13 agosto, 2008

Passeio público é ciclovia?

No tempo do Dr. Fernando Gomes, foi construída, na Foz do Douro, uma ciclovia para os amantes da bicicleta de forma a proporcionar, tanto a ciclistas como a peões, uma maior segurança e conforto. O mesmo foi feito e a uma escala bem mais alargada pelo Dr. Luís Filipe Menezes na costa marítima a Sul do Douro até Francelos. Foram empreendimentos de verdadeiro serviço público que é sempre de louvar, da parte dos dois autarcas.
Contudo, em Portugal, se estas iniciativas não forem devidamente acompanhadas de uma informação e sinalética dirigida aos utentes esses instrumentos de lazer podem de repente transformar-se em pesadelos. Já por várias vezes chamei a atenção para a necessidade das autarquias tomarem medidas (através dos media) nesse sentido mas até agora está tudo na mesma. Até acontecer um acidente, claro.
No centro do Porto este problema quase não se coloca dadas as características do terreno, mas noutros locais, como Matosinhos, Senhora da Hora, etc., e com o aumento de tráfego de ciclistas, já se está a vulgarizar o hábito de circular sobre os passeios públicos e até em absoluta contra-mão.
Hoje, presenciei na Senhora da Hora um atropêlo de um ciclista a uma senhora idosa que pelo que pude ver não deve ter ficado em muito bom estado. As autoridades municipais têm o dever de se anteciparem e prevenirem este tipo de incidentes. Há um marasmo crónico relativamente à prevenção da parte das autarquias e seria importante começar a mudar esta filosofia irresponsável do laisser faire, laisser passer.

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