O que me vale, é que não levo muito a sério os presságios "intelectualóides" de Pacheco Pereira, caso contrário teria de lhe perguntar as diferenças que ele vê entre o perigo populista do aparecimento de "novos Sidónios Pais", e a longa lista de governos populistas que tivemos desde o 25 de Abril, num regime que ele [ainda] considera democrático...
Para que não me interpretem mal, esclareço que por populista entendo [também], todo o governo ou governante que chega ao poder através de promessas eleitorais que depois acaba invariavelmente por não cumprir. É isso mesmo que tem acontecido, tanto com governos passados, como no que está agora no activo, facto que de per si, me dispensa da apresentação de outras provas. Presumo que Pacheco Pereira não pensará assim. Ele lá terá bem guardadas, secretas razões para pensar o contrário. Digo eu.
Para que não me interpretem mal, esclareço que por populista entendo [também], todo o governo ou governante que chega ao poder através de promessas eleitorais que depois acaba invariavelmente por não cumprir. É isso mesmo que tem acontecido, tanto com governos passados, como no que está agora no activo, facto que de per si, me dispensa da apresentação de outras provas. Presumo que Pacheco Pereira não pensará assim. Ele lá terá bem guardadas, secretas razões para pensar o contrário. Digo eu.
Já aqui escrevi imensas vezes que o pior que aconteceu à Democracia foi terem-lhe rapinado a componente mais importante a qualquer sociedade evoluída: o respeito pela autoridade, pela Lei, e pelas regras socias. Ao longo dos anos, permitiu-se que as instituições mais nobres do país fossem invadidas por gente desqualificada e pouco séria, conferindo-lhes poderes para os quais não estava preparada, nem habilitada intelectual e eticamente. O resultado só podia ser este.
Senão, vejamos. O actual Governo, que tem mantido uma postura servil para tentar demonstrar à Troika que é diferente do anterior, que se disponibiliza a cumprir "à risca" todas as medidas de austeridade por ela impostas, está todavia apenas a levar a sério as que penalizam os mais desfavorecidos. De novo , repetiu-se a história pelo lado mais negativo: o Governo, desautorizou e desmoralizou exactamente o elemento [Henrique Gomes] que estava a querer levar a austeridade mais a sério, para lá colocar um outro com perfil de boy, e de yes men [Artur Trindade], para assim franquear as portas aos lobbys instalados na EDP.
Não pretendo repetir o que vem na imprensa, o que quero destacar aqui, é o detalhe da tal falta rigor de que vos falei anteriormente, da ancestral aversão às regras democráticas, da tendência em Portugal de se governar cedendo fatalmente à mediocridade.
Não pretendo repetir o que vem na imprensa, o que quero destacar aqui, é o detalhe da tal falta rigor de que vos falei anteriormente, da ancestral aversão às regras democráticas, da tendência em Portugal de se governar cedendo fatalmente à mediocridade.
Outro exemplo que confirma a minha tese, e que nada tem de populista, são as chamadas "limpezas" às candidaturas do QREN de que agora se fala.
Os gestores dos projectos foram intimados pelo Ministério da Economia a respeitar determinados prazos e um conjunto de regras para os verem aprovados. Que coisa terrível! Haverá algo de preocupante nisto? O que é que quererá dizer, afinal? Para mim, é muito simples: quer dizer que estes procedimentos [respeito pelos prazos e rigor na actuação], nunca fizeram escola em Portugal. Quer dizer que no nosso país, não estamos habituados a pontualidades, a procedimentos normais nas relações sócio-económicas, por isso entre nós, ganham a dimensão de ultimatos. O que agora se propõe, afinal, era o que sempre devíamos ter feito. Ponto. Não estranha pois que o Estado seja um dos grandes caloteiros nacionais, o primeiro responsável pela contaminação dos maus exemplos na sociedade civil.
Os gestores dos projectos foram intimados pelo Ministério da Economia a respeitar determinados prazos e um conjunto de regras para os verem aprovados. Que coisa terrível! Haverá algo de preocupante nisto? O que é que quererá dizer, afinal? Para mim, é muito simples: quer dizer que estes procedimentos [respeito pelos prazos e rigor na actuação], nunca fizeram escola em Portugal. Quer dizer que no nosso país, não estamos habituados a pontualidades, a procedimentos normais nas relações sócio-económicas, por isso entre nós, ganham a dimensão de ultimatos. O que agora se propõe, afinal, era o que sempre devíamos ter feito. Ponto. Não estranha pois que o Estado seja um dos grandes caloteiros nacionais, o primeiro responsável pela contaminação dos maus exemplos na sociedade civil.
Querem outro exemplo? Este, mais comezinho, mas nem por isso elucidativo, atendendo ao estatuto da protagonista. Aquela procuradora que foi à RTP relatar pormenores sobre o criminoso que recentemente assassinou a mulher, a filha e a neta, e que levou o Conselho Superior do Ministério Público a acusá-la de se ter excedido na entrevista, vê agora os respectivos membros a recuarem na intenção de lhe abrir um inquérito... Segundo o JN apurou, houve consenso entre os conselheiros a respeito da inadequada conduta da procuradora, mas preferiram não intervir disciplinarmente.
Em que é que incongruências desta natureza podem resultar no futuro? Que não tardará muito para voltarmos a ver na televisão, esta ou outro(a) magistrado, a satisfazer a curiosidade pública com os detalhes mórbidos de um outro assassinato qualquer. O que está aqui em causa não é em si a gravidade do comportamento da magistrada, mas o [mau] exemplo que dá, não só à própria classe, que devia distanciar-se dos holofotes e de sensacionalismos, como à própria sociedade. O simples facto da procuradora ter sido autorizada pela Procuradoria Geral da República a dar a entrevista, revela a vulnerabilidade desta instituição - que é um órgão de soberania -, e que confirma o vazio de rigor e de autoridade em que se deixou a Democracia, como referi no início deste post.
Repito: a tolerância não pode confundir-se com laxismo, e a Lei é para ser levada à letra. Com rigor! A começar pelos representantes do Estado e a terminar no Povo. Assim, sim. Como está, é que não!
Repito: a tolerância não pode confundir-se com laxismo, e a Lei é para ser levada à letra. Com rigor! A começar pelos representantes do Estado e a terminar no Povo. Assim, sim. Como está, é que não!
Rui, cereja no cimo do bolo, António José Seguro na Benfica Tv a dizer que é benfiquista desde pequenino.
ResponderEliminarColoquei a foto no blog.
Abraço
Presumo que isso pode querer significar uma de duas coisas:
ResponderEliminar1 - que quando vier ao Porto Canal dirá que era portista quando ainda estava no ventre da mãe.
ou...
2 - que vai continuar a dizer que é benfiquista de pequenino quando vier ao Porto em campanha eleitoral, por princípios de honestidade, ou de profunda limitação intelectual.
Que grande burro!
O populismo, é uma espécie de impatia que os políticos procuram criar junto do povo para ganharem votos, mas que na verdade não passa de um grande conto do vigário para estes caírem como anjinhos.
ResponderEliminarEu também gostaria de uma democracia de respeito de deveres e com valores, hoje a nossa democracia é só de nome.
Quanto ao TONE SEGURO: Ele pensa que anda a fazer campanha para os seis milhões de vermelhos, mas está enganado nos números como é obvio. Alguém disse aqui, que ele é um grande burro, mas eu digo mais, ele é um burro grande, porque já tem idade para ter juízo.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.