31 outubro, 2011

Genéricos


Este, é outro assunto que há uns tempos a esta parte me anda a provocar  muita confusão. Li algures, um dia destes, que os médicos pretendem difundir informação pública sobre o risco da prescrição de medicamentos genéricos. O motivo, na opinião  do Presidente da Seccção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, prende-se com a protecção da saúde dos doentes. Segundo diz, porque existem casos em que os médicos receitam medicamentos em que têm confiança clínica e que deviam ser proibidos de trocar por outros com o mesmo princípio activo. Isto, porque está para sair uma nova lei que obriga os médicos a receitarem os medicamentos pela Denominação Comum Internacional, ou seja, pelo princípio activo.

Ora, o que se estranha é que a comunidade médica internacional, assim como a indústria farmacêutica,  não tenham tomado atempadamente medidas drásticas, no sentido de esclarecer as populações de forma a não deixar instalar sobre elas um potencial sentimento de insegurança, não só em relação aos medicamentos, como sobre os próprios médicos.

Para o cidadão comum, é difícil de compreender como é que se permite lançar no mercado medicamentos sem a confiança da toda a comunidade médica, já que, segundo o Presidente da SRNOM, não existem testes de bioequivalência entre genéricos.  Há algo de muito grave e errado em tudo isto, e a legislação na matéria só por si, pouca utilidade tem.

Por outro lado, a ser verdade o que os médicos argumentam, não se compreende também que o Governo tenha tomado de ânimo leve a decisão de obrigar a prescrição de genéricos. É urgente desvanecer todas as dúvidas nesta matéria, caso contrário, qualquer dia arriscámo-nos a morrer da cura, e não da doença.  A menos que haja aqui mais uma nova versão do gato escondido...

3 comentários:

  1. Carvalho Guimarães31/10/11, 16:36

    Claro que há gato mas mal escondido.Toda a gente sabe que os médicos recebem das farmaceuticas para receitar os produtos da marca deles.Mas cuidado nem todos os médicos são corruptos, há por aí muito boa gente.Todos os médicos que são "boa gente" tanto lhes faz genérico ou de marca, até porque muitas vezes são feito no mesmo local !!

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  2. Pessoalmente não sei o que pensar sobre os genéricos. Ouvem-se opiniões totalmente contraditórias. Em quem acreditar?A tendência normal seria preferir os produtos "autênticos", mas os preços são exorbitantes e os Centros de Saude cada vez receitam mais os genéricos, e para quem tem o azar de necessitar de muita medicamentação, a economia é enorme. A argumentação dos médicos, com o estafado disco do interesse da saude pública, é pouco convincente porque todos sabemos que muitas vezes há outros interesses por trás da cortina...

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  3. Este é mais um caso de pura confusão, ou não.
    No fundo, o prejudicado é o doente, que não sabe se vai tratar da saúde, ou se vai poupar mais uns cobres.

    O governo não quer saber da saúde dos doentes mas sim dos cofres do Estado.
    O médico, como é sabido, convém trabalhar com os grandes laboratórios, mas também por outro lado, não quer prescrever um medicamento que depois pode ser trocado por outro.
    De resto tudo bem,- a BEM DA NAÇÂO.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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