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A expressão é da autoria de um senhor chamado Paul Valéry, filósofo e poeta francês dos séculos dezanove e vinte. Simples e pragmática, esta frase podia servir de guia deontológico para um grande número de jornalistas a viver em Portugal. Não me enganei, disse a viver em Portugal e não portuguêses, porque, enquanto não tiver outra nacionalidade, recuso-me a ser incluído no mesmo grupo étnico destes imbecilóides que só não me fazem corar de vergonha porque tenho as paredes da minha casa a proteger-me do vexame público.
Não quero com isto dizer que cá pelo Norte não existam estas amostras de gente, porque a televisão centralista encarrega-se de a fabricar e multiplicar, mas tenho a certeza que não é essa a mentalidade dos nortenhos. O fenómeno é recorrente sempre que alguma figura mais famosa resolve visitar-nos. Foi o que aconteceu ontem.
Michael Phelps, o super-nadador olímpico norte americano, decidiu "curtir" a glória das oito medalhas de ouro em Vila Moura, mas seguramente, e apesar da sua simpatia, não estaria à espera de ver tanta bacoquice na forma de carência existencial como a que foi encontrar no Sul do país.
A "pérola" da pergunta foi esta: "Michael Phelps, o que é que pensa dos portugueses?". Como qualquer pessoa sensata e com dois dedos de testa, que ainda por cima acabava de chegar ao país para se divertir, a resposta de M.PH. só podia ser amável. Contudo, qualquer pessoa normal não deixará de achar estranho e de um incrível mau gosto, que um jornalista não saiba perguntar outra coisa a um recém chegado senão o que é que ele pensa do país. Entre outras suspeitas, é perfeitamente razoável que o desprevenido inquirido duvide dos indíces de confiança e orgulho-pátrio do infeliz inquiridor. Além disso, retrata uma imbecilidade tão óbvia, que pode levar quem nos visita a pensar que "aquele espécime" está no genes de todos os portugueses.
Para não variar, o senhor Ministro da Economia decidiu juntar-se ao folclore sul-provinciano, fazendo questão de se deixar fotografar, na piscina do hotel, com o famoso nadador... Quase parecia um garoto de 8 anos!
Bem, neste particular, sinto-me no dever de apresentar os meus humildes agradecimentos ao senhor ministro por me fornecer mais uma prova das muitas que aqui tenho exibido sobre a mediocridade dos "nossos governantes".
Que diabo, não havia «nechechidade»...
Enquanto isso a criminalidade aumenta e o metro de Lisboa não pára de derrapar.
ResponderEliminarViva o ministro Manuelzinho!
Abraço