12 agosto, 2010

Dou um rebuçado



Na relação directa com a intensidade dos fogos, os próximos tempos de antena das televisões vão, pela certa, ser ocupados [e inflaccionados] com os "sábios" pareceres dos protagonistas do costume: gente ligada ao poder, sempre ela. Ou seja, os primeiros responsáveis pelos incêndios...

Secundariamente, deveriam seguir-se os pirómanos pés-rapados, aos quais, por motivos óbvios, não seriam "naturalmente" requeridas quaisquer opiniões sobre a matéria ...

Darei um rebuçado [não me arrisco a dar mais...], à primeira estação de Tv que ousar quebrar as regras deste jogo viciado e sujo, convidando para falar sobre os incêndios outro tipo de pessoas, como sejam: gente do povo, lavradores, bombeiros e proprietários de terrenos.

Os rebuçados estão caros...

5 comentários:

  1. Ontem, José Maria Costa,(PS) presidente da Câmara de Viana do Castelo, teve três segundos para dizer na TV se os lobos do Gerês eram mais importantes que as pessoas e habitações de Cardielos, (freguesia a 10 km da cidade) para terem os meios de combate aos fogos que faltaram no incêndio do monte de São Silvestre.

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  2. Meu caro RMSilva da Costa,

    o que era deveras importante, era não deixar o país todo a arder, mas para isso, seria preciso prevenir, coisa que nunca acontece.

    Os governantes preferem chorar sobre o "fogo" derramado. É mais simples, e deve dar milhões...

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  3. Rui, não é, infelizmente, só sobre os incêndios, é sobre tudo. São sempre os mesmos falam de tudo, mas sempre politicamente correctos, que procuram sempre ter o discurso que agrada a gregos e a troianos.

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  4. Está mais que provado ao longo de muitos anos: a solução ou está na prevenção ou pouco há a fazer. Com o tempo quente e o vento a ajudar, não há helicópteros, bombeiros ou aviões que resolvam o incêndio.

    O que acontece é que, sempre que aparece alguém a propor que parte da verba orçamentada para o combate aos fogos seja orientada para a prevenção, com meios humanos e materiais, logo aparecem comandantes de bombeiros, "especialistas" de protecção civil e demais tralha associada, com o partido político (um dos do costume do ora governas tu, ora governo eu, que esteja em stand by) a aproveitar a boleia da "contestação" e a coisa acaba por morrer pelas intenções. Desta maneira, todos os anos é a nossa sina.

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  5. Não aparece ninguém a propor soluções sérias para enfrentar este problema, só oportunistas, vendedores de material de combate aos fogos, porque é isso que rende.

    Estabelecer bons planos de prevenção e pô-los em prática, isso é que já é mais complicado...os Governos existem para remediar.

    Eu dizia-lhes como era.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...