09 março, 2010

E agora? (Parte II)

Estou calmo, calmíssimo após este desastre anunciado e temido por todos os portistas, ainda que com previsões muito bem embrulhadas em piedosas esperanças infundadas, como se o futebol fosse um jogo de azar. Não é, porque não sendo uma ciência exacta, não é também uma espécie de pocker de dados.

Neste momento tenho um desejo e uma espectativa.

O desejo era que a época futebolística acabasse rapidamente, se possível já amanhã, para que pudéssemos começar de novo numa base mais sã que a actual, em que parece que tudo está a dar para o torto.

A espectativa é saber que Pinto da Costa vamos ter, uma vez que para os portistas é ainda ele que corporiza a essência do clube e a solução dos problemas. Vejo vários cenários possíveis.

a) Mantém-se o isolamento da administração da SAD na sua torre de marfim, aparentemente autista e tomando decisões das quais não dá satisfações nem explicações ao núcleo vivo do clube, que são os seus adeptos.

b) PdC e a SAD têm um sobressalto dirigindo-se publicamente ao universo portista para prometer medidas e radiosos amanhãs que cantam, seguindo-se a queda na opacidade habitual.

c) Voltamos a ter o PdC de antigamente, que quanto mais dificuldades e problemas havia, mais o seu engenho e argúcia se revelavam, tomando decisões acertadas e oportunas, cortando a direito e, no fim, levando o barco a bom porto. Sabemos todos que PdC não é, nem pode ser, o mesmo de há anos atrás, e sabemos também que os condicionalismos da governação do clube - agora uma SAD - são diferentes, mas mesmo assim o Presidente ainda é um capital de esperança.

d) PdC demite-se e vai gozar uma merecida reforma, abrindo caminho a uma nova administração.

Alguma coisa tem de acontecer, e acontecerá certamente. Nisto eu acredito, e acredito também que seja coisa boa.

2 comentários:

  1. Depois de nos termos despedido do título da forma que sabemos e a Liga dos Campeões estar muito longe, se ainda havia um Porto com vergonha na cara, há Porto, ele tinha de aparecer ontem no Emirates. Não apareceu, o que significa que o discurso não passa, já ninguém acredita em ninguém e assim, o ciclo tem de ser encerrado e partirmos para outro. Sem crucificar ninguém, mas cortando a direito o que tiver de ser cortado. Gerir em tempos de vacas gordas é f´cil, gerir em tempos de crise, mais difícil, mas quem dirige o F.C.Porto tem provas dadas, experiência e tal como já aconteceu no passado, vai dar a volta ao texto.

    Um abraço

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  2. O Pinto da Costa não pode fazer declarações porque está suspenso pela CD da Liga.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...