08 outubro, 2010

Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... bom fim de semana!

O Trio de Ataque com Rui Moreira e António Pedro Vasconcelos acabou

Vivemos um tempo de má educação e de falta de respeito, exponenciados por políticos e comentadores. Por políticos na Casa da República. Por políticos e comentadores nos canais televisivos. Na ausência de argumentos com substância e solidez, provoca-se, insulta-se, rebaixa-se o adversário.

Há gente que aprecia a mesquinhez e se identifica com o baixo nível. Mas, na realidade, o povo não gosta disto. O povo que não é representado pelos fazedores de opinião que imaginam ser “os maiores da Cantareira” e reduzem quem não pensa como eles a uma data de imbecis, que não se sabe muito bem o que andam a fazer neste mundo. Segundo estes fabulosos pensadores, apenas há lugar para as suas opiniões, os seus pontos de vista – tudo o resto está (deixem-me usar o advérbio de modo como redundância) absolutamente errado! (até se justifica o ponto de exclamação).

Um dia destes, li uma afirmação sensata de José Alberto Carvalho. Disse o Director de Informação da RTP: “Recuso-me à tentação de sufragar tudo em nome da audiência”.

No Porto, há (pelo menos) um jornalista que segue a orientação do seu chefe: Hugo Gilberto. O responsável pela condução do debate no programa Trio de Ataque assume-se como respeitador de regras e leis, ao observar que a divulgação de escutas é proibida. Quem não o respeita continua no programa. Quem o respeita, sai, pianinho, sem fazer barulho. De tal modo que só se dá pela redução do trio a duo quando o realizador, com um grande plano, mostra uma cadeira vazia. O escritor francês Albert Camus (1913-1960), que adorava futebol e o praticou, foi capaz de explicar que “a integridade não tem necessidade de regras”. Uma escritora americana, Eudora Welty (1909-2001), argumentou que “a integridade não pode ser nem perdida nem disfarçada nem forjada nem sufocada nem criada artificialmente nem abandonada nem, creio eu, em última análise, negada”.

Se bem o conheço, Rui Moreira nunca mais se sentará ao lado de António Pedro Vasconcelos. O Trio de Ataque, tal como existiu durante anos, acabou.

Se bem o conheço, José Alberto Lemos (director da RTPN) considerará que a saída de Rui Moreira não passa de um dano colateral na luta pela audiência.

Se bem o conheço, José Alberto Carvalho não costuma mudar de opinião em oito dias e tenderá a pensar como um outro escritor, Oliver Goldsmith, este de origem irlandesa (1730-1774: “A honra afunda-se onde o comércio predomina”.

A televisão pública tem de seguir regras estabelecidas e as leis do país. Se o não fizer, deve viver com as receitas daqueles que suportarem as suas audiências – e não (na maior parte do seu orçamento) com o dinheiro dos contribuintes: do Orçamento Geral do Estado.

Se o Trio de Ataque não voltar a ser um programa de comentadores educados, civilizados, que valorizam os das suas cores mas são capazes de respeitar o que os adversários fazem bem, o melhor é pôr-lhe fim. Até como exemplo para outros – da política.



Autor : Alfredo Barbosa -
Consultor de Comunicação e Doutorando da UFP

[Fonte: Grande Porto]

Rui Moreira deixa Trio d'Ataque em conflito com António-Pedro Vasconcellos

Rui Moreira já não estará no próximo programa Trio d'Ataque que a RTPN transmite todas as terças-feiras. Depois de ter abandonado o último programa em protesto com a passagem de gravações de conversas de Pinto da Costa acerca de árbitros, o representante dos adeptos do FC Porto no programa já decidiu que não volta ao programa.

O GRANDE PORTO sabe que o conhecido comentador trocou uma série de emails com a direcção do canal e já decidiu que não voltará ao programa ou qualquer outro em que esteja o cineasta e benfiquista António Pedro Vasconcelos.

Rui Moreira abandonou, em directo, na noite de segunda-feira, os estúdios de TV a meio da emissão. O abandono do programa de Rui Moreira foi um protesto pelo facto de António Pedro Vasconcelos, comentador adepto do Benfica, ter trazido à discussão alegadas novas escutas do processo Apito Dourado (ver comentário de Alfredo Barbosa na página 38).

Rui Moreira referiu que a divulgação das escutas do Apito Dourado é "ilegal" e a "tortura dos tempos modernos", recusando-se a participar em "autênticos autos-de-fé".

[Fonte: Grande Porto]


Nota do RoP
A partir de agora, não sei como se sentirão os outros participantes adeptos do Futebol Clube do Porto em programas com o mesmo cariz persecutório, após esta profiláctica bofetada de Rui Moreira , se não lhe seguirem o exemplo...

Aprenda como um badameco faz chantagem sobre o Governo

Benfica reagirá com dureza se autocarro for apedrejado no Porto

2010-10-08
Luís Antunes

A segurança da comitiva do Benfica na próxima deslocação ao Estádio do Dragão é um dos assuntos que preocupa Luís Filipe Vieira. O dirigente não aceita qualquer ingerência no plano de viagem e ameaça reagir fortemente caso o autocarro volte a ser atingido.

“Vamos ao Dragão e sairemos à hora que entendermos pois estamos num país livre. E alguém terá de fazer segurança. A partir daí, o problema passa a não ser nosso mas de quem tem essa responsabilidade. Peço a Deus que ninguém apedreje o autocarro, pois podem ter uma surpresa bastante grande”, referiu o presidente do Benfica em declarações à Antena 1.

Na entrevista à rádio nacional, o dirigente máximo do Benfica revelou o apoio à eventual candidatura de Fernando Seara à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Luís Filipe Veira reiterou e anunciou que enviará uma carta a todos associados com os motivos da sugestão de só comparecerem nos jogos no Estádio da Luz.

“Só quando sofrerem o peso económico da nossa decisão é que sentirão a necessidade de se unir e reclamar o que queremos, a verdade a transparência no futebol”, acentuou.

David Luiz e Maxi Pereira serão dois elementos que devem ver o contrato revisto até ao final do ano. A actual crise económica e os princípios de austeridade também abrangeram a actividade e o clube. “Não vamos esconder que se calhar não vai ser possível manter um ou outro jogador”, referiu o principal responsável da SAD.

(Fonte: JN)

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Nota do RoP

Bem, sobre o espectáculo miserável proporcionado pelo presidente do Benfica não há muito mais para dizer, a não ser que só é possível num país sem rei nem roque, completamente votado ao abandono.

Este miserável, bronco, irresponsável e mal falante, permite-se nas barbas de toda a gente exercer chantagem sobre o Governo, com veladas ameaças caso este não lhe faça a vontade. Senão, leiam:

“Vamos ao Dragão e sairemos à hora que entendermos pois estamos num país livre. E alguém terá de fazer segurança. A partir daí, o problema passa a não ser nosso mas de quem tem essa responsabilidade. Peço a Deus que ninguém apedreje o autocarro, pois podem ter uma surpresa bastante grande”, referiu o presidente do Benfica em declarações à Antena 1.


Soltaram-lhe a rédea, e agora ninguém o segura. Por este andar, ainda temos o gajo a "governar" o país, porque, como é possível constatar, ninguém é capaz de o meter na ordem.  

Se o que este homenzinho está a fazer não é chantagem, então eu já  não sei o que é  a chantagem. Mas a culpa não é dele, os loucos são como sabem inimputáveis. A culpa e a responsbilidade, é apenas desta espécie execrável de governantes que é incapaz de se fazer respeitar!

Pelas declarações gravíssimas que produziu e que eu fiz questão de sublinhar, a intenção deste cobardola é claramente intimidar os adeptos portistas. A ameaça velada na frase "podem ter uma surpresa bastante grande", pode ser naturalmente interpretada como uma provocação, como um aviso às  forças policiais do tipo "se vocês não agirem , agimos nós". 

Senhor Ministro da Administração Interna, bluf ou não, se quer salvar a pele de ficar na História com a fama de um ministro-homicida, terá de garantir aos portuenses que no autocarro do Benfica não viajam armas, nem gangsters, caso contrário, a surpresa poderá ser outra.

07 outubro, 2010

EU CENSURO O CENTRALISMO!


Não fazem falta nenhuma, mas de vez em quando pousam na caixa de comentários algumas aves errantes na vã esperança de que a prosápia centralista possa surtir algum efeito persuasor nos meus ouvidos. É tempo perdido. O resultado não pode ser pior para esses voadores rapinantes... É que, ao contrário do que os seus sopros de falsa sensatez alvitram, a minha aversão ao centralismo agiganta-se e inspira-se com os seus comentários. Mas não lhes dou o prazer de os publicar. Isso não. Sou democrata, mas não sou estúpido.

Dessas aves de rapina, moralistas e hipócritas, os mais capacitados já desistiram de destilar veneno na forma de comentários porque perceberam que o Renovar o Porto não é a RTP, nem o Jornal de Notícias, pagos pelo Estado [por nós!], ou pelos serviçais privados do centralismo. Aqui, mando eu, e todos os que estão com a causa Regional. Aqui, sou eu quem brinca à Democracia, quem a veste ou desnuda. Só não a manipula, como os media tradicionais, porque não aprecia o estilo...

Só isto basta para justificar a minha serena despreocupação com as "regras" impostas pelos condutores oficiais de uma Democracia feita à medida dos seus interesses pecuniários. Aqui, no Renovar o Porto [até ver], ainda tenho voz própria, sou mais cidadão. Fora daqui, sou pouco mais do que um espectador... Aqui, sou mais igual, sou democrata e censor [quando devo], tal como os media serviçais do centralismo, só não tenho o(s) seu(s) Poder(es). Mas tenho o incomensurável Poder da Liberdade, de pensar pela minha própria cabeça, sem obedecer a regras censórias ditadas pelas tiragens de uma Controlinveste qualquer, ou pelas audiências de uma RTP sem sentido cívico. Prefiro-me a mim [não me interpretem mal].

Estas avezinhas de rapina não são propriamente burras, lá no fundo, nos resquícios das suas levianas consciências, percebem muito bem o que se pretende dizer. Sabem perfeitamente que o Norte está orfão de uma mediatização autónoma, que é obrigado a ouvir e calar o que a Lisboa centralista diz, e manda, tal como Salazar ditava, mas  com muito mais pudor...

Para os centralistas, a mordaça que nos foi colocada é uma mordaça "democrática", porque eles respondem por nós. Imaginá-los a aceitar o contraditório em igualdade de meios e circunstâncias, é pura demagogia e perda de tempo.

Eu sei o que digo, quando digo que não respeito estes órgãos de soberania, porque de soberanos só têm os tiques ditatoriais. A soberania é muito, mas muito mais do que o autoritarismo com vestes "democráticas".

Nota:
Na imagem  A Queima de Livros

06 outubro, 2010

O PODER MEDIÁTICO NÃO DEIXA EXTERMINAR O CENTRALISMO

Sir James Goldsmith (26/02/1933-18/07/1997) não se tornou célebre por ter dito que quanto maiores são as instalações da sede de uma empresa mais decadente está a empresa. Mas essa asserção ganhou força metafórica quando aplicada ao centralismo: a todo o género de centralismo.

Importa menos, aqui, que Goldsmith tenha sido um predador da bolsa e da finança, um financeiro frio e obstinado, que nunca virou a cara a um desafio e se confrontou directamente com os meios de comunicação e os jornalistas que o criticavam ferozmente e pretendiam abatê-lo.

O que interessa, agora, realmente, é a substância da metáfora com que iniciei esta crónica, pois ela traduz, literal e profundamente, o pensamento de um homem que cedo percebeu os riscos do gigantismo e da concentração: nuns escritórios; numa empresa; num partido; numa organização multipartidária; num Estado-nação.

Talvez se perceba melhor, assim, por que é que Goldsmith se evidenciou como eurocéptico, fundando, no Reino-Unido, o Partido pelo Referendo (Europeu) e representando a França como membro do Parlamento Europeu, eleito pela "Majorité pour l'autre Europe" ("Maioria pela outra Europa").

Este homem contraditório (nascido no seio de uma família judaica, conservadora e rica, financiador de inúmeras organizações não governamentais, que combateu activamente a fome no Mundo e afrontou vários tipos de corrupção), salientou-se como inimigo visceral de todo o tipo de centralismo.  Por isso, não gostava de sedes de empresas enormes. Nem apreciava hiper-organizações centralistas.  Por isso, contrariava a concentração de poderes e estimulava a partilha de responsabilidades no topo das organizações e das suas hierarquias.  Por isso, foi eurocéptico. Por isso, revoltou-se contra o domínio das nações mais poderosas e influentes na União Europeia. Goldsmith era anti-centralista.

SECOU O RESTO DO PAÍS
O Centralismo é (conforme especifica o Houiaiss) um sistema de organização que leva à centralização, à concentração num mesmo centro ou local, à intensa concentração de poder nas mãos de um centro único, especialmente de decisões e acções.

Portugal tornou-se um país com uma força centrípeta polarizada na sua cidade-capital. O centralismo potuguês é um estado de espírito que significa mais de tudo (tudo!) para quem o defende e protege.

Quem se confronta com o centralismo sente-se impotente e chora de raiva por saber que nunca (nunca!) tem argumentos e meios suficientes para o combater.

O centralismo actuou como um eucalipto (imenso!):  secou o resto do país.  Quem pode negoceia com o estrangeiro ou foge para o estrangeiro. Os grandes negócios estão marcados em Lisboa. Os empregos mais bem remunerados existem em Lisboa. Quem quiser desempenhar funções de topo em grandes empresas e instituições tem que ir para Lisboa (basta ver os anúncios do "Expresso").  Quem se evidencia no resto do país é atraído para a capital.  Pela política.  Pelo mundo financeiro. Pela actividade económica. Pelo poder dos mais influentes meios de comunicação, que, divertida ou insensivelmente, omitem ou ignoram o que acontece no Resto e não proporcionam a atenção justa ao que de melhor aí se faz.

Pesporrente, arrogante e intolerante, o centralismo gerou uma maioria silenciosa (uma esmagadora maioria), que um dia deste vai revoltar-se, explodir - só não se sabe as consequências.

VAMPORIZAÇÃO DEPOIS DA ENGORDA
O centralismo, primeiro, engordou o Estado e, agora, vampiriza-o.

Portugal tem dois problemas fundamentais: emagrecer o Estado e exterminar o centralismo. Mas estas acções simbióticas parecem condenadas ao fracasso: como extinguir centenas de milhar de empregos bem rumenerados? Como acabar com milhares de administradores de empresas públicas, privadas, público-privadas e de institutos públicos e fundações - e os seus vencimentos milionários e as suas mordomias sumptuárias?

Não é possível pensar em qualquer forma de regionalização - nem sequer de uma verdadeira descentralização administrativa - sem exterminar o centralismo. O poder mediático não deixa (alimenta-se dele): porque, na realidade, está ao serviço dos poderosos da finança, da economia e da política. Todos entrelaçados em interesses que não se sabe onde começam e terminam. Mas não servem, autenticamente, o desenvolvimento equilibrado do país.

Sir James Goldsmith não se sentiria bem neste Estado-Nação.

[Alfredo Barbosa, consultor de Comunicação e Doutorando da UFP]

Bravo Rui Moreira, que outros te sigam o exemplo!

O minuto 22:00 do pouco desportivo Trio de Ataque foi o mais digno a que até hoje pude assistir em programas desta natureza, onde em vez de se falar de futebol se passou a conspirar contra os adversários. O raro acto de nobreza coincidiu com o momento em que Rui Moreira decidiu levantar-se e abandonar o programa deixando a falar sózinho um homenzinho patético e vazio de carácter que representa um clube com o mesmo perfil. Bravo Rui Moreira, é assim mesmo! Já andava a ficar zangado consigo.

Como já não consigo sequer ouvir a voz daquele réptil benfiquista, só ligava para o canal quando não estava a falar. Apesar de saber que é habitual concederem-lhe mais tempo de antena a ele que aos outros participantes, achei estranho nunca mais ouvir o Rui Moreira falar sempre que voltava à RTPN. Depressa me dei conta que algo de estranho se tinha passado e fiquei mesmo com uma forte impressão de que Rui Moreira tinha abandonado os estúdios da RTP. Assim se confirmou a minha suspeita quando decorridos uns longos minutos deparei com a sua cadeira vazia. Foi a melhor notícia que àquela hora me podiam ter dado.

Oiro sobre azul seria saber que mais nenhum outro portista estaria disposto a ocupar o lugar deixado por Rui Moreira, a não ser que fizesse o mesmo que ele fez se a estatal RTP continuasse a colaborar no jogo sujo de conspiração do pseudo-cineasta e do seu ordinário clube.

A RTP diz que não é assim [pudera!], mas eu, como muitos milhões de portugueses, sabemos - porque temos disso bons testemunhos - que não respeita em rigor as mais elementares regras democráticas, que abusa do poder que tem, e é facciosa. O programa Trio de Ataque desde há muito que estava ao serviço do Benfica tendo como porta-voz de um dos seus directores [Carlos Daniel] o cineasta caquético. Se vivessemos no tal Estado de Direito de que muito se fala e pouco se pratica, este programa já teria acabado há muito com os seus responsáveis directos colocados no olho da rua. Como Portugal é a vergonha que é, os facínoras são quem mais ordena. Até um dia...

Só por essa razão me sinto perfeitamente à vontade por ter colocado aqui a bandeira nazi e ironizar conotando-a como novo símbolo do Benfica, porque entre a perseguição que os nazis moveram aos judeus e a que este clube tem vindo a fazer ao FCPorto e à própria cidade - com a conivência do Estado -  não há grandes diferenças... Só falta mesmo é encherem o Porto com Pandures e SS's...  E ...o Hitler.

É por estas e por outras, que desligo logo o aparelho de rádio ou mudo de canal, quando aparece a falar qualquer representante do Estado. Perdi-lhes completamente o respeito, e desejo fervorosamente que a História os coloque no sítio onde devem estar, que não é seguramente aquele onde estão neste momento.

PS
De destacar, a atitude de Rui Oliveira e Costa que se demarcou da campanha difamatória de um cineasta frustrado, que só é conhecido pela pior das razões:  difamador.

04 outubro, 2010

POBRES MAS …”RICOS”

De que nos serve ter uma RTP pública onde o governo injecta milhões de euros por ano, mais as taxas pagas pelos clientes da EDP, se com esses milhões pagariam o Abono de Família e muitos outros subsídios que cortaram àqueles que procuram “ajudar” o País a ter mais crianças e fazer subir a natalidade!

Porque paga, este País, 3.500 euros mensais aos assessores dos vereadores das Câmaras municipais e aos assessores dos gestores das empresas públicas, quando não “pode” comparticipar no pagamento dos medicamentos e exames de diagnóstico de todos aqueles que são mais pobres e que vêm ser posta em causa a sua saúde?

Porque não são penalizadas as pensões escandalosas que muitos pensionistas usufruem (2 e 3 reformas), e que alguns acumulam com chorudos salários, porque lhes foi proporcionado ocupar um lugar de destaque numa empresa pública qualquer?

Porque tem este “pequeno” país 250 deputados a ganhar altos vencimentos, acrescidos de mordomias, quando a Constituição da República Portuguesa prevê que o parlamento possa ter 180 deputados?

Porque se compram viaturas de luxo, topo de gama, para os mais diversos sectores da vida politica portuguesa, submarinos, carros blindados para mostrar aos senhores da NATO de que, afinal somos um País rico (mas não um rico país), mas a pobreza envergonhada e não só, aumenta de ano para ano?

Infelizmente haverá muitas mais questões desta índole para colocar e dizer aos governantes que existe muito onde cortar na despesa, sem afectar deliberadamente a vida de todos aqueles que têm cumprido os seus deveres como contribuintes e que procuram levar a vida sem os sobressaltos que ciclicamente os governos de Portugal lhes tem provocado!

Eu sei que já passou a época dos grandes ideais! Mas nunca aceitarei paraísos fiscais para aqueles que muito podem e os foragidos da lei, não pagarem os impostos que a maioria paga, e que recebem fortunas sem que todos saibamos como conseguiram, dentro deste país,tornarem-se milionários num relativo espaço de tempo!

Até porque o “Zé Povinho” já não aguenta mais esta situação!

Renato Oliveira
Porto

[Carta de Renato Oliveira enviada  ao Correio do Leitor do JN]