30 outubro, 2011

Políticos. De corruptos a assassinos, o passo é curto



 
Duarte Lima

Sabendo como funciona a cabeça de determinados políticos quando se sentem acossados - previsível e reaccionária -, começo por declarar que o tema de hoje não deverá ser interpretado como uma crítica generalizada à classe, e sim como a opinião sincera de um cidadão baseada em factos que a história recente não pode  desmentir.

Amiúde, face ao excesso de escandalos em que se vão envolvendo, os políticos sentem-se impelidos a apresentar publicamente manifestações de repúdio pela péssima reputação que foram deixando colar à sua imagem, talvez na esperança de nos convencer de que afinal reside apenas na ignorância popular a fonte dessas opiniões. Está errado!

Um dos piores defeitos dos governantes, é precisamente o de insistirem em continuar a ver os cidadãos como uma massa acéfala e bruta, incapaz de os perceber. O mal do povo não está em conhecê-los, está em não saber combatê-los. Por comodismo, medos antigos, ou falta de civismo, o povo foi permitindo toda a espécie de abusos, de eleição para eleição, e hoje, algumas dessas figuras públicas, além de se terem tornado ladrões, "promovem-se" à categoria de assassinos...

Já os vimos nas rádios e nas televisões, tecer todo o tipo de opiniões de carácter moralista àcerca do comportamento de outras personalidades, não se coibindo de censurar, mas guardam a mais absoluta discrição se a figura em causa pertencer à prole política. Quando Pinto da Costa andava nas bocas do mundo no processo Apito Dourado não foram poucos os políticos que sugeriram pareceres e opiniões no sentido de o condenar. Agora, sobre Duarte Lima, Dias Loureiro & Companhia, todos optaram pela mais nobre das reservas...

Pois bem. Se porventura me fossem conferidos poderes para tratar destes casos inqualificáveis, e tivesse de os ajuizar, seria à classe política a quem atribuiria as penas mais pesadas. Este simulacro de democracia teria de fechar para férias, durante o tempo que fosse necessário para julgar estes casos com celeridade, evitando assim que o putativo criminoso se desse ao desplante de brincar com as ratoeiras da Lei na cara de todo um país, como fez e continua a fazer, João Vale e Azevedo [nome de barão, carácter de burlão].

O caso Duarte Lima, é a indecência elevada a padrões inimagináveis para qualquer político cumpridor que se preze. Mas, não é o único, há mais. Uns bem conhecidos, outros menos, mas há casos demais para um país civilizado. Se os associarmos  à crónica incompetência do seu histórico, não sei se restará muito espaço para benefícios de dúvidas.

Há momentos - quando esta falsa democracia se revela -, que devíamos perguntar-nos se certos políticos da nossa praça não mereciam ter o mesmo fim do Kadafi...  Uma coisa não merecem concerteza, que é a vida de nababos e as mordomias que, sem honra nem mérito, vão levando.  E os portugueses não podem mais conformar-se com isso.

4 comentários:

  1. acerca deste senhor ler a sabado da semana passada sobre as negociatas deste e seu filho relativo aos terrenos envolventes ao que iria ser o novo ipo em oeiras .

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  2. Para quando as cronicas no JN de Helder Pacheco ?

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  3. Se se refere à última crónica, aquela que quis publicar mas não estava disponível online, não consegui repescá-la.

    Lamento:-)

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  4. "Políticos. De corruptos a assassinos, o passo é curto" pouco há mais há dizer. É um bonito titulo, para se fazer um filme.
    Entre pistoleiros e ladrões alguém vai escapar.
    Como dizia o outro: e o burro somos nós...de resto está tudo bem!...
    "A BEM DA NAÇÃO"

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...