Ninguém mais do que eu, gostaria de poder transformar o descontentamento aqui patenteado por alguns (muitos) bloguistas em acções concretas, mas, pela minha parte, limito-me a fazer o que posso. É pouco, já sabemos, mas é o possível.
Dizemos, com frequência (e eu, também faço parte do grupo), que denunciarmos o que está mal não é suficiente, que é preciso fazer alguma coisa mais, mas a verdade, é que, quando chega a altura de decidir o quê, ninguém o sabe dizer. É um problema de todos.
A tentativa de procurar saídas para nos libertarmos de colete de forças em que estamos metidos estão próximas do desespero, e não surpreende que, alguns de nós, tenham dificuldade em disfarçar alguma frustração, por não o conseguirmos fazer com a celeridade e eficiência pretendidas.
Temos falado de descentralização, de regionalização, de autonomia, de separatismo até (imagine-se!), por uma exclusiva e soberana razão: perdemos a confiança em quem governa o país. Mas, o nosso desagrado, não advém apenas das incompetências óbvias dos governantes, intensifica-se pela indignação de sabermos que os 'governantes' se empenham mais em governar-se a si mesmo. Os 'exemplos', não param de crescer. Como tal, queremos mudanças e com carácter de urgência.
Eu também as quero. E tanto me faz que seja através da regionalização, da autonomia administrativa, ou mesmo separando-nos oficialmente deste estado mongolóide e acéfalo, o que importa é que, qualquer que seja a mudança, ela se alicerce num maior controle do eleitorado sobre os eleitos responsáveis pela administração dessa nova organização político-administrativa. É essa a minha prioridade, é por aí que temos de começar a percorrer o novo caminho. O regime actual, protege demais os eleitos e é excessivamente frágil com os eleitores. Mudar a lei constitucional? Para quê, se eles já a manipulam a seu bel prazer?
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