10 novembro, 2008

Os sinos tocam a rebate

Público: Modelo de privatização da ANA será apresentado em breve e venda da TAP adiada

O Governo vai apresentar em breve o modelo de privatização da ANA, garantiu hoje o ministro das Obras Públicas, à saída da reunião da comissões de Orçamento e Finanças e de Obras Públicas, onde apresentou aos deputados o orçamento do seu ministério para o próximo ano.

"Dentro de pouco [tempo] apresentarei o modelo de privatização da ANA", disse Mário Lino aos jornalistas"
O ministro acrescentou que o executivo prevê lançar o concurso para a construção do novo aeroporto de Lisboa no próximo ano, "no primeiro semestre certamente", para "ter o aeroporto pronto em 2017".

Ainda na reunião, o ministro assegurou que nesta matéria "não há qualquer questão ideológica". "Não nos parece que o Estado tenha de ser dono daquela infra-estrutura", afirmou Mário Lino.

Não há data para privatização da TAP

Mário Lino reconheceu ainda que não há qualquer data definida para a privatização da TAP, contrariando assim o Ministério das Finanças, que coloca aquela companhia aérea no lote de empresas a privatizar no próximo ano.

"Não há nenhuma data fixada para isso", afirmou Mário Lino, insistindo que as privatizações "devem ser feitas no tempo oportuno".

A 15 de Outubro, numa conferência de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2009, o ministro das Finanças disse que o Governo prevê arrecadar 1200 milhões de euros de receitas de privatizações no próximo ano, tendo o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, adiantado que do programa fazem parte as empresas cuja privatização está prevista no programa plurianual de privatizações e que ainda não tinham avançado.

O secretário de Estado elencou a Galp, a ANA, a TAP e a Inapa como empresas objecto de privatização e que sustentariam aquela verba de 1200 milhões de euros.

No relatório do Orçamento do Estado para 2009 pode ler-se, porém, que as operações de privatização serão feitas "sem prejuízo da adequação temporal da sua execução às condições de mercado".

Sem comentários:

Enviar um comentário

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...