Paulo Martins, do JN, faz na sua crónica de hoje, uma curiosa analogia entre a Madeira de Alberto João Jardim e a Gália do famoso Astérix da banda desenhada. Chama-lhe «irredutível», como ao herói galês e critica-o por se recusar a apertar o cinto em solidariedade com o resto do país e por continuar a exigir do Estado central mais dinheiro.
Para não variar, Manuel António Pina, escolheu o mesmo tema e protagonista na sua diária coluna de opinião: Alberto J. Jardim. Estranho unanimismo este. Estranho, porque a montante dos hábitos aparentemente chantagistas de AJJ, reside outra chantagem endémica do Governo Central sobre o resto do país [principalmente com o Porto e a região Norte], no cínico e incoerente discurso de coesão nacional, em total contradição com práticas de poder pornograficamente centralistas. Não há qualquer moral nestas flechas de censura dirigidas contra AJJ sem antes se equacionar o que seria da Madeira sem a autonomia e sem um Homem como AJJardim. Muito provavelmente, seguramente, mesmo, estaria mais pobre e abandonada que o Porto e todo o Norte profundo.
Em condições de governabilidade respeitáveis, podiam fazer algum sentido as críticas a A.J.Jardim. Sucede que, a governabilidade em Portugal não só não é respeitável, como é indecorosa e fragmentária. Por isso, e porque AJJardim tornou [como escreve o jornalista Paulo Martins] a Madeira na região do país mais rica da média nacional, com 98% do PIB da média europeia, o líder madeirense não está mais do que a copiar o estilo chantagista dos sucessivos governos centralistas, com uma diferença abissal: acrescenta visíveis benefícios para o povo madeirense.
Se o Governo Central pode desviar fundos do QREN do Norte para Lisboa porque não pode a Madeira tomar medidas semelhantes? Será que os autores destes artigos detectaram alguns sinais de preocupação da parte do Governo Central para com a nossa região que nós não tenhámos percebido? Ou será apenas uma questão de «moda», diabolizar AJJardim? Não creio. Penso que será mais uma questão de má consciência e a necessidade de atacar um homem temido por simbiose ao politicamente correcto. Tal como fizeram e fazem com Pinto da Costa...
Se o Governo Central pode desviar fundos do QREN do Norte para Lisboa porque não pode a Madeira tomar medidas semelhantes? Será que os autores destes artigos detectaram alguns sinais de preocupação da parte do Governo Central para com a nossa região que nós não tenhámos percebido? Ou será apenas uma questão de «moda», diabolizar AJJardim? Não creio. Penso que será mais uma questão de má consciência e a necessidade de atacar um homem temido por simbiose ao politicamente correcto. Tal como fizeram e fazem com Pinto da Costa...
Houvesse mais AJJ, neste país de treta, e estariamos melhor concerteza.
ResponderEliminarhum... a dívida pública da madeira dividida pelo nº de habitantes dá 6000 euros per capita; a dívida pública do continente dividida pelo nº de habitantes dá 21000 euros; a região que mais queima dinheiro público é lisboa (basta ler o oe e piddac de 2010) e depois a culpa é dos madeirenses. ele há coisas fantásticas! :-)
ResponderEliminarCom Alberto João no Porto, não veriamos: Piddac - Lisboa + 28%. Porto - 70,8%.
ResponderEliminarPorque é que as virgens ofendidas que falam de despesismo, não dizem nada a isto?
E poderia dar muitos mais exemplos.
Um abraço
Pois é, António, coisas há fantásticas :-)
ResponderEliminarA propósito, há um Marquês de Pombal qualquer na caixa de comentários do seu último post "à espera" de uma resposta à sua maneira.
caro rui valente: não respondo a cobardes anónimos
ResponderEliminarAcho que devíamos todos fazer uma petição para conseguir a "transferência" de AJJ para o Porto!
ResponderEliminarAgora a sério. Porque é AJJ tão atacado? Porque ousa questionar o centralismo colonial de Lisboa, o que já por si é crime imperdoável,e sobretudo porque tem tido um êxito que demonstra quanto uma autonomia contribui para o progresso de uma região, e esta ideia é intolerável para o centralismo.
AJJ não é santo, mas é o único verdadeiro lider que existe em Portugal. Quanto ao seu alegado despesismo, acho perfeitamente imoral que Lisboa exija contenção financeira, mas não principie por dar o exemplo. Emquanto Lisboa continuar a gastar em obras faraónicas em benefício da própria região, não tem qualquer autoridade moral para impor economias aos outros.É por isso que considero que AJJ tem toda a legitimidade para continuar a investir em favor do progresso da Madeira. Já dizia o sapateiro de Braga: ou comem todos ou haja moralidade!
Amigos eu não me importo, se acham que o AJJ pode -a deixar-se transferir para o Porto- fazer mudar as coisas, então que ele venha para aqui "jogar" umas épocas...Mas não acredito muito nele, posto aqui, estou convencido que mudava, porque o Porto não é a Madeira, aqui existem muitos, que preferem ficar assim, a poderem de algum modo contribuir para o fim do seu Benfica...Na Madeira não existe nenhum verdadeiro contrapoder, pelo contrário, existe a livre expressão do poder financeiro, se ele terminar, termina AJJ. -Fixem bem estas palavras...
ResponderEliminarPodiamos chamar-lhe chulo do continente se os dinheiros do estado fossem atribuídos equitativamente por todas as regiões e ele quise-se mais. Mas como a polhice dos governantes roubam sempre para o mesmo lado... Lisboa - ele em Portugal é o maior regionalista que conheço. Quem me dera ter um João destes
ResponderEliminaraqui no Norte.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.