Como diz, e bem, neste artigo [JN], Carlos Abreu Amorim, o dever de cidadania exige que se lute contra as decisões injustas dos Governos. Suponho que a "consideração" do executivo de Sócrates de brindar em exclusivo o Norte com as portagens nas SCUTS já nem sequer merece discussão. Essa fase, foi rapidamente ultrapassada pela obscena discriminação de que a decisão se revestiu. Mais. Pessoalmente, tomo esta atitude como uma provocação despudorada às populações da nossa região, resultante do laxismo das elites locais com a consequente perda de protagonismo para o país.
Alguns nortenhos - vá-se lá saber porquê -, parecem ainda não ter percebido que os sucessivos desvios de verbas destinadas ao Norte para a região de Lisboa a par de toda a sorte de obras faraónicas despesistas e irracionais para a mesma região, mais não foram do que subtis testes à nossa dignidade e capacidade de tolerância.
Foi por não termos reagido antes, por outras razões, incluindo [convirá lembrá-lo], as decisões arbitrárias da Procuradoria Geral da República de instaurar processos judiciais como o Apito Dourado exclusivamente aos clubes do Norte, que o centralismo estendeu agora os seus tentáculos noutras direcções. Foi também por Rui Rio querer ser politicamente correcto com as elites de Lisboa que o Porto se fragilizou . Foi por Rui Rio ter vencido três mandatos seguidos, com os votos desses nortenhos desnorteados, que o Porto perdeu protagonismo político e económico. Quem não quiser admiti-lo, continuará a enganar-se a si mesmo e a prejudicar o Porto. É chegado o momento de admitir o erro e de procurar outras alternativas.
Se o futebol, com os seus peculiares afectos, constituir um factor de divisão para a causa do Norte, é porque os nortenhos estão mais interessados no clube do que na região, e esse, será um problema que terão de decidir de moto próprio. Os portuenses não podem culpar-se por serem adeptos do FCPorto, do Boavista, do Leixões ou do Salgueiros, porque adoptaram por clubes próximos das suas raízes. Nem tão pouco os portuenses afectos a clubes de regiões mais afastadas se devem excluir desta causa - que é de todos os nortenhos -, por razões clubísticas.
Seria fantástico, um hino à noção de cidadania da Região, se os nortenhos fossem capazes de separar as águas, de esquecer momentaneamente rivalidades futebolísticas, de reconhecer a importância de se unirem em defesa de um outro "clube" bem mais relevante para o seu futuro : o "clube" do Norte, que é como quem diz, o Movimento Pró Partido do Norte.
E para começar em grande, dirigindo-se todos à rua, para fazerem um grande manguito ao Governo recusando categoricamente os chips e as portagens nas Scuts.
A melhor maneira de resolver este problema e de uma forma inequívoca era toda a gente, mas mesmo toda a gente, que passe pelas scuts não parar e não paguar.
ResponderEliminarA dificuldade é e será sempre a "típica traição portuguesa", que sempre que há necessidade de um grupo se juntar e fazer algo unanimemente aparece sempre quem ache que não deve ser assim pois tem uma ideia melhor e não segue as ideias dos outros.
Há uns anos atrás começou-se a usar a chamada psicologia invertida em que os opiniom makers deste país começaram a "tratar mal" os grupos que mostram que todos juntos têm mais força que cada um a lutar por si só e conseguiram enraizar a ideia que os que assim ajam não passam de carneiros encaminhados por um qualquer pastor.
Agora, com medo de serem tratados por carneiros, há sempre os pseudo-espertos que fogem dos grupos organizados e enfraquecem assim o poder que o povo tem.
Mas não esqueçam nem duvidem que o povo é quem mais ordena (se realmente quiser).
... mas a comissão de propaganda do governo, através dos seus boys da comunicação, já se afadigam a declarar, declarar, declarar. Ele são critérios, justiças e equidades. Pena que o contraditório não exista.
ResponderEliminarEstamos todos de acordo!
...pagUar.
ResponderEliminarNem sei como cometi tal erro, mas ele está lá, no fim do 1º parágrafo.
Obviamente que o U está a mais.
lol
Neste caso das Scuts como em muitos outros, não há nada que nos divida.
ResponderEliminarUm abraço
"João inocêncio",
ResponderEliminaroutra maneira de boicotar as portagens,seria canalizar e entupir completamente o trânsito para as RUAS que o Governo diz serem alternativas às Scuts, para o Mundo ficar a saber até onde chega a sua incompetência.
Poque não ir lá de noite e arrancar/partir os scanners que eles puseram em cima da estrada ?
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