23 setembro, 2011

A nossa mais bela história de desamor


O óóóórgulho do clube do regime. É destes répteis 
que o milhafre de alimenta...
 Bom dia, rapazes!

Não sei se já repararam, mas está um belo dia para ganhar ao Benfica. Ah, não há melhor programa, seja qual for a ocasião. Talvez alguns de vós, os mais novos, não saibam ainda que estão aqui, antes de mais, para ganhar ao Benfica. No vosso autocarro, onde está escrito "O nosso destino é ganhar" nós, adeptos,lemos "O nosso destino é ganhar ao Benfica". E não se trata de ódio, como se pensa, mas do mais pueril e natural desamor. A vivência plena do futebol exige afrontamentos vitais, ou não tratasse cada jogo da resolução de um conflito; e a dualidade FC Porto-Benfica é um património psicossocial sedimentado, que estrutura os nossos afectos. Os dois clubes atraem-se e repelem-se mutuamente, como dois pólos opostos, mas complementares, e essas "imperfeições" fazem deles o par perfeito. O que seria de um sem o outro? E da Superliga? E de nós? Ninguém duvide: o Benfica é a nossa mais bela história de desamor.

Mas voltemos ao jogo, que será também uma boa oportunidade para Vítor Pereira ver o Benfica jogar. Eu, que tenho visto, posso dizer-vos que está forte, como nós gostamos, mas, basicamente, aquela é a mesma malta do ano passado e é impossível que tenham recuperado por inteiro do stress pós-traumático. Para mim, vão resguardar-se e Cardozo será um navegador solitário no mar do ataque; e sabe-se que ele, como li num blogue, rende mais quando o Benfica joga com Duarte Gomes no apoio ao ponta-de-lança, o que não será o caso.

Suponho que também esperam de mim uma receita para ganhar o jogo. Pois bem, basta que sejam jogadores "à Porto", essa raça privilegiada dos que acrescentam às suas qualidades naturais um suplemento de vontade que os torna indomáveis. E lembrem-se: cada um de vós passa a representar milhares e milhares quando vestir a camisola azul e branca. A partir desse momento, não sois apenas vós. Sois nós. E nós, como diz o cântico, "queremos essa vitória".

[Álvaro Magalhães/O Jogo]

1 comentário:

  1. Como viu não precisou de jogar com Duarte Gomes a ponta de Lança pois o suplente Jorge Sousa também é um grande jogador (que o Pariu).
    Mas como alguém já disse dar o ouro ao bandido é a mesma coisa que entregar a alma ao diabo (vermelho)
    É caso para dizer à dois jogos que o mestre da banda não acerta uma.
    Ó o maestro muda a música ou vamos ser nós a mudar de maestro. Não sei se concorda?..
    Bom fim de semana.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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