Todas as vozes, oficiais, semi-oficiais, ou de credenciados comentadores, que pretendem enumerar os males de que padece Portugal, são praticamente unânimes. Cita-se a Justiça, a desgraça que é o Ensino, as leis penais que defendem mais o criminoso do que a vítima, e mais uns quantos factores. Praticamente toda a gente está de acordo, com a aparente excepção dos sucessivos governos que dão a impressão de pensar que está tudo bem e nada haverá a melhorar.
Esta enumeração peca pelo "esquecimento" de um dos factores que contribuem para a actual situação pantanosa de Portugal : a excessiva concentração de investimentos e actividades económicas induzidas na região da Grande Lisboa, em detrimento do restante país. Compreende-se o "esquecimento" por parte dos beneficiários da situação,pois obviamente o seu interesse é que ela se eternize, e deliberadamente estabelecem a confusão entre o que chamam de "interesse nacional", e aquilo que na realidade é : o favorecimento de uma população que não vai além dos 35% do total de portugueses, e simultâneamente " vender" favores a todos os "clientes" que gravitam à volta do poder. Os sucessivos PIDDAC´s inegavelmente demonstram o descarado favorecimento daquela região. O de 2010, agora conhecido, é mais uma (desnecessária) confirmação.
Mas se o comportamento dos "colonizadores" é lógico e compreensivel à luz da sua finalidade -arrebanhar o máximo de vantagens materiais e assim contribuir para o seu próprio comparativo alto nível de vida - já a atitude dos "colonizados" é incompreensível. Faz-me confusão esta nossa apatia que um dia aqui comparei à resignação do gado a caminho do matadouro. Parece que sofremos colectivamente de um misto de estupidez e ignorância. Parece que não compreendemos o que nos está a acontecer. Damos mostras de aceitação resignada de que somos impotentes e incapazes de lançar o equivalente ao "grito do Ipiranga".
Quero acreditar que os povos do Norte apenas têm a capacidade de reacção adormecida, mas falta-nos um líder capaz de os despertar e comandar-nos na revolta cívica que se impõe. Por muito que receie que este anseio seja o mesmo que esperar por D. Sebastião, continuo a ter esperança .
Entretanto, e se servisse para alguma coisa, deixaria aqui um apelo. Que para contrabalançar o "esquecimento" dos centralistas sulistas e dos "assimilados", todos aqueles nortenhos que têm voz, sejam individualidades ou entidades colectivas, não se cansem de proclamar alto e bom som e sem desfalecimento, que o actual modelo económico que consiste em concentrar recursos financeiros e humanos apenas na capital é, além de injusto e castrador da maior parte do país, um modelo que contribui para as nossas presentes dificuldades e que, lá mais para a frente, constituirá a semente que causará o esfacelamento do país tal como o conhecemos hoje. O que, bem vistas as coisas, se calhar até seria uma grande coisa!
Esta enumeração peca pelo "esquecimento" de um dos factores que contribuem para a actual situação pantanosa de Portugal : a excessiva concentração de investimentos e actividades económicas induzidas na região da Grande Lisboa, em detrimento do restante país. Compreende-se o "esquecimento" por parte dos beneficiários da situação,pois obviamente o seu interesse é que ela se eternize, e deliberadamente estabelecem a confusão entre o que chamam de "interesse nacional", e aquilo que na realidade é : o favorecimento de uma população que não vai além dos 35% do total de portugueses, e simultâneamente " vender" favores a todos os "clientes" que gravitam à volta do poder. Os sucessivos PIDDAC´s inegavelmente demonstram o descarado favorecimento daquela região. O de 2010, agora conhecido, é mais uma (desnecessária) confirmação.
Mas se o comportamento dos "colonizadores" é lógico e compreensivel à luz da sua finalidade -arrebanhar o máximo de vantagens materiais e assim contribuir para o seu próprio comparativo alto nível de vida - já a atitude dos "colonizados" é incompreensível. Faz-me confusão esta nossa apatia que um dia aqui comparei à resignação do gado a caminho do matadouro. Parece que sofremos colectivamente de um misto de estupidez e ignorância. Parece que não compreendemos o que nos está a acontecer. Damos mostras de aceitação resignada de que somos impotentes e incapazes de lançar o equivalente ao "grito do Ipiranga".
Quero acreditar que os povos do Norte apenas têm a capacidade de reacção adormecida, mas falta-nos um líder capaz de os despertar e comandar-nos na revolta cívica que se impõe. Por muito que receie que este anseio seja o mesmo que esperar por D. Sebastião, continuo a ter esperança .
Entretanto, e se servisse para alguma coisa, deixaria aqui um apelo. Que para contrabalançar o "esquecimento" dos centralistas sulistas e dos "assimilados", todos aqueles nortenhos que têm voz, sejam individualidades ou entidades colectivas, não se cansem de proclamar alto e bom som e sem desfalecimento, que o actual modelo económico que consiste em concentrar recursos financeiros e humanos apenas na capital é, além de injusto e castrador da maior parte do país, um modelo que contribui para as nossas presentes dificuldades e que, lá mais para a frente, constituirá a semente que causará o esfacelamento do país tal como o conhecemos hoje. O que, bem vistas as coisas, se calhar até seria uma grande coisa!
Meu caro amigo, espere, mas espere sentado...
ResponderEliminarUm abraço
Caro Rui,
ResponderEliminarA melhor maneira do povo acordar é mesmo o FCP deixar de ganhar durante uns anos.
Eu penso que não ouvi mal!... de um comentador politico que à dias falou num dos canais da televisão.
ResponderEliminarDiz o comentador; que o sr ministro
das Finanças sensibilizou o sr
1ºministro para fazer só a linha do TGV Porto lisboa Madrid e que a outra linha Porto Vigo esquecesse!
...e é esta ilustre pessoa do Porto.
Temos um presidente autarca e da
junta metropolitana do Porto,que
faz uma conferência de imprensa cheio de pressa, para o Porto Canal
e meia dúzias de meninas, jovens jornalista,- só para dizer que o governo curtou, e vai dar menos dinheiro para o Porto; e pouco mais disse.
è daqueles que não tem poder revidicativo e só fala depois dos actos consumados.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.
Infelizmente como disse no comentário anterior,agora só se vai fazer o TGV lisboa Madrid já nem o Porto lisboa se faz.
ResponderEliminarVamos ficar isolados da alta-volocidade.
Este centralismo!... nem no tempo do Salazar.Tem que haver forma de expulsar estes miseráveis políticos que cá vêm só para meter nojo.
Mas os piores são ainda estes políticos tachistas de cá do Norte e do POrto.
Gostava que fizesse um trabalho sobre este assunto.
O PORTO È GRANDE VIVAO PORTO