24 outubro, 2016

Retrato de um tripeiro atento

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Nos tempos que correm, são tão poucos os portuenses predispostos para denunciar publicamente a avidez centralista que, não tarda muito, têm direito a tratamento de heróis, e no entanto custa tão pouco...

Hélder Pacheco é, a par de Germano Silva, das poucas figuras públicas sem responsabilidades políticas que melhor corporizam a génese do portuense puro. 

Como portuense puro, considero todos aqueles que, sem hostilizar Lisboa, dispensam as suas mordomias e influências, mas não a temem. Gostam do Porto, vivem no Porto, e muito provavelmente acabarão os seus últimos dias no Porto. 

Que pena, que tristeza é para o Porto haver tão poucos assim. Quando vejo o Porto Canal sinto que aquela juventude que por lá anda está muito longe de interiorizar a pureza genética destes dois tripeiros. Não me interpretem mal. Nada disto tem a ver com manifestações racistas, antes pelo contrário. Tem a ver com a assunção orgulhosa de uma forma muito própria de ser e de estar com a terra onde se nasceu, ou simplemente se viveu.

Muita saúde, grande Hélder!

1 comentário:

  1. Fazem muita falta pessoas assim. Que puxem não só pelo Porto mas por todo um Norte adormecido, aos pés de uma Lisboa que come tudo. Mas se formos esperar pela nova geração podemos esperar sentados.

    Ninguém é de lado nenhum. O problema nem sequer é só do Porto.

    O que é facto é que, com tantos tiros nos pés e com uma elite que não está interessada numa verdadeira mudança, não vamos para lado nenhum. Basta ver os tripeiros que se mudaram lá para baixo e esqueceram ao que foram.

    Temos de ir acreditando que há poucos como nós, mas bons, e que todos possamos levar "a coisa" ao sítio.

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