15 outubro, 2007
Esclarecedor
António Vitorino acaba de afirmar na RTP1 que concorda com a "visita" dos polícias a um sindicato na Covilhã e com o vigilância apertada que hoje a GNR fez a uma reunião sindical em Beja. Socorreu-se até com o exemplo das críticas feitas à GNR aquando do vandalismo ecologista no campo de milho transgénico no Algarve. Como se - e bem lhe lembrou Judite de Sousa - as situações fossem idênticas: numa, a do Algarve, existia um grupo de energúmenos que destruiam deliberadamente propriedade privada; noutra, a dos sindicatos, um conjunto de cidadãos exerciam legitimamente os seus direitos constitucionais. Apanhado em falso ainda tentou a seguinte pérola: a defesa da lei não se faz só com a intervenção mas também com a "prevenção". Estamos esclarecidos quanto à substância democrática destas personagens. Os últimos tempos, no que toca às "espessuras" democráticas de certas figuras (seria mais próprio dizer "figurinhas") têm sido surpreendentes.
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A arrogância que o poder provoca, torna os políticos de tal forma autistas que entram com frequência numa espiral de parvalheira tão grande, que até dá vontade de os esbofetear. É quase um pecado elogiá-los, mesmo quando o merecem (o que é raro).
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