De: Augusto Bastos R.
«Nós portuenses, como bons dominadores da língua, que somos, proferimos com propriedade e absoluta convicção "o Porto é uma naçom" - de facto assim é. As novas regiões deverão ser as nações que existem dentro desta fronteira política e não é com decisões centralizadas em Lisboa, sobre o desenho desse mapa, que vamos agradar a todos. Em vez de discutir a porcaria do mapa porque não se discutem os modelos de governação, a repercussão que isso terá na organização e administração do território, na relação do poder político com os cidadãos e vice-versa, na manutenção e criação de identidade e cultura, costumes e tradições, e toda a lenga-lenga do prometido desenvolvimento regional equitativo, justo, e por aí fora...?
Temo, se o caminho não for este, brevemente Portugal poderá começar a ver as suas nações seguirem o caminho das nações espanholas em matéria de reivindicações; eu próprio digo: se não vier autonomia, venha a independência! Especialmente numa conjuntura em que parece que "Lisboa" e os "seus" governantes autistas fazem questão em desprezar e hostilizar o resto do país, oprimindo-o de uma forma tão, ou mais, dramática como durante o Estado Novo, e apesar de nesta intervenção não querer centrar a discussão no Porto, ao que parece, a nossa inata claustrofobia felídea, torna-nos os únicos capazes de insurreição face à apatia generalizada. A Autonomização é uma questão étnica e do reencontro da identidade, numa época já longa de globalização e de aculturação. Os países do século XXI são os países culturais, os únicos que verdadeiramente e sempre existiram. Acredito que o séc. XXI será o século de afirmação da pós-humanidade, o momento da história em que as pessoas voltam a ser humanas, outra vez»
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Somos todos Portuguêses: do Minho
ResponderEliminaraté ao Algarve.Mas também todos nós somos diferentes em cada região a que pertencemos.Nos costumes, na personalidade, no trabalho, e até em alguns rituais religiosos.
Portanto; a única coisa que nos une
é sermos portuguêses, de um país que é Portugal.
Todos nós queremos ser portuguêses;
mas livres.
Temos o direito de votar nos políticos das nossas regiões, mas
que nos defendam,e não naqueles
políticos (faz de conta) que não conhecem a região.
Cada região deve criar as suas riquezas, com ajuda do governo central: mas não centralista.
Espero, que os nossos políticos
não façam orelhas moucas a este desejo da maioria dos portuguêses.
E que o façam de uma maneira séria
para que o país saia deste marasmo.
O PORTO È GRANDE VIVA O PORTO.
Muito bom, este post! Que eu saiba é a 1ª. vez que escreve para A Baixa. Conhece-o, António?
ResponderEliminarnão, mas é uma lufada de ar fresco; melhor. um vendaval.
ResponderEliminarjulgo que é chegada a hora de nascer uma estrutura política que nos congregue
ResponderEliminarA existência de Portugal é um equívoco histórico. É pena que D.Tareja não tenha conseguido impor-se ao filho, pois ter-se-ia conservado a integridade territorial da Gallecia, sem misturas com a Lusitânia, região esta que foi invadida pelos Alanos(de origem asiática) enquanto a norte do rio Douro se estabeleceram Suevos e Vândalos(de orgirem germânica) e depois os Visigodos. Por aqui se vê que os habitantes da Gallecia são etnicamente diferentes dos habitantes da Lusitânia, acrescendo ainda que estes tiveram uma ocupação dos árabes bem mais duradoura do que a norte do Douro.
ResponderEliminarDe acordo com o autor. Basta de centralismo que nos asfixia e prejudica. Se nos impedem uma regionalização com autonomia política, administrativa e económica (estilo estado federal e regiões autónomas da Madeira e Açores) só nos restam duas hipóteses: manter a submissão que tem permitido a opressão ou, então,lutar pela independência, no nosso caso, do Norte, mas não o dos burocratas das CCRs. Se continuarmos à espera de um D. Sebastião, nunca mais lá chegaremos.
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