Durante a manhã eleitoral alguns próceres do sistema, jornalistas incluídos, lá fizeram o costumeiro wishful thinking sobre a diminuição da abstenção. No fim do dia, confirmado o aumento substancial desta, também costumeiramente, lá meteram a cabeça na areia e fizeram de conta que nada se passou. Avestruzes que um dia se arriscam a ser decapitadas. Apesar do número de eleitores ter aumentado em mais de 560 mil, o número de votantes diminuiu cerca de 55 mil. E os novos eleitores, ao contrário dos mais velhos, têm mais probabilidades de se manterem vivos nas eleições que se seguem.
Quanto ao resto, expectavelmente, pouco mudou: o Porto e o Norte, apesar dos graves problemas sociais e económicos, passaram totalmente ao lado desta campanha eleitoral; a regionalização, por iniciativa dos partidos do sistema, está definitivamente enterrada por muito que alguns eleitos por esta região façam profissões de fé. O TGV Lisboa – Badajoz com a respectiva ligação ao novo aeroporto lá se fará; para essa tarefa o PS contará com o apoio do BE – sim, não há leninista ou trotskista que se preze que desaproveite uma grande obra pública em Moscovo, perdão… Lisboa. O aeroporto do Porto é que provavelmente continuará sem qualquer ligação ferroviária séria. Entretanto os espanhóis, que não dormem e pensam estrategicamente, encarregar-se-ão de o esvaziar. Mas quem elege um senhor de Lisboa que se notabilizou como promotor de exposições em honra do Benfica, o ex-ministro João de Deus Pinheiro, o António José Seguro, e outros do género, como seus representantes no parlamento também não merece muito.
Talvez algo de positivo possa ter saído desta eleição: o fim político daquela figura anacrónica - também eleita, a contento de Rui Rio, com os votos do Norte – o professor Cavaco Silva. Vamos lá a ver que trunfos tem o senhor presidente na manga para nos mostrar hoje.
Como o sistema eleitoral autárquico permite que cidadãos independentes possam concorrer sem se submeterem a uma estrutura partidária eu votarei. Votarei na doutora Elisa Ferreira, que apoio apesar de algumas divergências.
P.S. – Provou-se que os defensores do voto branco ou nulo como voto de protesto continuam a não compreender a natureza humana; e isso em política não é boa habilitação ;-)
Quanto ao resto, expectavelmente, pouco mudou: o Porto e o Norte, apesar dos graves problemas sociais e económicos, passaram totalmente ao lado desta campanha eleitoral; a regionalização, por iniciativa dos partidos do sistema, está definitivamente enterrada por muito que alguns eleitos por esta região façam profissões de fé. O TGV Lisboa – Badajoz com a respectiva ligação ao novo aeroporto lá se fará; para essa tarefa o PS contará com o apoio do BE – sim, não há leninista ou trotskista que se preze que desaproveite uma grande obra pública em Moscovo, perdão… Lisboa. O aeroporto do Porto é que provavelmente continuará sem qualquer ligação ferroviária séria. Entretanto os espanhóis, que não dormem e pensam estrategicamente, encarregar-se-ão de o esvaziar. Mas quem elege um senhor de Lisboa que se notabilizou como promotor de exposições em honra do Benfica, o ex-ministro João de Deus Pinheiro, o António José Seguro, e outros do género, como seus representantes no parlamento também não merece muito.
Talvez algo de positivo possa ter saído desta eleição: o fim político daquela figura anacrónica - também eleita, a contento de Rui Rio, com os votos do Norte – o professor Cavaco Silva. Vamos lá a ver que trunfos tem o senhor presidente na manga para nos mostrar hoje.
Como o sistema eleitoral autárquico permite que cidadãos independentes possam concorrer sem se submeterem a uma estrutura partidária eu votarei. Votarei na doutora Elisa Ferreira, que apoio apesar de algumas divergências.
P.S. – Provou-se que os defensores do voto branco ou nulo como voto de protesto continuam a não compreender a natureza humana; e isso em política não é boa habilitação ;-)
Cá o "abstencionista" ocasional [Moi!], já enterrou Cavaco há muito, muito tempo, meu caro. Sou uma agulhinha num palheiro, mas posso picar...
ResponderEliminarSó os experts da poliquinha encomendada é que continuam a insuflá-lo de vida política.
O discurso de hoje do PR foi exemplar daquilo que é a personalidade do senhor Presidente...Diz que não disse, mas que é mentira aquilo que dizem que ele disse e se não fosse mentira, o que tinha de mal se ele tivesse dito?...
ResponderEliminarAfinal os e-mail's têm vulnerabilidades?...Então para que quero eu os Anti-Vírus que tenho regularmente adquirido, será que eu reuni já em 1900 e troca o passo a minha comissão de aconselhamento que me informou que o sistema informático nomeadamente os e-mail's têm fragilidades?...Tenho que admitir que eu estou muito adiantado em termos tecnológicos relativamente ao senhor Presidente da República e não me é dado nenhum destaque, nem pelo jornal o Público...Que enorme injustiça!
Senhor Presidente já ouviu falar no Kaspersky?...Não, não é a nova aquisição do Benfica, é um anti-vírus!
"As tecnologias do Kaspersky protegem-no do cyber crime e de qualquer ameaça informática!..."
Uma pergunta mais: -O tão famigerado e publicado e-mail não era afinal do "Público", mas era sim da Presidência da República?...