01 fevereiro, 2010

Os métodos do 31 de Janeiro

Fonte: http://cidadesurpreendente.blogspot.com/

Ontem andaram por cá os senhores Sócrates e Cavaco a propósito de uma daquelas comemorações irrelevantes em que todos os regimes são pródigos e usam como exercícios de autolegitimação. O responsável directo por um dos orçamentos do estado e plano de investimentos da administração central mais desfavoráveis e discriminadores do Porto, tratando-o como uma região de terceira classe e perpetuando-lhe a pobreza, apesar de congregar 18% da população e ser cabeça da região mais populosa do país e aquela que ainda mais exporta e cuja economia é a menos "alavancada" pelo estado, teceu as habituais loas ao Porto que estes bonifrates do centralismo sempre evacuam quando cá vêm .

Fonte: http://cidadesurpreendente.blogspot.com/

Estes senhores mereciam que reactivássemos os mesmos métodos dos insurrectos do 31 de Janeiro, incluindo o da pólvora. Mas tal como na aventura ontem muito hipocritamente incensada, isso teria que ser tarefa de meia dúzia de corajosos e à revelia das "elites" locais e dos que têm horror a que se faça ondas.

P.S. Temos todos que seguir o exemplo do cidadão que acima exige "Outra República". Sempre que os bonifrates cá venham devemos ir para a rua gritar "Morra o centralismo!"

12 comentários:

  1. Não me desloquei às comemorações mas senti exactamente o mesmo ao ver na TV o circo montado com aqueles centralistas todos.
    É isso, não um novo 31 de Janeiro - porque esse fracasou - mas uma coisa bem feita, é isso que necessitamos.

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  2. Não sei se o 31 de Janeiro valeu a pena, o que sei é que em meados do século XIX Portugal tinha apenas uma estrada digna desse nome, entre Lisboa e Coimbra, tudo o mais eram caminhos de cabras...Foi a Revolução Francesa e as suas ondas de choque que levaram a que em Portugal se defendesse o Liberalismo que consigo trouxe uma série de alterações legislativas e obras estruturais que alteram todo o cenário existente...O 31 de Janeiro foi apenas mais um passo de muitos que foram sendo dados e manifestavam, toda a insatisfação reinante de encontro à implantação de um regime Repúblicano...Mas o problema principal são as pessoas e a sua integridade...

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  3. Um dos grandes males deste país, são as comemorações de tudo e de nada!

    De que serviu o 31 de janeiro para a cidade do Porto? De que serviu o 25 Abril para a cidade do Porto? De que serviu o 11 de Novembro para a cidade do Porto?

    O povo do Porto é "tripeiro" por convicção e pelos valores morais de que o seu estado comporta! Não o é por servilismo à capital do império!

    Renato Oliveira

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  4. Renato

    as comemorações fariam sentido se fossem sentidas, mas para serem verdadeiramente sentidas seria preciso que as conquistas daí resultantes fossem algo mais substantivo do que umas simples migalhas.

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  5. Marquês de Pombal04/02/10, 01:06

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  6. comentários com ataques pessoais só devidamente identificados :-)

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  7. e quero deixar bem vincado ao senhor "marquês de pombal" que trabalho onde quero, viajo para onde me apetece, tenho as simpatias clubísticas que me dão na gana, defendo as ideias que me parecem mais justas e dou sempre a cara e assino o meu próprio nome por baixo em tudo o que faço ao contrário de certos "marqueses" da cobardia :-)

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  8. Marquês de Pombal05/02/10, 00:31

    Caro sr António Alves, estalou-lhe o verniz e caiu-lhe a máscara, a sua intelectualidade é tão vaidosa que não percebeu que não lhe fiz um ataque pessoal, tão somente questionei as suas incoerências cuja posterior descoberta faz ruír toda a honestidade que as fundamente. No fundo dei-lhe uma oportunidade de legitimar as suas posições. Confesso que fiquei esclarecido, como também devem ter ficado os frequentadores deste blogue. Bem-haja. Com um abraço a todos quantos lutam por um Portugal mais FRATERNO E JUSTO, ONDE A DIVERSIDADE SEJA RIQUEZA E EM QUE O CONFRONTO DIALÉTICO SEJA ELEVAÇÃO, despede-se este amigo

    Marquês de Pombal

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  9. senhor "marquês",

    escusa de inverter a realidade. fez um ataque pessoal. referiu-se a pormenores da minha vida privada e profissional com um conhecimento que demonstra que provavelmente me conhece pessoalmente sem ter a coragem de se identificar. eu discuto ideias, opiniões e comportamentos políticos não pormenores da vida privada de alguém, muito menos a coberto do anonimato cobarde. os actos ficam com quem os pratica.

    P.S. além disso não consigo perceber onde é que o facto de "viajar quase todos os dias para Lisboa" ou trabalhar numa EPE, na qual entrei respondendo a anúncio de jornal e submetendo-me a concurso público - argumentos usados pelo senhor "marquês" - implique alguma incoerência com as minhas posições.

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  10. Como é que a opinião esfarrapada de um falso "Marquês" pode ser levada a sério? Pode ser marquês conde, rei, o que quiser. Mas,será sempre, sempre, inexoravelmente falso.

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  11. o senhor "marquês" brindou-me com mais este "comentário":

    «SR António Alves, não fale em coragem que lhe fica mal, se fosse corajoso não apagaria o meu post que o desmascara. Quanto à sua actividade profissional,digna e bonita, você também sabe muito bem ao que eu me quis referir, sabemos ambos os terrenos que pisamos. O que não lhe posso permitir é que ataque e cuspa no prato onde come, fica mal a um homem com o seu perfil, é de fariseísmo atroz! Nem o Estado é tão mau pois você mama-lhe na teta, nem Lisboa é tão má porque na sua actividade profissional você poderia muito bem nem meter lá os pés quase todos os dias, podia trabalhar no Norte e por aqui lutar pelo desenvolvimento do seu ramo profissional, ante o definhamento periférico a que o "centralismo" condenou! Por favor a si próprio e da imagem que construiu, seja coerente e sério e voltará a contar com a minha admiração»

    uma breve resposta:

    1) vossa senhoria não me desmascarou. ilusão sua. eu não uso máscara nem me escondo. o facto de eu trabalhar numa EPE é sobejamente conhecido dos meus colegas de blogue e dos leitores mais assíduos. facto esse que nunca condicionou as minhas opiniões.

    2) vossa senhoria desmascarou-se foi a si próprio. desmascarou a sua motivação quando, completamente a despropósito em relação ao tema, se referiu a um episódio da minha vida profissional, com já cerca de 10 anos. desmascarou a sua real motivação em fazer uma espécie de ataque pessoal contra mim: um ressentimento qualquer totalmente injustificado. parece-me que você convive mal com a diferença de opinião. quanto ao ressentimento existem profissionais que tratam desses assuntos. faça um favor a si próprio e consulte um. e quanto ao episódio por si referido: é verdade continuo a defender diferenças remuneratórias por um príncipio ético muito importante - já que vossa senhoria gosta muito de "ética" - que é o princípio de tratar coisas iguais de modo igual e coisas diferentes de modo diferente.

    3) eu não "mamo na teta do estado". eu desempenho uma profissão sempre com o máximo empenho e motivação e como tal sou remunerado pelo anteriormente contratado. não devo obrigações ao estado nem a "lisboa". devo sim aos contribuintes que sustentam a ineficiência de gestão da empresa e certos trabalhadores que por trabalharem para o "estado" se julgam no direito de ter salários altos e poucas obrigações para com os clientes.

    4) eu não confundo lisboa cidade com a entidade política "lisboa". mas também não sou hipócrita ao ponto de dizer que as pessoas não têm culpas e não beneficiam do sistema. têm culpas também e retiram benefícios. quanto mais não seja no número e qualidade de empregos disponíveis. quanto às minhas viagens: continuarei a viajar para onde quero e a empresa me permite. se isso o incomoda, mais uma vez, problema seu.

    5)por favor não me "respeite". o "respeito" de alguém que recorre a argumentos pessoais sem ter a coragem de dar a cara não me valoriza em nada.

    ponto final na conversa. já perdi demasiado tempo com quem não o merece.

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  12. Fomos uns parvalhões, era uma oportunidade de ouro, para rebater a hipocrisia, com que esses senhores aqui se apresentaram. Os cumprimentos ao senhor da foto.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...