15 novembro, 2007

Estradas e responsabilidades

Conforme noticia o JN de hoje, as auto-estradas portadas vão passar para a EP decorridos os períodos de concessão atribuídos á Brisa e Auto Estradas do Atlântico.

Tão importante como saber com clareza como é elaborada esta manobra de concessões, os cidadãos precisam de saber exactamente (devem exigí-lo), quantas entidades públicas e privadas, vão ser de facto constituídas e sobre quais estradas e auto-estradas vão recair as responsabilidades de cada uma.

Sempre me pareceu que a existência de vários organismos com a tutela da rede viária nacional, só serve para negociatas, desresponsabilizá-los e gerar confusão no utente .

Há uns anos já, tive uma experiência pessoal que definitivamente me deixou essa desconfiança.

Passando por uma estrada onde era suposto existir um sinal de Stop, alguém ou algo o retirou do seu local. Deu-se o acidente, felizmente sem grandes danos físicos mas com avultados danos materiais. Quando procurei saber qual era a entidade responsável pela não fiscalização da sinalética para me defender dos prejuízos causados, andei como bola de ping pong de um lado para o outro, pois ninguém estava interessado em assumir responsabilidades sobre a respectiva estrada.

Fui para tribunal, reconheceram a minha inocência, mas como é habitual nestes casos pouco adiantou e acabei por dividir o prejuizo com o proprietário do outro veículo sinistrado que até se tinha declarado culpado, sem nunca chegar a saber a quem imputar responsabilidades.

Na altura, já havia a Junta Autónoma das Estradas, a EP, o Instituto de Estradas de Portugal e outras tantas de que agora não recordo o nome.

Veremos que coelho vai sair desta cartola. Com Mário Lino, não se pode esperar grande transparência...

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