16 dezembro, 2009

O «louco» e o Berlusconi

Cada povo tem os governantes que merece, diz o ditado. Não estou seguro se isto corresponde à verdade, o certo é que se levarmos ao pé da letra a fama de sermos um povo de brandos costumes, então a coisa já faz algum sentido. De facto, depois de anos consecutivos de maus governos, má qualidade de vida, instabilidade económica e social, é espantoso haver ainda gente capaz de levar a sério as eleições.
A população queixa-se da vida e dos próprios políticos, mas basta que um desses papagaios lhes acene com uma cenoura embrulhada num miserável subsídio, para lhe dar a volta e lhe garantir o próximo voto eleitoral. Depois, tudo recomeça e se repete: eles a governarem-se, com o desgoverno do povo.
Quando assistia outro dia àquela cena do Sílvio Berlusconni e do suposto «louco» que o agrediu, perguntei-me, o que seria destes aldrabões se a moda pegasse em Portugal. É que, às vezes, é mesmo o que dá vontade de fazer a estes troca-tintas. Não há democracia que resista a tanto energúmeno, a tanto vendedor de banha da cobra travestido de ministro ou deputado.
Pensando bem, loucos loucos, somos nós, povo de brandos costumes...

1 comentário:

  1. Apelar a boicotes às empresas não adianta nada, e até nos acusam de tentar-mos prejudicar a economia nacional.

    O que é preciso é mostar a esses senhores, seja no Porto, em Braga, em Guimarães, em Vila Real, em Chaves, ou até na Guarda, em Coimbra, em Évora, em Faro, que esses senhores não são bem-vindos.

    Há que aproveitar a presença de um qualquer ministro ou secretário de estado, ou mesmo o "nosso" PR, para mostrar que não os cremos na NOSSA terra enquanto estes nos tratarem como cidadãos de segunda, terceira ou pior.

    Há uns anos, não muitos, colocou-se cartazes nas principais vias de transpontes, que diziam 'Portugal acaba aqui'... um exemplo a repetir em todas as cidades do norte, centro, alentejo e algarve

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...