O País está doente. O Estado está pelintra. A desgovernação é um paradigma de irresponsabilidade. Mas (des)governo com peneiras de riqueza…
Grande percentagem de portugueses (20% - dois milhões) está sobrevivendo na condição degradante de pobreza. Milhares de pessoas passam fome. Estando a sofrer dolorosamente. Abandonadas! Ofendidas na sua dignidade!
A classe média claudica e vai perecendo. Os pensionistas passaram a pagar impostos sobre as pensões de miséria; provavelmente, no pressuposto de que a eles cabem os sacrifícios e as responsabilidades de o (des)governo diminuir o défice do Orçamento.
Os cuidados de saúde estão pelas horas da morte. As prestações do Ensino e da Educação andam pelas ruas da amargura. Aos professores não se lhes reconhece a valia da sua actividade e a eles se endossam as deficiências do sistema escolar e os insucessos nos aproveitamentos dos alunos.
Prossegue, sem freio, uma política de exploração e de extermínio das pessoas mais carenciadas, sobretudo dos idosos e enfermos. Em contraposição, há sectores da sociedade que se contemplam na abundância, no luxo, no esbanjamento, no supérfluo e nos prazeres da ociosidade.
A isto corresponde o des(governo) com a indiferença, a ostentação, a sobranceria e a repressão. Cada vez mais empenhado na política de liquidação dos elementos que considera incómodos e improdutivos.
É à luz mortiça deste tenebroso quadro que temos de comentar a última decisão do des(governo), hoje anunciada, de enviar mais tropas para a Bósnia. Um Estado de tanga, um País atrasado (de rastos, face à Europa), uma Nação exangue; três valências de uma sociedade que se permitem o desplante de se darem ares de riqueza. Ainda, por cima, à custa do suor, do sofrimento e das lágrimas de milhões de portugueses. E, até, da morte de muitos cidadãos à míngua de cuidados básicos de saúde e de sustento.
Governo responsável, de um Estado de Direito, sem dinheiro, não pode nem deve meter-se em altas cavalarias militares no estrangeiro – para inglês ver… e para se criarem oportunidades de governantes, ufanos, deslumbrados com os seus umbigos e oportunistas, fazerem turismo à custa do Erário e se pavonearem na estranja.
Isto é de loucos! Aqui, pegando nas recentes palavras de Santana Lopes.
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