com o devido respeito pelas raras excepções, venho por este meio - na qualidade de portuense nado e criado nesta Cidade Surpreendente e mal tratada -, solicitar o favor de revelarem um pouco mais de consideração pela inteligência e senso comum de quem vos elege.
Se querem saber onde pretendo chegar, eu explico. V. Exas., como qualquer cidadão que preza os bons hábitos de higiene e probidade, têm por princípio cuidar de si e da casa onde habitam todos os dias mal acordam e o sol se levanta. A ida diária à casa de banho é uma obrigação, bem como a limpeza e arrumo das nosssas casas.
Seguro de que V. Exas. não deixarão de cumprir escrupulosamente a primeira dessas rotinas, fica-nos contudo a dúvida quanto ao arrumo das vossas habitações. A avaliar pela frequência com que cuidam das cidades, seja na sua limpeza como na manutenção das respectivas infra-estruturas [pavimentação de ruas, estradas, plantio de jardins, etc.], somos levados a imaginar que só tratam das vossas casas quando recebem visitas. Ora, se é exactamente isso que costumam fazer com as cidades, onde este tipo de tarefas obrigatórias só é visível por altura da aproximação de eleições, é mais do que razoável concluir que o ambiente dos vossos lares não seja propriamente exemplo a seguir.
Nós sabemos, que a política vive mais de aparências do que do empenho missionário dos seus protagonistas, mas já que alguns a confundem com o teatro, o mínimo que gostaríamos de pedir é que se esforçassem um pouco mais por representar melhor...
Os portuenses agradecem.
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