A cidade do Porto, e muitas das suas instituições, continuam a ser o alvo predilecto dessa escumalha, sendo o Futebol Clube de Porto e o seu Presidente, os mais apetecidos, pelas razões mais mesquinhas de que o ser humano é capaz de revelar: a cobiça!
Pois, como todos já devem saber, o F.C.do Porto acaba de vencer - como sempre acreditei - mais uma batalha contra dois "inimigos" desportivos bem identificados: O Benfica, e o neo-oportunista, Vitória de Guimarães. Mas, a batalha que o Futebol Clube do Porto acaba de vencer, legitimamente, não foi só contra estes dois clubes nem só contra os golpistas da FPF e da Liga P.F., foi contra o Centralismo e tudo o que ele representa de mais injusto e monopolizador. É por estas e por outras razões, que nós portistas, amámos o nosso clube e admiramos Pinto da Costa. Por serem vencedores e conseguirem preservar alguma prosperidade económico-desportiva sem recorrerem às negociatas obscuras e fraudulentas dos que o atacam.
Uma das garras mais poderosas e influentes do Centralismo é, precisamente, a Comunicação Social, com as televisões à cabeça da liderança. Não escapa uma, sendo a mais desonesta de todas as desonestas, a RTP, que usa os seus funcionários públicos - pagos, também com os impostos dos portuenses -como pontas de lança da perfídia benfico-centralista. Mais do que desmascarar aquilo que os media ao serviço do sistema (isto sim, é que é o sistema) omitem e até branqueiam, falta-nos descobrir a fórmula ideal para lhes tirar o tapete.
É isso que gostaria de deixar à consideração dos portuenses e à imensa mole de eleitores portistas para, uma vez vencida esta batalha "desportiva", pensarem bem num processo que possa afectar economica e profissionalmente estes proxenetas.
Se existir uma grande determinação e não nos deixarmos "arrefecer" com esta recente boa nova pelo FCP ter mantido o seu direito legal de participar na Champions, podemos atingir outro tipo de vitórias quiçá mais proveitosas e abrangentes para a nossa cidade. Temos de nos lembrar que o Sr. Pinto da Costa, apesar da sua mais valia enquanto dirigente desportivo não pode resolver todos os outros problemas que nos afligem. Há as questões sociais e políticas para resolver e, uma vez que politicamente não possuímos um representante à altura, temos de obrigar o Govêrno a respeitar-nos. Mas para isso, só há uma solução: procurar, dentro da legalidade democrática, usar o nosso poder para incomodar o poder do Estado.
A história que vos vou contar a seguir como exemplo, pode parecer ridícula e despropositada, mas só o é, se não tivermos força de vontade para a concretizarmos em coisas mais importantes para a nossa cidade e região.
Fui fumador cerca de 40 anos. Fumava cerca de um maço de tabaco por dia. A partir de uma certa altura prometi a mim mesmo que havia de deixar de fumar, mas arranjava sempre um pretexto para continuar. Aquela conversa que todos já ouvimos, que, enfim, é melhor começar gradualmente, etc., dava-me jeito, porque com isso fui protelando a decisão. Hoje, era porque, depois do almoço seria um desperdício abandonar, amanhã era porque depois do café seria um crime, a verdade é que, essa, foi a melhor maneira de voltar à estaca zero e recomeçar a fumar.
Um belo dia, tinha ainda uns seis cigarros nos maço, quando me preparava para puxar de mais um, hesitei um pouco, olhei para o maço e pensei para comigo: não me vais vencer, sou eu o dono da minha vontade. Já lá vão tantos anos, que não sei se foram textualmente essas as minhas palavras, mas para o caso é irrelevante, o que foi importante naquele momento foi a decisão que se lhes seguiu. Peguei no maço, com os seis cirragos, amarfanhei-o todo e até hoje nunca mais comprei um maço de cirragos.
Não queria maçar com esta história pessoal, mas apenas chamar a atenção para quem abdica de fazer algumas coisas por pensar imediatamente que são impossíveis.
Deixo no ar, muito laconicamente uma outra história mais próximo daquilo que podíamos fazer.
Fui, desde a fundação e durante longos anos um fiel leitor do Jornal O JOGO . Não fui capaz, uma única vez, de desperdiçar o meu dinheiro para ler A Bola ou o Record. Quando, nas bancas, O JOGO esgotava, ou comprava o JN, ou o Público, ou simplesmente não lia o jornal nesse dia. Entretanto, como sabem, pouco a pouco, o jornal O JOGO foi-se descaracterizando e rendendo aos interesses centralistas. Resultado: já lá vão dois ou três anos que O JOGO não faz dinheiro comigo...
Qualquer dia, faço o mesmo com o JN, já faltou mais...
Agora, imaginem que os portistas, esses que não vergam, que gostam de afirmar a diferença em relação aos adeptos de outros clubes, conseguiam fazer o mesmo. Serão capazes de apostar que essa acção concertada não teria reflexos na venda dos jornais locais?
Aqui fica o repto.
No meio disto tudo, uma derrota em toda a linha do clube dos abutres e um porto que só sai disto reforçado, pois o que não nos mata deixa-nos mais fortes. Embora espera-se isto do Benfica, a atitude do Guimarães enojou-me ainda mais, não só por se portarem como ratos a reboque dos abutres, mas também por serem do norte e humilharem-se desta forma perante tudo e todos. O tempo o dirá, mas o Guimarães arranjou um grande inimigo aqui a norte e ainda se vai arrepender (o Braga era parte interessada e manteve a dignidade).
ResponderEliminarSuponho que eles nem devem ter ideia da figura desprezível que fizeram. Aqui, já não se trata de clubite aguda, é uma questão de se ter ou não a mínima ideia do que é a rectidão de processos. O que estes dois clubes fizerem, nada mais foi do que passarem a si próprios um atestado de canalhice perante a opinião público, incluindo, perante os seus próprios adeptos.
ResponderEliminar"... até agora temos assistido a uma justiça de "faz de conta". Agora o caso vai ser analizado por gente séria, competente e isenta".
ResponderEliminarPinto da Costa disse na Sic. Já se esqueceram estes patuscos "comentadores"...
Rui parabéns, assino totalmente por baixo.Mas lembre-se que houve alguns portistas que ainda hesitaram, não deram a cara, criticaram, dando trunfos aos inimigos e esses não têm peito para as lutas que o Rui fala.
ResponderEliminarUm abraço
Resta-nos agora preparar bem a equipa para conseguirmos mais um campeonato e ir o mais longe possivel na Champions.
ResponderEliminarE já agora agradeço que o guimarães não se qualifique para a mesma liga chanpions e que os vermelhos sejam eliminados da uefa.
Era ouro sobre azul.
Desculpem lá mas eu sou portuense, não sou "português".
Agora parece-me que a contratação de um ponta lança (que penso ser Micolli) está dependente da venda do Quaresma.
Grande Jogatana. Mais uma derrota para os abutres.
Abraço
Não se esqueçam do que vos pedi: sugestões para colocarmos o Govêrno em sentido. As autárquicas estão à porta, é uma boa altura para o pressionarmos.
ResponderEliminarA nossa "guerra" terá de ser dirigida à comunicação social, à televisão, muito em especial.
Meu caro Rui Valente, estou de acordo com aquilo que está subjacente ao seu post: continuemos a guerra anti-centralista, pois ganhar uma batalha não é ganhar a guerra. Sugestões sobre o que fazer a seguir? É difícil. Nós, os que lutamos por um ideal através da blogosfera, somos poucos e não acredito que tenhamos audiência significativa. E depois, temos tudo contra nós. Assim, ao correr da pena, cito alguns obstáculos que teremos de vencer.
ResponderEliminar- Os esforços dos vários blogues são isolados.
- Não me parece que o povo nortenho sinta uma identidade que o leve a pensar e a reagir como um todo.
- Não temos tradição cultural (nem genética, se calhar) que nos leve a facilmente abraçar causas cívicas, o que significaria abandonar o tradicional individualismo nortenho.
- Não temos um lider.
- Não podemos contar com os políticos locais, que já deram sinais mais que suficientes para mostrar que estão basicamente interessados nas suas benesses e mordomias.
- Temos pouca imprensa a nosso favor. Já agora deixe-me dizer-lhe que acho que O JOGO, não é tão mau como diz. Basta comparar as suas primeiras páginas com as dos seus dois rivais lisboetas.
Dito tudo isto, se o meu caro Rui Valente pensa que vou desistir, está enganado. Se um dia quisesse desistir, simplesmente deixaria de escrever. Nada mais longe do meu pensamento. Podem contar comigo, mas continuarei a procurar ser o mais realista possível, o que espero não venha nunca a limitar o meu entusiasmo.
Um grande abraço.
Caro Rui Valente.
ResponderEliminarContinuamos com a velha questão:
Arranjamos um lider carismático capaz de impulsionar toda uma região, se possivel criando um partido "regional" para melhor defendermos as regiões ?
Nas autárquicas apoiamos Elisa Ferreira contra o sr.rio ? Ou criamos um movimento abstencionista
e delineamos uma estratégia para não votar?
Criar um movimento de pressão contra os media? Todas estas questões irão "bulir" com o resto do país.
Apoiamo-nos no recém-eleito do psd-algarve que é altamente favorável à regionalização. Talvez não fosse má ideia contactá-lo e pedir e sugerir ideias que as deve ter.
Há um manancial de coisas a fazer mas é preciso mais gente do nosso lado, porque quando se fala nestas questões não vejo muitas pessoas a dar ideias e argumentações.
Um Abraço
Renato Oliveira
Caro Rui Valente.
ResponderEliminarExiste um movimento denominado "Regiões, Sim".
Contactei o deputado algarvio Dr.Mendes Bota, que ficou de me enviar um Boletim do mesmo movimento.
Depois dou conhecimento do mesmo.
Abraço
Renato Oliveira