Não sei até que ponto os portistas, que tantas razões têm, para estar indignadíssimos com a comunicação social (na TV, a excepção, é o Porto Canal), com o entusiasmo do fabuloso jogo [e resultado], de ontem do nosso clube, foram a correr para as bancas comprar os "jornais", mas se o fizeram, fizeram mal. Não faz muito sentido, nem parece inteligente criticarmos quem passa a vida a maltratar-nos e depois, só porque ficamos eufóricos com as prestações da nossa equipa contribuir para o seu sustento adquirindo o produto do seu veneno. Hoje, bem vi as primeiras páginas dos jornais desportivos pintadas de azul, mas continuei a optar pelo Público, como é meu hábito. É, apesar de tudo, o menos sensacionalista dos diários, e tem qualidade.
Ontem, os pasquins do costume, perceberam que aumentariam as vendas a Norte com a enfatização do jogo, com as parangonas hipócritas do costume, mas de sentido contrário. O negócio dos media contemporâneos é assim, ora ultraja, ora bajula. No nosso caso, ultraja mais que bajula, mas nós não precisamos nem de uma coisa nem de outra, nós exigimos apenas uma coisa: seriedade e isenção. Coisa que normalmente não sucede. "Honra" seja feita, [uma honra sarcástica, como é evidente], o Record foi o único coerente na sua linha habitual de ódio e desprezo ao FCPorto. Pelo menos, não nos surpreendeu.
A propósito, não sei como é que Rui Moreira tem estômago para continuar a participar no programa da RTPN , "Trio de Ataque", onde invariavelmente tem de apanhar com os sermões cínicos e moralistas do António Pedro Vasconcelos. Este cineasta de meia tigela, não perde uma oportunidade para tentar conspurcar o nome do nosso clube e de Pinto da Costa. Este palhaço deve julgar-se acima de qualquer suspeita, e que o que ele pensa faz lei. Enganou-se na profissão, porque é melhor actor que cineasta.
É verdade que o futebol não é uma guerra, caro Rui Moreira, mas olhe que não parece, a avaliar pelo comportamento dos seus companheiros de painel, sobretudo o benfiquista. E se considera pessoas desse calibre como amigas, recomendo-lhe caldos de galinha e muito cuidado...
A tão mediática e badalada história da guerra Norte-Sul está, como já escrevi várias vezes, invertida. Ela existe, politica, económica e desportivamente, mas foi iniciada pelo Sul, ou mais precisamente, por Lisboa, e ainda não acabou, ela é retomada todos os dias.
Cada um sabe de si, mas eu não trataria como amigo um qualquer Vasconcelos [ainda por cima tem nome de traidor], e já teria abandonado o programa há alguns meses.
PS-Ah, as grandes loas, os elogios que ele fez ao FCPorto no jogo de ontem, não me impressionaram, souberam-me a nada.
Rui, você parece que leu o meu pensamento. Já tenho um post alinhavado com o Vasconcelos, mas estou a pensar se o dedico só ao realizador ou a mais alguém.
ResponderEliminarUm abraço
É bom sinal, é sinal que aos poucos estes programas vão perdendo credibilidade.
ResponderEliminarLembra-se que quando o Trio de Ataque começou, ainda se falava de futebol, e até parecia ter futuro.
Agora, o Benfica tal como fez à Carolina, deve ter pago ao Vasconcelos para denegrir o FCPorto e não se fala senão de PdC e das arbitragens. Já enoja.
Um abraço
Concordo com o que escreveu, pois é uma realidade a concentração ou domínio da generalidade da Comunicação Social (jornais desportivos ou não, televisões e estações de rádio)por proprietários e jornalistas lisboetas ou vendidos ao colonialismo clubista lisboeta que sempre procuraram impor esses valores às pessoas do resto do País. Infelizmente, a começar pela antiga e actual RTP conseguiram que muitos habitantes de aldeias e cidades passassem a idolatrar o clube vermelho da segunda circular e noutras zonas (por ex. Leiria e Lourinhã) o outro clube da mesma circular.
ResponderEliminarO F.C. do Porto é a única instituição em Portugal capaz de fazer frente a esses dois clubes de Lisboa, logo tornou-se o alvo preferido a abater até porque, hoje em dia, em muitas terras a maioria das crianças e jovens do 3.º ciclo são deste clube, incluindo muitos filhos de benfiquistas, como eu conheço vários casos.
Por isso eu costumo afirmar que precisamos de ter, nesta cidade e no Norte, mas de âmbito nacional, um ou mais jornais, uma ou mais rádios e um canal de televisão terrestre nortenho e nacional, que nos informem do que se passa em termos noticiosos, desportivos, políticos e outros, sem apresentar tudo pelo prisma lisboeta e nos proporcionem uma visão portuense, nortenha e nacional de tudo isso.
Se as pessoas do Norte e não só comprassem, ouvissem e vissem esses novos órgãos de comunicação social, investindo os comerciantes, industriais e outras entidades em publicidade para os sustentar, teríamos, como já tivemos (ex. O Comércio do Porto) uma imprensa séria e não uma série de pasquins parciais como hoje temos.
Para terminar: nos anos 60 e 70, às vezes, comprava A Bola e O Récord, além do velho Norte Desportivo e desde pequeno que, em minha casa, se assinou até acabar O Comércio do Porto (pelo meu avô e pelo meu pai). A partir de determinada altura deixei de comprar esses dois jornais lisboetas e O Jogo também se estragou. Por isso agora não compro jornais desportivos, pelas razões que bem descreve no que escreveu.
Cumprimentos
É caso para perguntar: e as elites, as "ilustres" elites nortenhas, onde páram elas? Estão à espera de quê? E os grandes empresários locais? Apreciarão a "música" que é cantada pela toda poderosa capital? Ou terão medo de se comprometer?
ResponderEliminarVil cobardia!
Rui, o dinheiro vem de lá dos lados do Terreiro do Paço, agora mais do que nunca.
ResponderEliminarO Dinheiro é tão bonito,
Tão bonito o maganão,
Tem tanta graça o maldito,
Tem tanto chiste o ladrão!