26 maio, 2009
Café Sical
..."o tal do cheirinho especial", na Praça Filipa de Lencastre, é um exemplo de uma antiga casa de comércio que soube renovar-se sem perder o carisma e a qualidade. Outros, querem sobreviver com estabelecimentos a caírem de pôdres e com artigos ultrapassados. A falta de dinheiro nem sempre explica tudo.
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Meu caro Rui, este espaço tem algumas memórias interessantes para mim, até porque lá trabalharam pessoas amigas, ainda se vendia apenas Café a retalho, um pouco com acontecia com a Christina em Sá da Bandeira...depois, foi-se transformando em espaço de venda e toma rápida do Café e agora numa Cafetaria mais assumida...Tenho inclusive algumas dúvidas se a entrada é a mesma ou já foi mudada para a ala onde funcionava o armazém e fabrico, mais abaixo na esquina e reentrância com a Rua do Almada era a representação no Porto da TAP e logo ao lado uma agência de Viagens, depois acima apareceu uma casa de artigos eléctricos...A Porto Editora e o Hotel...
ResponderEliminarCaro Meireles,
ResponderEliminarLocais outrora cheios de vida, custam agora a retomar o mesmo ritmo. Não sei se está a referir-se à Sical,mas a entrada faz-se de facto, pela Pç. Filipa de Lencastre...
Estou a referir-me sim, à Sical, o que estou a tentar descrever é toda a área mais ou menos próxima da Sical de hoje. Creio que a entrada da Sical, era um pouco mais abaixo -duas, três portas- e o espaço actual estava fechado, funcionava como zona de fabrico, escritório ou armazém da própria Sical...E o espaço da época -anos 60/70- era um pouco mais pequeno, apenas vendia café moído ou em bruto, mais tarde é que começou a servir café/bebida ao próprio balcão...A Praça Filipa de Lencastre faz uma pequena reentrância abaixo à direita e depois encosta à Rua do Almada, era aí que se situava a agência da TAP, onde eram requeridas as marcações para os voos, colada estava uma Agência de Viagens!...Trabalhei aí muito perto, na Rua de Ceuta -num gabinete, entrada ao lado do Café Ceuta- e também por cima da Garagem do Comércio do Porto, na fachada envidraçada virada à Praça!...E trabalhei ainda na Rua de Sta Helena. Depois desci à Avenida e à Praça da Liberdade...O Café Guarani tinha uma entrada alternativa com escadaria, pela Rua do Comércio do Porto!...Passávamos na Rua em declive e olhávamos para quem bebia o seu café uns 2 ou 3 metros abaixo, o cheiro a café e torradas era intenso e em frente sentia-se a azáfama nas oficinas do Jornal Comércio do Porto! Era um Porto diferente, humanamente mais quente e harmonioso.
ResponderEliminarRua Comércio do Porto, queria dizer Rua Elísio de Melo.
ResponderEliminarExcelente memória Meireles!
ResponderEliminarDa Sical, recordo-me bem da venda de café a retalho, só não tenho ideia da tal entrada de que fala.
Lembro a TAP, na esquina, e mais acima a tal agência de viagens que ainda lá está hoje (a VISA NORTUR).
Ó Meireles, qualquer dia vamos fazer uma visita guiada ao Porto...Sendo eu um portuense de gema -Massarelos- e conhecendo muito bem a cidade, pelos nomes não vou lá...
ResponderEliminarAssim, começamos em Sá da Bandeira, depois passeamos pela cidade e tu vais dizendo o nome das ruas e as diferenças entre o Porto da nossa juventude e de agora...finalizamos com um lanche, num local à tua escolha.
Abraços
OK Vila Pouca e Rui Valente, para já a minha memória ainda não atraiçoa, vivi intensamente esses anos da minha vida e lembro que quando estava em Lisboa no serviço militar, as saudades faziam-me percorrer estes lugares como se estivesse a assistir a um qualquer filme...No momento era doloroso, tinha a consciência da incapacidade de reproduzir a realidade com fidedignidade, mas era a única forma racional que eu encontrava para suprir essa ausência.
ResponderEliminarCaro Meireles!
ResponderEliminarFaltou-lhe falar em jogar uma bilharada no Porto Bilharista, por cima do Café Guarani!
Abraço
Eu frequentava de vez em quando, com amigos, a cave do Guarani a única -afirmavam- que possuía mais do que um bilhar do verdadeiro "três tabelas"...Viciei-me em bilhar, até me cansar completamente e só me apetecer fazer asneiras...Depois saltava de Café em Café, dependia do rumo que levávamos, do tempo disponível e da disposição do momento...Embaixador, Imperial, Paladium, qualquer sítio era excelente para uma boa partida de bilhar...Acompanhada por uma(?) Imperial e um punhado(?) de tremoços, amendoins ou cachorros especiais...
ResponderEliminarSe calhar só eu me lembro dos placards com as últimas notícias que o Comércio afixava numa parede exterior e onde tantas vezes aguardei para saber quem tinha ganho a etapa do dia da Volta a Portugal! Abraços.
ResponderEliminarO primeiro placard luminoso de notícias -creio que- existiu no edifício das Cardosas, ao fundo da Praça da Liberdade...Recordo-me do meu avô me levar a assistir à novidade e estar muita gente -era fim de dia- sentada nos jardins...Grande avô, levava-me a ver tudo o que podia!...
ResponderEliminarCaro Rui Farinas!
ResponderEliminarTambém me lembro dessas esperas, junto do Jornal "O Comércio do Porto", até porque ia lá muitas vezes ter com o meu pai, que trabalhou no Jornal durante 40 e tal anos! Bons e belos tempos, onde a informação(especialmente da volta a portugal) "on line" eram os placards do Comércio e em frente os do Jornal de Noticias!
Abraço