Estamos sós. Os partidos políticos (do governo e da oposição) tornaram-se improfícuos no que concerne à função da representatividade pública que era suposto desempenharem. Estão na
política como quem está num emprego e, como tal, não estão dispostos a perdê-lo. Enquanto não vislumbrarmos, no horizonte próximo, um movimento ou partido político de confiança que se enquadre nas nossas legítimas pretensões, teremos de fazer o possível para nos defendermos
dos efeitos devastadores do carcinoma chamado centralismo. E o possível, só depende da nossa determinação e força de vontade para fazer passar a mensagem a todos os portuenses que se
sentem indignados com a actual situação. Não nos devemos distrair, nem mesmo com os futuros e prováveis êxitos do FCP... No nosso quotidiano existem pequenas (grandes) acções
que podemos começar a pôr em prática, tais como:
- Votar cruzado o boletim (protesto) em todos os próximos actos eleitorais, à excepção de candidatos à Presidência da Câmara que nos inspirem a máxima confiança.
- Rejeitar veementemente, toda e qualquer promessa ou propaganda veículada pelos actuais partidos em futuras campanhas eleitorais.
- Rejeitar toda e qualquer participação em campanhas político partidárias à excepção daquelas que eventualmente possam vir a ser promovidas por um movimento da nossa inteira confiança e responsabilidade.
- Apoiar exclusivamente projectos e iniciativas locais que possam beneficiar directamente a nossa cidade e região e tenham dimensão internacional.
- Recusar emprego a indivíduos naturais e residentes em Lisboa.
- Repudiar publicidade a empresas e produtos (jornais por ex.) lisboetas.
- Procurar influenciar e esclarecer o melhor possível familiares e amigos no sentido de evitarem o consumo de programação televisiva e radiofónica emitidos através dos canais e estações centralistas.
- Deixar de adquirir jornais que não apostem previlegiadamente na informação de interesse local e regional.
- Apoiarmos apenas os projectos ligados à Comunicação Social (TV's, rádios, jornais) que tenham sede, direcção e realização a partir do Porto por pessoas ou entidades marcadamente regionais.
- Evitar participarmos em espectáculos ou eventos de carácter cultural, desportivo ou recreativo realizados na região de Lisboa e sul do país.
- Evitar a todo o custo de comprar bens e produtos com origem na região de Lisboa.
Há uma aparente utopia nesta proposta, mas garanto-vos que se cada um de nós conseguir levar à letra estas premissas talvez possamos gerar algum "desconforto" no status quo actual. Por que não tentarmos? Isto é possível, pode é não ser (como creio) o suficiente.
Perante a fragilidade em que nos encontramos, todas as medidas são boas para enfrentar toda esta corja centralista.
ResponderEliminarPor isso apoio todas as medidas, muito embora algumas sejam dificeis de concretizar.
Mas vamos para a frente amigos. Temos que começar por algum lado. Isto não pode continuar sem se tomar medidas enérgicas.
Abraço
Renato Oliveira
Estou de acordo com a maioria das propostas, aliás ja promovo algumas como me recusar a ir a lisboa ver eventos que deveriam tambem vir até cá.E tambem raramente lá vou a não ser em caso de absoluta necessidade.
ResponderEliminarComecei logo por me recusar a ir à Expo e não falta muito que, tal como o meu compadre, me recuse a ir apanhar voos à portela e só faça viagens a partir do Porto.
Já repararam que quem vive no Norte e resolve viajar em férias por exemplo tem que ir a lisboa e pagar as respectivas deslocações pois suas excelencias só saem de lá?????????
E Estou como o Saramago no Ensaio sobre a Lucidez, e se ninguem votasse nas eleições????????
Os partidos - pelo menos os do poder - não resolvem as nossas vidas e temos de ser nós em movimentos cívicos a lutar de forma activa e imaginativa pelos nossos direitos.
É claro que estas "medidas" só terão algum impacto digno desse nome, se conseguirmos reunir um número considerável de apoiantes.
ResponderEliminarLembrei-me das mulheres,(das mais jovens sobretudo),mais desligadas destas coisas da política, e da dificuldade que será para os seus homens convencê-las a abdicar a um concerto de rock em Lisboa, sobretudo se a figura de cartaz for apelativa, mas compete-lhes a eles lembrarem-lhes que a ideia é exercer alguma pressão para que esses eventos (e outros)passem a ser localizados com + frequência também no Porto. Ou então, podem optar por Madrid ou Barcelona.
Eu, tal como o Jorge Aragão, não só já tomei esta decisão há alguns anos como procuro motivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Pior do que isso, será fazermos a patética figura de masoquistas de - seja qual for a razão - alimentar quem nos nega o acesso ao progresso.
Isso sim, é um acto provinciano!
Concordo com tudo menos com "Recusar emprego a indivíduos naturais e residentes em Lisboa" já que todos sabemos existirem pessoas naturais de lisboa que comungam a nossa causa.
ResponderEliminarPortanto não devemos generalizar sob pena de comprarmos inimigos que até agora estavam do nosso lado.
Meu caro,
ResponderEliminarEm teoria, até entendo essa sua discordancia, mas na prática, é isso mesmo que fazem connôsco: ostracizam-nos, discriminam-nos!Cada vez mais.
Não é política nem éticamente correcto, eu sei, mas não é este o momento de estarmos com tantos preciosismos com Lisboa. Diz-me que em Lisboa há gente que está connôsco, então era bom que o mostrassem, porque por ali ainda não lhes "tiraram o pio", podem falar...Os holofotes estão todos lá!
Desculpe, mas já não posso mais ouvir falar de Lisboa, nem de lisboetas. Pode à vontade achar radical (e é) a minha posição, mas foram eles que semearam esta aversão. Neste momento, estou-me nas tintas para a ética e para as boas maneiras.
Cumpts.