Em qualquer empresa privada que se preze (coisa, em vias de extinção), a incompetência e o absentismo, nunca constituíram argumentos para promoções de carreira ou para aumentos de ordenado. Pelo contrário, em último recurso, podiam servir de pretexto para despedimento por justa causa. Hoje, já não é bem assim, sobretudo no mundo maculado da política. Aqui, a corrupção aliada à incompetência, concedem prémios e servem de ponte para o enriquecimento meteórico.
Não é fácil por isso, para o cidadão comum, ver o mundo contemporâneo nas mãos desta gente sem escrúpulos, onde, como sempre, Portugal, não desiste de copiar os piores modelos de gestão governativa, até comandar o respectivo ranking . Mais difícil para nós, é participarmos passivamente neste jogo inócuo de suposta democracia, conscientes de que, por mais razoáveis e realistas que sejam as nossas críticas, os prevaricadores vão continuar impunes o seu caminho avassalador de auto-promoção política e económica, enquanto o povo pena.
O mais recente soco no estômago dos portugueses (mas, não o último), foi disferido ontem na "mui nobre" Assembleia da República com a aprovação da Lei do aumento de financiamento aos partidos políticos 55 vezes em relação à Lei anterior, aprovada em 2003 (22 mil euros), ou seja, mais de 1 milhão de euros! Como se pode comprovar, as Leis em Portugal servem mais para desfazer do que para fazer, tal como aqui escrevi ainda ontem em nota RoP. O populista definitivamente, não sou eu, mas os vigaristas são esses senhores. É dura a palavra, mas é para qualificar estes actos que ela consta dos dicionários, sem qualquer tipo de exclusão, sublinhe-se. Não será, portanto, tão cedo, que estes cavalheiros se livrarão da desprezível reputação que gozam junto das populações, podem estar descansados. E estão, sabemos nós, porque a dignidade é palavra que ainda sabem pronunciar - para salvar aparências -, mas da qual jamais tomarão o cheiro da sua essência.
Tão evidentes são os sinais de degradação moral e intelectual da classe política que, como diz hoje o Público no "Sobe e desce", «numa democracia normal, o gesto de António José Seguro seria vulgar, mas num sistema no qual a liberdade dos deputados está sob a alçada dos directórios partidários, merece ser aplaudido». Isto, porque aquele deputado socialista foi o único que teve a "coragem" de votar contra a referida Lei! Como impedir então o grande público de fazer generalizações quando fala dos políticos? Com exemplos destes?
Tenham muita paciência, mas pela minha parte, gostem ou não gostem, terão a consideração e o tratamento que merecem. Ou melhor, não será bem o que merecem, porque não tenho poderes para tanto, porque se tivesse, podiam ficar certos que a Liberdade conquistada com o 25 de Abril, não seria seguramente para Suas Exas...
Verdes, Bloco de Esquerda, PCP e similares, que fazem?
ResponderEliminarBatem palmas, e assobiam para o ar. Se efectivamente, estivessem honestamente convencidos da vergonha desta atitude, tomariam as ruas para denunciar esta canalha que se governa!
Completamente sintonizado, Victor!
ResponderEliminarA festa do 1º de Maio foi porreira pá, até meteu porrada...
ResponderEliminarDeve ter sido alguém dos Super-Dragões infiltrado!
Sobre o tema do post, é curioso como os partidos de esquerda, acham muito bem e então, o PC, nem se fala!... Agora já não vai haver problemas com a festa do Avante.
Um abraço
É a globalização da vulgaridade "supra-partidária"!
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