22 abril, 2010

Todos contra o Jamor [do JN]


Clubes e adeptos torcem por final no Minho, mas falta o aval federativo

Está a ganhar forma a ideia de que a final da Taça de Portugal, a disputar a 16 de Maio, entre o F. C. Portoe o Chaves, possa ser realizada fora do Estádio Nacional. Para já, os flavienses movimentam-se para que o local seja mudado para Braga ou Guimarães.

 Os flavienses já manifestaram o seu interesse, através de uma petição na cidade, em que manifestam o desejo de assistir à final num estádio mais perto, mais concretamente o de Braga.

O próprio presidente do clube, Mário Carneiro, reconhece que o interesse do seu emblema é jogar fora do Jamor: "Para os atletas e alguns associados, pode haver algum simbolismo na ida ao Jamor, mas que interessa jogar num estádio despido de público? Por isso, entre o simbolismo e a necessidade, nesta altura de crise, os adeptos optam pela poupança de despesas".

O líder flaviense refere que já "houve um contacto exploratório com o F. C. Porto", acreditando que os portistas se vão manter coerentes com o que pensam em relação a este tipo de finais e aceitar a proposta.
Só depois do entendimento é que os dois clubes comunicarão à FPF o desejo de mudar de local, uma iniciativa que pode ser acolhida pela direcção federativa.

Para já, o F. C. Porto não tece qualquer comentário sobre essa matéria, ficando a aguardar melhor oportunidade.
O problema é que a decisão tem de ser tomada com urgência, pois a entidade governamental responsável pelo Jamor já vai começar a fazer despesas de manutenção e de arranjo do recinto, tendo em vista o jogo da final. Esta já está, oficialmente, marcada para o dia 16 de Maio, às 17 horas.

Sendo assim, a FPF tem de dar uma resposta, em tempo, favorável ou não, aos pedidos que lhes cheguem às mãos. O JN apurou que o presidente federativo, Gilberto Madail, é contrário a qualquer mudança, atendendo a que se deve "respeitar o peso da tradição".

Aliás, recorde-se, a título ilustrativo, que, nas 68 finais anteriores, o Estádio Nacional ganha claramente, com 56. Excluindo as sete primeiras edições, que se repartiram pelos campos das Salésias e do Lumiar, só por cinco vezes o local não foi o Jamor.

Assim, em 60/61, 75/76 , 76/77 e 82/83 foi no Estádio das Antas, no Porto, e em 74/75 foi no Estádio de Alvalade, em Lisboa, onde o Boavista bateu o Benfica (2-1). Curiosamente nas três finais nas Antas, o F. C. Porto só venceu uma, ao Braga, tendo perdido com o Leixões, uma, e com o Benfica, outra. Em 76, no mesmo palco, o Boavista derrotou o Guimarães. 


MANUEL LUÍS MENDES

9 comentários:

  1. Aquele estádio do Jamor é o estádio da piolhice.
    Não tem qualquer tipo de condições:
    não há casas de banho, tem-se que ír defecar e mictar ao monte, que por sua vez, só lá tem cavalos da GNR e merda até dizer chega... e quando chove é um pântanal.

    São Clubes do Norte, vamos jogar num estádio do Norte.
    Um apelo aos portistas do Sul:façam
    um sacríficiozinho para cá virem eu
    sei que entendem a nossa luta.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  2. Rui não gosto do Jamor e sempre disse que aquilo não tem o mínimo de condições e a final só se mantém lá pelas razões que todos conhecemos. Mas essas coisa deviam ser tratadas com tempo, ficar estabelecido, no início da época, que a final só seria marcada depois de se saberem quem eram os finalistas. Agora, em cima da hora, quando muitos adeptos já assumiram compromissos para irem ao Jamor, não me parece uma boa ideia.

    Um abraço

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  3. A insensibilidade aos apelos vindos da maior parte dos clubes de futebol para ser revisto, de uma vez por todas, o local onde deverá ter lugar a final da Taça de Portugal, é detestável e inadmissível num Portugal que afirma serem os cidadãos iguais nos seus direitos e obrigações.

    Ao insistir, em qualquer circunstância, que a decisão final da chamada festa do futebol nacional se desenrole no estádio de Oeiras, uma obra emblemática de Salazar, que há muito deixou de reunir condições aceitáveis para o acontecimento por existirem, actualmente, melhores instalações em várias zonas do país, o estupor dos dirigentes responsáveis agride a vontade de uma enorme multidão de desportistas que almejam, há muitos anos, a revisão desta situação.

    A invocação de um simbolismo tradicional não é mais do que uma bacocice idiota e radica nos resquícios das mentes passadistas dos que se sentam há demasiado tempo nos fofos sofás do poder centralista, insensíveis às mudanças que se introduziram na sociedade, ou se empurram engravatados para chegarem às cadeiras da tribuna presidencial e poder olhar por cima dos súbditos que ali estão para lhes prestar vassalagem.

    Não passa pela cabeça de ninguém, com um mínimo de seriedade intelectual, que pense ser menos digna e empolgante, menos festiva, menos injusta, menos acessível, uma final que decorra em Braga ou em Guimarães, no Dragão ou Bessa, em Aveiro, Coimbra ou Allgarve? Oeiras, tem mais imponência? Tem? E, então? As pessoas não contam? Será que estão convencidos que ir de Carcavelos ao Jamor é a mesma coisa que sair de Miranda do Douro, se é que, verdadeiramente, sabem onde fica?

    Vamos ser sérios, descomprometidos e justos nas decisões que os cargos que ocupam exigem, no caso de ainda alimentarem ilusões quanto à natureza do conceito que o povo tem do dirigismo desportivo (ou outro...).
    PS. Também não vejo razões substantivas para impedir a formação de partidos regionais. Em eleições livres se avaliaria da sua aceitação ou rejeição popular. Pessoalmente, não tendo havido um debate alargado sobre o assunto,embora tenha lido aqui e ali referências à existência dessa organização política, não foi suficiente para formar uma ideia
    clara sobre o assunto, se bem que não descortino neles inconvenientes insanáveis.

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  4. Caro Rui!

    Há muitos anos que sempre defendi que as finais da taça deveriam realizar-se em estádios seguros e com condições, o que não é o caso do estádio de oeiras!

    E, sinceramente, custa-me ver portistas "doentes" defenderem que a final se realize lá, porque estamos em "cima da hora" e já se "assumiram compromissos"!!! Mas ainda falta mais de 1 mês!!!

    Não compreendo esta defesa de se realizar o jogo em oeiras!!!

    Um abraço

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  5. Caro Rui!

    Não tem nada a ver com este post (ou se calhar tem), mas quando é que lançamos uma vaga de fundo para criarmos o Partido do Norte?

    Temos que avançar com nomes e convidá-los para serem o rosto visivel do Partido, sempre com o nosso trabalho na "sombra"!

    O tempo urge!

    Um abraço

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  6. Boa Noite!

    Caro Rui Valente,
    Este assunto é um tanto ou quanto delicado, pois há opiniões muito divergentes. Eu acho que só deveria ser definido o local da final depois de saber quem iria participar nela.
    Concordo plenamente com a luta dos adeptos do Chaves, a distância para Lisboa é grande … vamos la ver como é que isto termina.
    E porque não a final se realizar no Estádio Municipal de Aveiro? Afinal é uma obra que precisa de ser rentabilizada, não é?

    Força FC Porto!

    Cumprimentos

    Ana Andrade

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  7. Ana,

    Se queremos um Norte unido e influente, temos de deixar de parte os interesses de momento. Às vezes é preciso saber aproveitar as oportunidades para impormos os nossos interesses sem entrarmos em contradição.
    Há uma questão que pode deitar por terra as pretensões de ambos os clubes [FCPorto e Desportivo de Chaves], que é o timing em que foi tomada esta iniciativa. Há a questão dos bilhetes, etc. Mas, eu colocaria em 1º lugar os interesses regionais.

    Um abraço

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  8. Renato,

    Percebo a sua ansiedade, nós vamos fazendo o que podemos.

    Talvez possamos começar dentro em pouco a fazer qualquer coisa de mais importante. Vamos ver. Aguardar...

    Um abraço

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  9. "Serei candidato sem Pinto da Costa"

    José António Martins Soares, médico e empresário, 59 anos

    Quais foram os motivos que o levaram a ser oposição de Pinto da Costa?


    Fui candidato por duas vezes. Na primeira, porque o presidente disse que não se candidatava e na viagem de Viena para o Porto fui pressionado por sócios. Entretanto, Pinto da Costa anunciou que avançava, mas o meu movimento já estava em marcha, no qual faziam parte Lourenço Pinto e Adelino Caldeira. Não podia retroceder.

    E no segundo acto eleitoral?

    O meu movimento continuou, o número de assinaturas aumentou e voltei a ser pressionado. Contactei jogadores, um deles era o Esnaider, e o treinador Kenny Dalglish, e dei o meu contributo, não contra ninguém, mas para ajudar o F. C. Porto. Lancei alguns temas à discussão, como a criação da SAD.

    Já desistiu de ser presidente?

    No dia em que Pinto da Costa não se candidate, serei candidato.

    Só avança nessas circunstâncias?

    Sim. Tenho de concordar com a gestão desportiva e não há razões para aparecerem candidatos. Admiro o trabalho feito, os resultados falam por si, embora não concorde com a gestão financeira.

    Alguma vez teve a hipótese de colaborar com Pinto da Costa?

    Vários sócios já me fizeram essa pergunta e essa situação já esteve para acontecer, quando a SAD foi escalonada. Almocei com o presidente e com uma terceira pessoa, mas não se concretizou. Estou disponível para trabalhar no engrandecimento do clube, mas não quero ser pau mandado de ninguém.
    in "JN"

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...