30 setembro, 2009

Promiscuidades

Creio piamente no rigor dos escrúpulos de alguns políticos quanto a companhias que podem degenerar em promiscuidade. Um deles, chama-se Rui Rio, que por acaso, sim, por fortuito acaso, chegou a Presidente da Câmara do Porto, e o outro, que até é seu amigo e saltimbanco da política, chama-se Pacheco Pereira, que por acaso, mero acaso também, nasceu no Porto.
Fartámo-nos de os ouvir a ambos "malhar" nos anteriores presidentes da Câmara por darem cobertura às comemorações das vitórias desportivas do melhor clube da cidade e do país em programas que nem sequer eram de vocação desportiva.
Não pestanejam um segundo em usar o serrote da inveja quando se trata de maldizer um clube da sua terra. Na relação inversa, não tugem nem mugem, por verem o Presidente do Benfica, homem sobre o qual recaem graves e omitidas suspeitas de traficâncias, ao lado de José Sócrates em plena campanha eleitoral... O terramoto de hipocrisia que não se provocaria se Pinto da Costa fosse o ilustre acompanhante!
E estou a falar de uma situação ocorrida durante uma reunião política de um partido a que nem sequer pertencem [o PS], o que significa que se fosse com o PSD, seriam até muito capazes de se sentarem ao lado de tão magna companhia...
Não há dúvida. Estas pessoas, estão muito atentas a promiscuidades, o que lhes aumenta os já grandes créditos de isenção de que gozam... Não lhes escapa nada, são mesmo escrupulosos! Eu não duvido, nunca duvidei!

5 comentários:

  1. Vieira ao lado de Socrates e de Antonio Costa.

    A promiscuidade tem sido mais uma "TANGA CENTRALISTA" para tramar o FCP.

    Só tem aplicação aqui no Porto.

    E há pessol do Porto e do FCP que caiem que nem "patinhos"...

    E os comentadores portistas nada dizem...

    Enfim é o "centralismo/colonialista" .

    ResponderEliminar
  2. O centenário de um craque imortalizado
    Artur de Sousa "Pinga" completaria hoje o centésimo aniversário e o F. C. Porto assinala a efeméride recordando aquele que muitos evocam como "o melhor jogador" da história do futebol português, perdido nos efémeros tempos da Rádio
    00h12m
    ALMIRO FERREIRA
    Qual Peyroteo, qual Hernâni? E nem Eusébio, nem Futre, nem Figo, nem Cristiano Ronaldo... Artur de Sousa "Pinga", craque do F. C. Porto nos anos 1930 e 1940, foi o maior de todos. Mas, por mais que se busque no Youtube, não há maneira de se encontrar um videozinho que seja para comprovar a convicção dos adeptos mais velhos, que o viram jogar na Constituição ou no Ameal e que se deliciaram com o maior talento dos primórdios do futebol português, perdido nos efémeros tempos da Rádio. Mas a injustiça do que será a extemporaneidade de um futebolista genial só enriquece ainda mais o imaginário e o enredo épico de Pinga. Se fosse vivo, um dos maiores símbolos da antologia portista celebraria, hoje, o centésimo aniversário. O F. C. Porto assinala a efeméride, com um rebusco ao baú das memórias.

    Artur de Sousa "Pinga" não morreu em 12 de Julho de 1963, ainda antes de completar 53 anos. Só foi vencido pelo álcool e pela cirrose, segundo contam os registos da época, mas a obra do futebolista, tão vasta e valiosa, imortaliza-o entre os melhores de todos os tempos. O melhor de todos, sem rival à altura, juram os mais velhos. "Foi um jogador fulgurantíssimo - verdadeiramente genial. Talvez o maior talento de jogador do nosso futebol. Tudo nele era prodigioso: a concepção, como a execução; a imaginação viva e riquíssima marcada na escolha do lance ou do toque subtil, ou a finta intencional e preconcebida, ou no pormenor em que revelava a sua grande inteligência prática, o profundo e exacto conhecimento do jogo e dos jogadores e até sentido artístico - de verdadeiro artista do futebol", escreveu a prodigiosa pena de Cândido de Oliveira, em Abril de 1945.

    O elogio, nas colunas do jornal "A Bola", soava já a homenagem jubilar à carreira de Pinga. Um ano depois, a 7 de Junho de 1946, nos relvado do Estádio do Lima, o craque de 37 anos teve o jogo de despedida. Saiu a chorar, sob os aplausos do público e aos ombros dos colegas do F.C. Porto e dos da selecção nacional que lhe prestaram o tributo.

    Para trás, tinham ficado 400 jogos e 394 golos, um turbilhão de fogo nascido na natureza vulcânica da Madeira (30 de Setembro de 1909), revelado no Marítimo e explodido no F. C. Porto, onde chegou a 23 de Dezembro de 1930, aos 21 anos, atraído por um principesco salário de 800 escudos. Pinga singrou e depressa passou a ser o ídolo da Constituição, entre pares como Costuras, Correia Dias, Valdemar Mota ou Acácio Mesquita. E foi muito à custa das geniais jogadas e dos golos do avançado madeirense que o F. C. Porto venceu o primeiro campeonato português como o conhecemos nos moldes actuais, em 1934/35. Ganhou mais dois títulos, em 1939 e 1940, e representou a selecção em 23 ocasiões (oito golos).

    Após pendurar as chuteiras, foi treinador da Sanjoanense, do Gouveia e do Tirsense. Fora dos relvados, sucumbiu novo, aos 53 anos, vítima de um quotidiano de tontura, afinal a mesma vertigem que fez dele um craque imortal.

    JN

    ------------------------------


    Recordar e dar a conhecer Herois como Valdemar Mota;Syska;Acacio Mesquita;Costuras;Araujo e Correia Dias (entre outros) é uma obrigação.

    Ou treinadores como ; Syska,Yustrich ou Pedroto;

    Ou Presidentes como Monteiro da Costa;Urgel Horta e Cesario Bonito.

    ResponderEliminar
  3. ...mas vamo-nos deixar de ser ingénuos. Então como é que estas personagens criam a "imagem"?
    Pequeninos como são, procuram outros da mesma "estatura", para se tornarem referenciais...
    Pobre país, sem futuro

    ResponderEliminar
  4. LABAREDAS


    Bonzinho e… confuso

    O Labaredas lê A Bola. Dá para rir e inspira o reportório. Hoje, a propósito da UEFA Champions League, há um Bonzinho que escreve que Simão ganhou uma vez no Dragão e foi logo campeão. Mas está confuso. Trocou a temporada. O jogador do Atlético de Madrid venceu no estádio do FC Porto na época de Co Adriaanse, precisamente a primeira do actual Tetracampeonato.

    Para A Bola, vencer em casa do FC Porto talvez seja sinónimo de título nacional; para o Bonzinho, outrora intermediário do Benfica na contratação de jogadores, hoje figura destacada dos bajuladores supremos, parece ser algo ainda mais alucinante.

    ResponderEliminar

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...