20 setembro, 2009

Olha para o que eu digo...

Confesso não ter lá muito talento para fazer comentários de caixa. Os comentários, de preferência, querem-se breves e precisos, coisa que poucos sabem fazer e eu pertenço a esse grupo de "desajeitados". É por essa razão que quando a confusão se estabelece sobre um qualquer assunto, prefiro postar calmamente procurando não descurar todos os pontos de vista mesmo aqueles com os quais possa não estar de acordo.
Ora o assunto de momento, chama-se jornalistas e, a contundência com que os tenho criticado tem despoletado reacções nalguns dos leitores do Renovar o Porto. Uns concordam, outros não. É normal. O que não é normal é que alguns se esqueçam das proporções que alguns casos tomam e de outros que, sendo da mesma importância, são praticamente silenciados.
Não fui eu, nem a maioria dos leitores deste espaço de opinião, quem se lembrou de repente de querer convencer os portugueses que o "Mundo" era um lugar perfeito, cheio de gente afável e séria. Não fui eu quem insinuou ou pretendeu fazer acreditar que há um único canto da terra, onde não entram as cunhas, as influências, os favores, e em última análise a corrupção. Foram os senhores que inventaram o Apito Dourado, cuja guarda avançada contou com a colaboração preciosa dos senhores jornalistas.
Durante todo esse processo [que ainda não deram por terminado, apesar das decisões reprovatórias dos Tribunais Superiores], esperei que do meio desses trafulhas despontasse um forte movimento de jornalistas a rejeitar com veemência o que se estava a fazer ao Futebol Clube do Porto e respectivo Presidente. Enganei-me. Li, é verdade, artigos de opinião de alguns jornalistas bem identificados [ que não esqueço] de repúdio à conspiração instalada, mas como foram tão poucos e não tinham grande visibilidade pública, quase ninguém deu por isso. Na televisão, os opositores à saga anti-porto, praticamente não se viram. E o teatro ainda continua...
Como não fui eu quem inventou o Paraíso em Portugal, nem afirmou - como o Dr. Rui Rio -, que apoiar um clube da cidade de cuja Câmara é presidente era uma accção promíscua, não sei porque raio, depois de tão longa campanha moralista, havia eu agora de achar "normal" que os senhores "jornalistas" Carlos Daniel e Hélder Conduto [que também deram para esse peditório] combinem jantares com treinadores do clube que mais responsabilidades teve [e continua a ter] nesse acto ignóbil e cobarde de conspiração, como foi o Benfica.
É só por isso, pela bazófia do discurso da "seriedade" que acho intolerável que não haja uma única autoridade a insurgir-se contra estes hábitos [que outrora condenaram] de alguns gajos, quando eles eram praticados por pessoas ligadas ao FCPorto. De resto, é a vida. Não há clube, empresa ou pessoa que, num país onde o rigor nunca casou com os hábitos do povo e dos governantes, não tenha alguma vez sido forçado a conviver com alguém de quem teoricamente seria pouco recomendável fazê-lo, incluindo com árbitros...
O país e o Mundo estão cheios desses "bons costumes", mas em Portugal só se lembraram do Futebol Clube do Porto para moralizar e tentar condenar. Por quê? Porque havemos nós de aceitar esta arbitrariedade tão desavergonhada, se agora os acusadores fazem o mesmo? Alguém á capaz de mo explicar? Não, eu não me esqueço dos pulhas. E os que aqui nomeei, são-no!

12 comentários:

  1. Durante estes 27 anos de presidência, Pinto da Costa, cometeu erros, tomou decisões que não foram as melhores, mas, e isso é que é fundamental, o balanço dos quase 30 anos na liderança do F.C.Porto, é extraordinário e só por ressabiamento ou má fé isso não é reconhecido.
    Há jornalistas que almoçam ou almoçaram, com o treinador, os jogadores, os dirigentes do F.C.Porto e até houveram princípios de época em que os jornalistas eram convidados na apresentação dos novos jogadores ou treinadores para uma viagem de barco no Douro. Mas e ao contrário destes cavalheiros - Conduto e Daniel - eu nunca vi na C.Social grandes campanhas em defesa do F.C.Porto e contra o Benfica e o Sporting, mesmo no jornal dito portista: o Jogo. O problema é que estes dois senhores são o exemplo acabado do facciosismo e sectarismo pró-Benfica e contra o F.C.Porto.
    Nem preciso de dar exemplos, pois eles são sobejamente conhecidos.

    Um abraço

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  2. Rui Valente,


    nunca questionei o fundo da questão subjacente a este post. Partilho da sua opinião, mas o caso em apreço não revela nada além de uma confraternização normal enttre jorrnalistas e um treinador.

    Querer fazer disso um cavalo de batalha parece-me exagerado e não vou por aí. Não deixo de criticar o que dizem por aquilo só que fazem.

    Mas lembre-se que no Porto os jornalistas confraternizam com dirigentes, jogadores e treinadores e tem no director de Comunicação do FC Porto um ex-RTP que não se coibiu de propagandear todas as manchetes do Apito Dourado que vinham nos jornais.

    Se não viu, pergunte que alguém deve saber.

    Estas coisas são um boomerang.

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  3. O Vila Pouca tem razão:
    O problema não está no almoço,
    com quém, e a onde.
    Mas todos nós sabemos que estes dois Lampionistas, e principalmente
    o de Paredes: o ódio que teem pelo
    FCPorto.Os lugares que ocupam
    na comunicação social que é paga
    por todos nós "RTPN".
    Foram "provavelmente" fazer um
    rabalho sujo!... bem comido e bem regado.
    É que se este repasto, se passa-se
    com alguém ligado ao FCPorto;os
    Pasquins da capital: tinham nas
    primeiras páginas do dia seguinte
    grandes parangonas de bradar-aos-céus: do bota-abaixo e mal-dizer.
    É esta a diferença.

    O PORTO È GRANDE VIVA O PORTO.

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  4. Zé Luís, você diz: "não revela mais do que uma confraternização "normal" entre jornalistas e treinadores??? E se fosse um árbitro, já não era normal?

    Lembre-se, meu caro, que os jornalistas hoje têm tanta ou mais influência que os árbitros com a diferença de que estes últimos não são tão moralistas...

    Normal? Depois do voyerismo à paparazzi que fizeram com o FCPorto? A partir desse momento ninguém do FCPorto devia considerar "normais" este tipo de convívios, não acha? Eu acho.

    Se o FCPorto tem como porta voz um ex-jornalista da RTP que fez a mesma figura no passado que os citados acho muito mal, acho péssimo que trabalhe para o FCP, que seja o seu porta-voz! Se assim é, ninguém está inocente, nem os próprios adeptos.

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  5. Ó Rui, você não sabia, então... Pois é, o Rui Cerqueira...

    O que os jornalistas fazem ou deixam de fazer no seu trabalho é julgado pelo público leitor/ouvinte/telespectador.
    Por isso, justamentte, a Imprensa tem em geral má imagem junto do público. E justtamente porque é tudo um jogo de interesses e não só no Desporto, veja-se a Política. A Imprensa não tem, em geral, credibilidade, mas os jornalistas, obviamente, convvivem com as ffontes, sejam ou não identificadas nas suas peças.

    E acha que se associa o seu trabalho com quem comem? Aqueles dois malandrecos precisam de comer com o Jesus para não esconderem o seu benfiquismo.

    E afinal acredita ou não que jornalistas do Porto comeram ou comem e convivem com jogadores, dirigentes e treinadores do Porto? Serão mais ou menos credíveis por isso? Não, só o seu trabalho os "julgará".

    Insisto que não questiono o mau trabalho desses dois vermes, que acho insuportáveis também, mas se calhar também há uma forma de manter relações de confiança e convivência que o FC Porto não cultiva.

    Ou não conhece casos de jornalistas portistas maltratados nas Antas? É só para isso que eu alerto, mas já vi que é difícil entender...

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  6. Zé Luís,

    Às vezes a falta de entendimento é mais aparente que real... A mim, já nada me surpreende, mas lá voltámos ao mesmo.
    Haverá algum lugar no Mundo, frequentado por milhares de pessoas, como acontece nos campos de futebol, onde nunca ninguém tenha sido maltratado? Não são apenas os jornalistas! Eu próprio há alguns anos insurgi-me contra um segurança à entrada do velhinho estádio das Antas! Por que raio é que os senhores jornalistas, [muitos dos quais são verdadeiros provocadores]teriam de ser excepção? No FCPorto, ou em qualquer outro estádio ou lugar?

    Nas empresas, há conflitos diários entre colegas e patrões. Nos concertos de rock, há bebedeiras e agressões. Onde mais?

    É espantoso que nos deixemos cair na esparrela montada pelos media de Lisboa que exige do Porto exemplos de cidadania que mais nenhum sítio dá, como se o Porto tivesse de ser uma espécie de sacristão da paróquia nacional das boas maneiras.

    Eu falei objectivamente nestes dois casos apenas pela caça que deram ao nosso clube e Presidente em nome da transparência, percebe?

    Enoja-me isto, é pura hipocrisia!
    Se querem falar dos outros, então que se portem à altura, que pautem por estar acima de qualquer suspeita. Foi por isso que titulei o post com "Olha para o que eu digo".
    ,se no FCPorto, abrem as portas a homenzinhos deste quilate, repito, acho mal, não concordo com isso! Ponto.
    Um abraço

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  7. O FCP, tem tanta razão de queixa da cs ao longo da sua existencia ( particularmente nos ultimos 20 anos) , que qualquer infelicidade que possa existir ou ter existido, até se perdoa

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  8. Naturalmente, custa muito aos clubes de Lisboa, principalmente ao vermelho da segunda circular, ver os triunfos nacionais e internacionais e o mérito de um clube de uma cidade e região tratadas com sobranceria e discriminadas, pois mostra que, apesar de comprarem, roubarem ou pedirem emprestados por esmola centenas de jogadores nos últimos doze anos, mais ou menos, do apoio descarado da imprensa escrita desportiva e da outra e das televisões que os põem nos píncaros, esse clube o que é que ganhou? Um campeonato e a taça da cerveja no Algarve, oferecida pelo árbitro.
    Se há clube que não tem moral para falar de irregularidades, corrupção e outras referências é esse clube que pressiona antes dos jogos e entra em concluios com árbitros, jornalistas e televisões, menosprezando o que o favorece e aos seus jogadores (penalties marcados ou habilidosamente perdoados, agressões a jogadores adversários que ficam meses lesionados com fracturas e outras sequelas, um célebre golo metido com a mão (Vata), ...)
    Quando algo de grave se passa nesse clube ou seus dirigentes, rapidamente é esquecido ou menosprezado, enquanto se repete até à exaustão o que se passa no Porto ou com Pinto da Costa, seja verdade ou não.
    Quando é que os responsáveis da justiça portuguesa têm vergonha e mandam investigar, até às últimas consequências, as atitudes de Luís Filipe Vieira, José Veiga e outros "destacados" benfiquistas? Já não basta a vergonha do que se tem passado com Vale e Azevedo, primeiro em prisão domiciliária, depois condenado com cúmulos jurídicos incompreensíveis e, agora, há uns tempos a passear em Londres.Se o governo português e as autoridades judiciais tivessem vergonha, esse indivíduo estava preso cá em Portugal, nem que o mandassem buscar contra a sua vontade. Outros casos, como o de Veiga, com tantas demoras, acabam por prescrever sem passar com tanto alarido na comunicação social conotada com esse clube.
    Em conclusão: custa muito deixar de ser o melhor clube português a nível nacional e internacional.É a vida, pois agora o melhor clube português chama-se Futebol Clube do Porto e é esse o fundamento de tanta inveja, ódio e campanhas contra o mesmo e o seu presidente.
    Só é pena que muitos "colonizados" no norte continuem a ser desse clube estrangeiro, sem serem capazes de analisar os acontecimentos como eles são, na realidade.
    Cumprimentos

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  9. Ó Rui, não sabe a missa a metade.

    Quando digo maltratar não é agredir, bater, mas sim tratar mal, destratar, pressionar.

    Não me ffale da gajada de Lx., que são uns bardamerdas como os dois citados. Não, o FC Porto "perseguiu" jornalistas reconhecidamente portistas, porque são mais independentes do que qualquer filho da puta lisbonense. Olhe, não há muito tempo o Zé Corrreia evocava o Manuel Queiroz no Reflexão Portista. Infelizmente, o presidente do FC Porto "perseguiu" e "difamou" jornalistas portistas.

    De resto, nesta matéria, o FC Porto não é diferentte dos rivais de Lisboa que podem falarr ddirectamente aos directores dos paasquins. A diferença, garantto-lhe, são a estirpe, a espinha direita e a independência dos jorrnalistas portistas, que não se deixam subjugar nem por causa do seu clube. Estão prontos para deffender a imagem e bom nome do FC Porto, mas não tapam os olhos a tudo.

    Como este meio é pequeno, com poucos jornais e nenhuma tv, com um só clube grande na ccidade, custa-lhe addmittir a pressão que era exercida sobre as redacções no Porto? Ao invés, em Lisboa, as atenções são dispensadas a dois, para equilibrar, por isso vê o regime defendido na capital por esses pasquins. Mesmo assim, em Lisboa como no Porto, presidentes clamam até por despedirem jornalistas e algguns casos foram bem sucedidos, outros malogrados.

    Não tenha dúvida que há tanto medo e asfixia democrrática nas redacções desportivas como nas políticas. E os "maiorais" vendem-se por tuta e meia. Alguns até são capacho dos presidentes. Como os jornalistas sabem, enccolhem-se. Os mais afoitos e rijos sujeitam-se.

    É a vida.

    E olhe que não volto a tocar o asssunto. Se quiser perceberr de vez, aproveite.

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  10. Outra coisa,

    você repara que rádios, tv's, jornais estão dominados por benfientos. Pois estão. Sei-o perfeitamente. E como têm de defender o regime, são do carácter mais rasteiro que há. Sabujos, abjectos. Os dois que citou, repito, não levanto a mão por eles, o meu ponto não é esse.

    Agora, pergunte-se Rui Valente porque não há mais portistas nos meios de CS? Não será por alguns que lá estavam terem sido "maltratados" e desacreditados pelo FC Porto?

    Pergunte-se, ainda, olhando para as tv's nacionais de onde são os Alberto Carvalho, os Julio Magalhães, os Carlos Daniel, as Judite de Sousa e tantos homens do Porto que estão em posição de destaque em Lisboa? Pergunte-se porque não equilibram a informação, porque não se socorrem de mais opinião e comentário de jornalistas portuenses ou nortenhos? São quê, 1% do total aqueles chamados do Porto aos programas desportivos?

    Há muitas questões importantes que foram simplesmente sugadas pelo centralismo lisbonense.

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  11. Judite Sousa ?????!!!!!

    Carlos Daniel ?????!!!!!!

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  12. LPM pede rescisão ao F. C. Porto
    2007-08-26
    Almiro Ferreira

    A agência de comunicação LPM solicitou ao F. C. Porto a rescisão amigável de contrato para a prestação de serviços de assessoria mediática. Em carta enviada à SAD portista, a empresa de Luís Paixão Martins alega que, por via da ligação ao clube do Dragão, tem "sofrido, nas últimas semanas, uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas". Contactado pelo JN, o F. C. Porto não se pronunciou sobre a questão.

    "Não é este o momento adequado para tornarmos público o conteúdo e a forma dessas pressões, mas queremos deixar claro que nunca, nos 20 anos de actividade da LPM, algo de semelhante tinha ocorrido", lê-se na carta enviada ao F.C. Porto.

    A agência de comunicação observa que "existe uma anormal coligação de interesses para impedir a expressão pública" do F. C. Porto, "mesmo quando se trata de situações que poderíamos descrever como de legítima defesa". E diz temer que a continuação do contrato com os dragões "possa colocar em risco" a normal actividade da empresa e os postos de trabalho de 70 funcionários.

    "[…] Porque ocorreram episódios mediáticos (a maior parte sem qualquer intervenção nem do F. C. Porto nem da LPM) que mostram quão frágil é o guião contruído por esses interesses, foram sendo utilizados sobre a nossa empresa meios, públicos e privados, que revelam sobremaneira o desespero dessas entidades e a falta de consideração pelos princípios éticos que deviam respeitar", acrescenta a empresa, denunciando "uma lamentável falta de seriedade de entidades que deveriam dar o exemplo ao país".

    No mesmo blogue profissional (http//bloglpm.lpmcom.pt) onde revela a carta enderaçada à SAD do F. C. Porto, Luís Paixão Martins também denuncia "distracções judiciárias".

    "[...] Como é do domínio público, o Benfica recorre aos serviços de uma agência de comunicação há mais de dois anos e só agora o F. C. Porto decidiu proceder do mesmo modo. E só agora é que o porta-voz da PJ parece preocupado com o assunto", escreve Luís Paixão Martins.

    O patrão da LPM observa que a "discussão acalorada" em torno do Apito Dourado "está a deixar marcas no processo". "A PJ - concluiu Luís Paixão Martins - esforça-se por me posicionar como uma espécie de Maria José Morgado ao contrário. A procuradora consegue fazer do nada um processo terrível. Eu conseguiria (na visão da PJ) tornar em nada um processo terrível. Haja paciência".
    Do JN

    è só para lembrar qual é o "ambiente" ...

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...