(sugestão de Carlos Macedo e Cunha via Facebook)
A TECNOLOGIA do TGV tem 150 anos, não inova em nada, é só força bruta. Ao contrário do Alfa, que usa a ciência e é pendular, no TGV o bogie, o chassi e os carris são tradicionais, mas maiores; só o motor eléctrico substituiu a locomotiva a vapor.
O LightAlfa usa compósito, ligas de alumínio e carbono, e HDPVC na carruagem e chapa de aço reforça do, em vez de ferro fundido no bogie. O fio dos motores é de liga de alumínio em vez de cobre. Tudo o torna mais leve, flexível nas curvas e exige muito menos betão nas pon tes e retirada de terras nas serras.
O LightAlfa é tecnologia de ponta, faz 240km/h de média, quase igual ao TGV e, ao invés deste, não está nas mãos de só nove empresas de quatro países.
Ao ligar Faro a Braga pelo interior, o Train de Grand Developpement (TGD) com ramais para Badajoz e Vigo e gastando 1,5 mil milhões de euros, traria emprego a 78 firmas e 18 mil cidadãos portugueses.
Só seis empresas de França, Reino Unido e Alemanha estão certificadas para vender carris, material eléctrico e electrónico, carruagens, etc. para o TGV.
Espanha tem três empresas certificadas para as pontes e a infrastrutura.
Exige-se quatro anos e milhões para certificar.
Não estarão num cartel?
Estimativas de países que pensaram investir ou já fizeram TGV mostram brutais derrapagens. Os três grandes da UE exportariam para Portugal 65 a 74% dos 5 mil milhões, a Espanha uns 20% e as nossas três mega-empresas 8 a 9%.
Mas três gerações (de Portugueses) teriam que pagar mais 4 mil milhões em juros e sobre lucros ao cartel e cada um dos nossos 5 milhões de empregados mais 500€/ano de impostos em subsídios do Governo ao consórcio do TGV.
Se o racional e inovador é o LightAlfa, que lobby de Bruxelas está a forçar um ministro a nos meter goela abaixo uma dívida irracional e uma velha tecnologia? Por que estes dados não chegam a José Sócrates?
Jack Soifer
PS: Consultor sueco, com experiência em 12 países, e membro activo de várias associações. Autor de 33 papers/livros em 6 países e colunista de imprensa sobre temas de turismo, sustentabilidade e inovação em 3 países. Conferencista e formador em Portugal, Brasil, França e Suécia.
O "Grande Irmão" Sócrates é quem sabe. O Magalhães é um sucesso, não é? O TGV também há-de ser. Se não for, paciência, haverá sempre alguém que irá pagar e já sabemos quem é (Nós!).
ResponderEliminarAlém disso, quando comerçarmos a berrar afogados com dívidas, o Grande Irmão [e Cª.] já estará afastado da cena política à frente de uma grande empresa com um ordenado chorudo ou c/ meia dúzia de reformas. Costuma ser esse, em Portugal, o prémio a receber pela irresponsabilidade política.