Para lá do efeito sorvedor de recursos do resto do país, uma das facetas mais funestas do centralismo lisboeta, será porventura também, a de procurar desvalorizar e despojar, tanto o carácter, como os hábitos culturais das populações fora das suas 'magnificientes' fronteiras. Para tal, vale-se da força dos média, com a Televisão no comando dessa tarefa. Durante anos a fio, essa empreitada acaba por dar os seus 'frutos'. Pôdres frutos, é certo, mas frutos.
Começando pelo futebol, quem de boa fé observar o comportamento desta comunicação social, notará sem dificuldade o incómodo que os sucessos desportivos alcançados pelo F. Clube do Porto estes últimos 20 anos - interna e externamente - consegue provocar na vaidade "capital", traduzido em infindáveis expedientes para os descredibilizar. A testemunhá-lo, estão programas (ditos desportivos) como - no passado - os Donos da Bola, da SIC, e, mais recentemente, a produção de um suposto filme, de um suposto realizador, procurando oportunisticamente fazer algum dinheiro à custa de desancar sem escrúpulos na dignidade do dirigente do F.Clube do Porto e com isso também tentando desestabilizar a dinâmica vencedora do próprio clube.
A própria tradição, não escapa à saga cultural da mediocridade centralista. Desde tempos remotos, as gentes do Porto ganharam fama de trabalhadoras e a própria cidade era conhecida pela cidade do trabalho. Hoje, os centralistas, contestam essa reputação e não perdem uma única oportunidade para dizer que, afinal, não é bem assim, que isso é mais um mito do que outra coisa, etc., etc.
Enfim, neste ponto, vale-nos o lado positivo das maledicências, que é, talvez, o de poder explicar melhor o empobrecimento actual do Porto e de toda a região Norte...
A velhinha ponte D. Maria, que - tal como a famosa torre de Paris, a Torre Eiffel - desde sempre se soube ter a supervisão de Gustave Eiffel, também não escapa ao bota-abaixismo da capital, que para retirar impacto à importância da obra, prefere atribuír a autoria do projecto - e, logo - o nome da ponte ao seu colaborador Teófilo Seyrig, embora toda a estrutura de engenharia tenha sido calculada por Eiffel, como aqui relembra e comprova o jornalista Jorge Vilas.
O vinho do Porto, também parece não ter nada a ver com o Porto, porque segundo estes 'patriotas' de pacotilha (prefiro o patriotismo dos galegos), como o vinho é produzido no Alto Douro, não devia ter o mome/marca Porto.
Se completarmos o ramalhete com a recente fatiota da cerveja "Sagres" (marca sulista, elitista e liberal????) com que foi vestida a Torre dos Clérigos, qualquer dia, também o Nicolau Nasoni não passou por aqui e o Porto, se calhar, já nem existe...
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