30 janeiro, 2009

Educação

A boa educação é contagiante, mas a má também. Quando alguém verdadeiramente bem educado, está no meio de um grupo de grosseirões ou de envernizados (falsos bem educados) a debater um assunto controverso, das duas, uma: ou perde o debate, porque nem sequer o deixam falar, ou retira-se delicadamente do lamaçal em que está, e deixa os outros entregues ao seu habitat natural.
Não fica bem falar de mim próprio, mas como não é exactamente para me auto-elogiar, não tem mal nenhum. Quero dizer, com isto, muito francamente, que não pertenço ao grupo dos bem educados atrás citados, tal qual, eu os vejo. Mas também, não pertenço ao clube daqueles envernizados que olham de alto o parceiro do lado só porque estão ao volante de um Mercedes topo de gama (provavelmente por pagar), nem tão pouco, à seita daqueles videirinhos que, quando estão atrás de nós numa fila, tentam passar à frente assim como quem não quer a coisa. Também não pertenço à clã dos filhinhos do papá que acham que não lhes fica mal estacionarem em 2ª e 3ª fila só porque vão levar os meninos ao colégio. Esses gestos de sublime educação, digo-vos, com toda a humildade que não sei ter, falta-me nível.
Estou a falar de educação - ou da falta dela -, pelo seguinte. A espaços, felizmente muito grandes, surgem na caixa de comentários do Renovar o Porto, uns meninos da capital, daqueles que muitas vezes aqui criticamos, que, "magoados" com as verdades que lêem, não resistem a dar-me conselhos sobre como e o que, devia ou não dizer. Como é típico dos centralistas envernizados, começam sempre as conversas polidos e mansos, mas lá mais para a frente foge-lhes a boca para a pocilga e terminam-nas com insultos.
Se eu fosse bem educado (segundo o meu conceito), levava a sério as suas opiniões e «conselhos» e procurava, com maior ou menor paciência, explicar-lhes a razão pela qual precisam urgentemente de ir ao otorrino e ao oftalmologista. Mas, como não sou, nem preciso de dizer em comentário o que a Nota Prévia da coluna aqui ao lado já diz, limito-me a responder-lhes ao insulto com outro, mas, mais directo, sem flores, à boa maneira do Porto.
Este post dirige-se por isso, particularmente, aos leitores e amigos do Renovar o Porto. Não para me desculpar, porque não há motivos para isso, mas para ficarem a saber a razão da minha falta de tolerância para com esta gentinha, com a qual não me identifico nem quero conversas. Entre eles e eu, está o o fosso do Centralismo a separar-nos. Se, estiver enganado (e gostava de estar), então que façam, de uma vez por todas, ouvir as suas vozes a solidarizarem-se com o Porto e o Norte interior, contra a discriminação de que está a ser alvo. Eles têm voz(es). Estão lá em Lisboa, os únicos 4 canais em sinal aberto. Estão lá sediados todos os jornais, e, os que não estão, estão todos ao serviço da causa centralista.
Nota:
Se a RTP, um dia, for à falência, por favor, não enviem para este espaço petições de solidariedade, porque da minha parte serão imediatamente rejeitadas. Caso a petição tenha como fim ajudar a levá-la à falência, podem mandar. Assino de cruz.

3 comentários:

  1. De acordo sobre os centralistas e sobre a RTP.
    Sobre a televisão pública, um dia e no que diz respeito à informação desportiva, vou dizer umas coisas interessantes.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. Sabe Vila Pouca, estes gajos estão tão habituados à mama de se governarem sugando o sangue dos «provincianos». Quando ouvem ou lêem, algo que os obriga a verem-se ao espelho tal como são, pensam que também aqui podem entrar à vontade e vender a sua petulancia, as suas «sábias» vigarices.

    Mas é uma chatice, porque, por aqui não entram. Ficam a falar sozinhos. Isto, não é a RTP nem a SIC...

    ResponderEliminar
  3. Dessa corja de centralistas, engraxadores e falsos amantes do Porto e do Norte ando eu cheio.Topo-os à légua...
    Vamos mas é lutar pela regionalização com afinco.
    RTP??? É não ver... Eu já o vou fazendo.

    ResponderEliminar

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...