolvido no processo Apito Dourado, acusado de ter prejudicado o Benfica.

O resultado foi o que se viu, porque a televisão mostrou, o árbitro favoreceu descaradamente a equipa de Lisboa e deu-lhe de bandeja, a passagem à próxima eliminatória!

Então, e os senhores procuradores, não vêem estas coisas? De que estão à espera para abrir um processo? Se é de uma queixa, eu próprio a faço, estejam à vontade, é só dizê-lo.

E então o que anda a Dra. Maria José Morgado a fazer que ainda não decidiu abrir um processo a Luís Filipe Vieira, a quem tivemos oportunidade de ouvir negociar um árbitro com Valentim Loureiro? Mas, andam a fazer de nós parvos, procurando convencer-nos que toda esta roda-viva à volta de Pinto da Costa é apenas uma questão de Justiça? Querem mesmo que acreditemos nisso?

E então, que dizer da tão badalada promiscuidade entre política e futebol, quando ainda ontem as televisões não tiveram qualquer tipo de pudor em filmar uma homenagem em Bruxelas os comovidos políticos da família benfiquista (como se isso fosse uma honra) se deleitavam a tecer loas ao Benfica com lágrimas, suspiros e abraços como se estivessem a praticar o acto mais inocente do Mundo?

Imaginam por um momento, se esta propaganda nojenta fosse feita ao F.Clube do Porto? Imaginam mesmo? Apesar de a merecer muito mais, seria um escândalo nacional e às tantas, razão suficiente para abrir um outro processo.

E o doutor Rui Rio, não se pronuncia em relação a esta promiscuidade? Ó pronuncias, isso, só se fosse com o F. Clube do Porto. Que rico líder. Votem outra vez nele meus senhores, e chamem-lhe honesto...

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