Oportuníssima a transcrição que o Rui Valente fez do artigo do bastonário Marinho Pinto relativo ao congresso dos magistrados do Ministério Público (MP).
O alerta do bastonário revela uma série de feridas na Justiça portuguesa, que na realidade já são mais do que simples feridas : trata-se de gangrena incurável que só cirurgia impiedosa poderá tratar.
A ser verdade o que o bastonário escreve, e não tenho motivos para pensar o contrário, uma série de factos lamentáveis emerge de tudo isto.
1- O Poder Judicial é, ou deveria ser, um dos pilares do Estado democrático. Este tipo de prostituição revelada pelo artigo em questão, é da maior gravidade e deveria originar acções condizentes de várias entidades. No mínimo esperar-se-ia um desmentido do MP com as respectivas explicações. Ainda não li nada.
2-Do actual Procurador Geral da República nada de bom se espera, mas será que vai continuar a assobiar para o lado? Acha ele que a acusação, vindo de quem vem, não merece um comentário e uma averiguação?
3-A ministra da Justiça não terá uma palavra pública a dizer? Em que outro país supostamente civilizado tal silêncio seria possível, e admitido por uma opinião pública séria e por uma Comunicação Social actuante, responsável e honesta?
4-Finalmente, Cavaco Silva. Tenho a ideia, provavelmente infantil e romântica, que o PR deveria ser a reserva moral máxima da Nação, o garante da transparência política, o homem atento ao que se passa no país e que, embora não podendo governar porque quem governa é o governo eleito, exercesse a tal "magistratura de influência" e que fosse visto pelos portugueses como a última esperança para tentar emendar o que está errado, uma espécie de justiceiro ao serviço do bem comum. Com este presidente podemos tirar o cavalinho da chuva, ele anda mais ocupado a ajustar contas com os adversários, Sócrates em particular.
5- E a opinião pública? Impávida e serena, como sempre. E a TV? Podemos pensar em algum dia ver um "Prós e Contras" sobre a(in) dignidade do Poder Judicial? Afrontar os poderes estabelecidos? Que ideia...
6-E assim vamos, alegremente a caminho do fundo do abismo. Sim, porque um país em que o Poder Judicial não se respeita a si próprio, é um país com um futuro pouco risonho.
Farinas, mal acaba um, começa outro.
ResponderEliminarAnalisem a demissão do Secretário de Estado da Energia. Aquilo cheira mal que tolhe, uma nojeira, uma pouca vergonha. Pagamos um preço altíssimo pela electricidade para encher os bolsos aos Catrogas, Mexias e afins.
Nojeira, mal cheirosa, também, a intervenção do Amorim na RTP Informação a justificar a saída de Henrique Gomes com motivos pessoais. Um vómito!
Ah, curiosamente, sabem quem vai substituir o demissionário? Pois, um tipo que vem da entidade reguladora...
Abraço
«No mínimo esperar-se-ia um desmentido do MP com as respectivas explicações. Ainda não li nada.»»
ResponderEliminarO "desmentido", meu caro, veio em forma de lavandaria, ou de roupa suja se quiser. Pode lê-lo no meu último post.
É tudo farinha do mesmo saco,o amorim só tem uma coisa a seu favor,é do FCP,mas qualquer dia até a isso vai renunciar como já renunciou à defesa do norte(regionalização),como diz o povo: estamos feitos,até ao dia em que esse mesmo povo disser basta e ponha esses oportunistas todos a andar.
ResponderEliminarUm abraço
Mas a Ministra da justiça vai dizer alguma coisa!... era o que faltava desrespeitar (a trupe) os srs juízes.
ResponderEliminarO caso do secretário Henrique Gomes, é bem o exemplo de quem quer mexer nos tachos bem instalados.
Quanto ao sr Cavaco; este sr vai dizendo de vez em quando umas bytaitadas, de Tótó que só servem para animar, portanto não passa de um cavaquinho sem cordas.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.