A petição já existia há 2 semanas, por decisão do grupo de ocupantes da antiga Escola da Fontinha, mas em menos de 2 dias o número de signatários duplicou e cifrava-se em mais de 900 no final da tarde desta terça-feira. A razão é simples: a onda de solidariedade com o projecto que se gerou depois da acção de despejo de terça-feira, que acabou com 7 detidos e o emparedamento da escola.
A petição, dirigida à Câmara do Porto, é uma “ferramenta política” e surgiu por proposta dos vizinhos da antiga escola, diz ao P24 Nuno Carvalho, membro do movimento.
O grupo, que organizou várias actividades na escola e reparou parcialmente o edifício, que tinha sido roubado e vandalizado pouco tempo antes da ocupação, vai participar na próxima Assembleia Municipal do Porto, marcada para segunda-feira, e haverá uma acção de protesto antes da mesma.
Nuno Carvalho diz que o movimento já esperava, em parte, a solidariedade que se gerou, visível em vários sites, nas redes sociais, no bairro e também no discurso de líderes políticos da oposição camarária.
“Imaginávamos isto porque na altura antes de ocuparmos o edifício sabíamos de antemão que este tipo de projecto só seria viável se fosse para os moradores e tivesse o apoio deles. Não estaríamos era à espera de tanto”, diz. Uma teoria para a solidariedade da vizinhança: “É um bairro esquecido da cidade, as pessoas têm revolta”.
O movimento organizou esta terça-feira uma assembleia geral no Largo da Fontinha (que é, para já, o espaço onde continuam a realizar actividades) e decidiu avançar com queixas contra a actuação da polícia. “Houve 2 pessoas agredidas e pessoas que ficaram sem material”, acusa Nuno Carvalho. Em causa, dizem, está a legalidade da acção policial, que, dizem, deveria ter sido precedida de uma notificação.
Pedro Rios [Porto24]
É extraordinário, mas não supreendente, o rio continua poluído e não há maneira de respirarmos melhor no Porto.
ResponderEliminarMas por aquilo que ví nos jornais de hoje, melhor futuro nos espera.
Um abraço