O pestilento cheiro que exala a Justiça portuguesa, intensificado depois das revelações que se puderam ler no SOL desta semana, é uma situação que acaba por me dar uma certa satisfação. Este sentimento é paradoxal na medida em que nasce da triste existência da estrumeira em que se transformou a Justiça em que desgraçadamente somos obrigados a chafurdar, já que oficialmente somos todos portugueses. Esta satisfação tem uma explicação.
Nós, os portistas, já há muito tempo tínhamos percebido que o senhor Procurador Geral da República não é uma pessoa isenta. A sua actuação directa e indirectamente, nos "Apitos", já claramente o indiciava. Dificil era prová-lo, e às nossas alegações respondiam os anti-portistas que tínhamos "desculpas de mau pagador" e que era irresponsável pôr em causa a idoneidade de tão alto personagem da República. As recentes revelações sobre as certidões tiradas pelos magistrados de Aveiro do processo "Face Oculta" , vieram eliminar todas e quaisquer dúvidas, demonstrando que tínhamos razão e que o PGR não pode nem deve continuar nas suas funções. Nas presentes circunstâncias, devia demitir-se, mas para isso seria necessária uma dignidade de cuja existência duvido.
De qualquer modo, como portista sinto-me vingado.
De sublinhar que esta enxurrada pestilenta acaba de arrastar outro "figurão" da hierarquia oficial : o presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Em face da gravidade destes atentados à Democracia, espero que o Presidente da República tome rapidamente uma atitude compatível com a sua posição de "supremo magistrado da Nação". Se isso não acontecer, penso que as economias que o país está obrigado a fazer poderiam começar por poupar os gastos inerentes ao funcionamento daquele orgão, porque então para que serviria um PR?
O que é que o Pinto Monteiro tem, que não se demite, nem é demitido?
ResponderEliminarO que mais será preciso acontecer?
Um abraço